CAPÍTULO 4

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Ryan Vila Lobos

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Ryan Vila Lobos

São 20:49h e eu ainda estou na clínica, acompanhando o meu pai, depois de participar de uma reunião chata com o grupo da diretoria do hospital. Ele se quer me apresentou a equipe de adminitração. Eu apenas me sentei e fiquei calado o tempo todo, sem participar de nada. E o tempo todo eu só me perguntava porque ele exigiu a minha presença aqui? Meu pai agora caminha pelas salas e apartamentos da clínica, fala com alguns pacientes, alguns idosos, e na ala infantil, brinca de forma amorosa e até carinhosa  com algumas crianças internas. Assisto a cena na porta da ala e meu coração se aperta no peito, quando assisto de camarote ele dá para outras pessoas o que nunca deu pra o seu filho. A visita termina quase uma hora depois e quando saímos da clínica, ele avisa que irá viajar bem cedo com minha mãe. Eu simplesmente não digo nada, entramos no carro e eu o ignoro, olhando pela janela de vidro escuro, as pessoas andando pela noite. Um silêncio sufocante predomina o pequeno ambiente e eu contenho a vontade de gritar com ele, de sacudi-lo, para ver se desperta e abre os olhos, na esperança de que me veja na sua frente. O motorista para o carro em frente de casa e eu desço sem espera-lo. Entro na casa e encontro minha mãe sentada no sofá, confortavelmente acolchoado, segurando uma revista de moda nas mãos. Ela se levanta assim que me ver passar pela porta, e anda em minha direção. Pela primeira vez ela tem um olhar afetuoso, mas me desvio dela e subo as escadas apressado, entrando no meu quarto em seguida. Bagunço meus cabelos de forma exasperada, puxando uma respiração profunda e pego o meu capacete, descendo as escadas e passo por meus pais sem dizer uma palavra. Resolvoque passarei a noite na casa do meu amigo e irmão Michael e antes de sair, ligo para ele e confirmo se está em casa.
_ Vai sair? _Cherr pergunta preocupada.
_ Vou dormir na casa do Michael _ respondo seco.
_ Mas querido, nós vamos viajar amanhã, e eu...
_ Tchau, mãe! _ A corto, colocando o capacete e saio de casa em seguida, subo na moto e pego o trânsito, ultrapassando carros e outros veículos pela frente. Aumento a velocidade e a adrenalina me faz esquecer tudo o que me machuca; esse dia de merda, o desprezo de meu pai , o descaso de minha mãe.

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_ Porque não se abre com eles, Ryan?_ Michael pergunta, me fazendo rir, mesmo sem ter vontade. _ Tio David e tia Cherr são pessoas legais, eles vão te dá ouvidos. _ Ele continua.
_ Todo mundo pensa isso, não é? _ O corto. _ David e Cherr, o casal nota dez, civilizados, compreensíveis, os senhores perfeitos! _ ralho com sarcasmo. _ Sou eu quem convive, Micht, eu que sei! _Cuspo as palavras. Ele fecha os olhos demostrando sua impaciência comigo.
_ Ok! _ Ele levanta as mãos rendido. _ Eu desisto, cara. Olha só, eu vou sair com Maggie e não sei se volto hoje, é aniversário dela e vamos curtir um pouquinho. Fica a vontade aí, tá bom?
_ Valeu, divirta-se! _ falo com irritação na voz.
_ Obrigado! _ Micht sai fechando a porta atrás de si e eu me vejo sozinho no seu imenso apartamento, o que é uma droga, porque eu realmente queria muito conversar, desabafar com alguém. Pego as chaves da moto e resolvo ir para o clube, preciso transar, espalhecer. Entro no elevador mandando uma mensagem pra galera, subo na minha moto e ganho a estrada de novo. Passo horas correndo sem rumo e desisto do clube, volto tarde da noite para o apartamento de Micht e fico