Um Bad Boy Em Minha Vida - EM REVISÃO.

CAPÍTULO 5

Melissa Lisboa

Ainda não acredito que aquele cretino ficou a aula inteira me provocando! Penso irada. Sentir os seus olhos em mim o tempo todo, me observando, e ver o seu sorriso cínico, me deixava o tempo todo desconcertada. Mas não permiti que ele percebesse que suas atitudes mexia comigo, fiquei firme e forte até o fim. Pelo menos ele levou a coisa a sério. O desgraçado além de cínico e debochado, é lindo e inteligente. Não consigo entender porque ele não tira boas notas e o fato dele dizer que não queria fazer uma faculdade. O fato de dizer que era dissuadido a fazê-la, me deixou intrigada. O que faria um cara como Ryan Vila Lobos, um homem rico e muito inteligente agir dessa maneira? É uma pergunta que talvez eu nunca terei a resposta. Chego ao meu prédio pouco mais das dez da manhã e encontro Geyse esta vestida para sair. Assim que entro na sala, ela sorri para mim.
_ Nossa, quanto capricho! Posso saber onde a senhorita vai?_ Seu sorriso cresce e ela gira em seu próprio eixo, mostrando-me seu visual.
_ Gostou ? Vou sair com Brian.
_ Brian, o amigo do Mike?_ indago surpresa, ela assente sorrindo. _ Isso é novo pra mim, achei que não gostasse de repetir _ digo com um leve tom de humor na voz.
_ E não gosto, mas Brian é um cara diferente, Gosto de sair com ele.
_ Hum, espero que se divirtam muito!
_ Pode ter certeza que sim, e você, vai ficar trancada aqui dentro em pleno sábado?
_ Não sei, talvez eu saia um pouco.
_ É bom mesmo. Tenho que ir amiga, ele já deve estar me esperando lá em baixo. _ Gey beija o meu rosto e sai, fechando a porta. Meneio a cabeça e sigo para o meu meu quarto. Ponho meu material na pequena mesa de madeira, do lado da minha cama e começo a me despir. Tomo um banho demorado e pós me secar, visto um short curto, de um decido leve e macio e uma blusa folgada, sem sutiã. No minuto seguinte, abro o armário da cozinha e decido fazer uma massa a bolonhesa, é mais rápido e prático. Ponho a massa no forno e vou para sala, ligo a TV em um canal qualquer, mas não presto muita atenção no que está passando, pois a minha mete está preenchida com a cena de um beijo roubado e em um certo sorriso zombeteiro, de dentres brancos e perfeitos. Me pego sorrindo e puxo uma respiração. Resolvo desligar a televisão e ir fazer o molho do meu espaguete.
Depois de almoçar e de arrumar a cozinha, decido meter a cara nos estudos praticar o assunto das provas que farei em breve. Duas horas depois e me sinto intediada, dentro deste minúsculo dormitório. Droga, estou sufocando! Entro em meu quarto e abro meu armário, ponho um sutiã, um short de malha, uma camiseta e um par de tênis, pego meu celular e os fones de ouvidos. Ficar trancada aqui não é uma opção. Penso quando desço o último degrau, que me leva para fora do prédio e ponho uma música animada. Começo a correr em direção de uma praça que fica a duas quadras do dormitório.

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Quando estou correndo consigo esvaziar minha mente de qualquer coisa que me desagrade e a música me distrai. Chego à praça minutos depois, ela é grande e nesse horário muitas pessoas estão se exercitando. Faço uma corrida em círculos pela calcada da praça, que forma um imenso quadrado e enquanto corro, observo as pessoas brincando e curtindo o sol de final de tarde. Do outro lado da rua, vejo Geyse aos beijos com Brian e saindo de uma loja, e por um momento me distraío e sinto um forte impacto, esbarrando em algo muito firme, duro até.
_ Ei sua maluca, vê por onde anda! _ O cara esbraveja. O impacto me leva ao chão, me fazendo cair de bunda, o que me causa um dor insuportável no meu traseiro. Massageio o local da pancada, soltando um gemido. _ Melissa?! _ O mal educado fala o meu nome e eu ergo minha cabeça para ver quem foi o trator que me atropelou, e para a minha surpresa, dou de cara com Ryan. _ Me desculpe, você está bem?_ pergunta com semblante preocupado. Ele me estende uma e eu a olho, me  recusando segurá-la. Levanto-me sozinha, limpando minha roupa. Seu sorriso debochado se alarga e ele leva a mão que acabou de me oferecer ao bolso. _ Você devia prestar mais atenção, podia ter se machucado sério.
_ Eu estou bem! _ rebato ma-criada e ele sorri ainda mais. E esse seu sorriso perfeito me irrita ainda mais. _ Qual é a graça, senhor Vila Lobos? Por acaso está vendo uma palhaça aqui? _ indago com rispidez. Ele ergue suas mãos, em sinal de rendição e diminue seu sorriso.
_ Desculpe, mas não consigo evitar. _ Reviro os olhos e tento passar por ele, porém, sua mão segura o meu braço e ele me puxa para trás. _ Ei, calma aí! Tudo bem, me desculpe porter rido, mas vamos ser sinceros, isso foi engraçado, não foi?_  Então ele me arranca um sorriso quase imperceptível. _ É sério, você está bem? _ Assinto, olhando para os lados.
_ Sim, estou... eu tenho que ir.
_ Tem certeza? Eu posso te levar em casa, se você ver que...
_ Não, tudo bem, de verdade, eu estou bem!
_ E, aí Ryan, nós já estamos indo, cara. Compramos uma das boas! _ Um cara loiro, com semblante mal-encarado diz.
_ Eu tenho que ir, você está bem de verdade, não é?_  Ele insiste e eu assinto mais uma vez.
_ Você, vai com eles?_ pergunto e ele aquiesse. Não sei o porquê, mas sinto que não vai ser bom para ele ir com aquele cara. Ryan se vira de costas para mim e caminha em direção ao homem ma-encarado.
_ Vamos nessa Bred!_ Ele diz animado e em um impulso, seguro em seu braço com firmeza, e ele volta o seu olhar preocupado pra mim.
_ Acho que estou meio zonza. _ Meu Deus, Mel, o que você pensa que está fazendo? Repreendo- me imediatamente. Por que estou me envolvendo nisso? Por que simplesmente não o deixo ir?
_Tem certeza?
_ Você pode me ajudar a me sentar em algum lugar ? Depois se quiser pode ir com seu amigo. _ Caraca, não estou me reconhecendo nessa mentirosa!
_ Espera um pouco aqui _ pede, me ajudando a sentar em um dos bancos de madeira da praça. _ Eu vou falar com meu amigo rapidinho e volto para te levar pra casa, ok? _ De repente sinto raiva de mim mesma, por estar fazendo isso com o cara, deixando-o preocupado comigo sem motivo algum. Ryan se afasta e fala algo com seu amigo em um tom baixo e o loiro entrega algo para ele, que aguarda no bolso no mesmo instante. O rapaz vai por uma direção na praça e Ryan volta para mim. _ Consegue andar até a minha moto? _ Oi, moto?! Eu nunca andei numa geringonça dessas! Fico nervosa só de pensar em me sentar em uma.
_ Você vai me levar pra casa de moto _ indago e ele dá de ombros.
_ É o único meio de transporte que tenho aqui e agora.
_ Ah! Não, acho que eu vou dispensar. _ Ele sorri, me deixando quente por dentro. 
_ Está com medo de andar comigo na moto?_ Zomba.
_ Não é medo, é que... _ Tento justificar, mas nada vem a minha cabeça.
_ Então vamos!_  Ele insiste, e sem ter outra opção, me levanto do banco. Ryan passa seu braço por minha cintura, aperta o local, puxando o meu corpo para mais perto do seu. Daqui consigo sentir o seu perfume amadeirado, me envolver, fazendo meu coração pulsar violentamente. Quando chegamos a sua moto, que é tão grande e imponente quanto ele, ele pega um capacete preto, com o desenho de um dragão vermelho na lateral, segurando um raio amarelo com sua calda. _ Vou pôr em você, é mais seguro se for com ele _ diz olhando em meus olhos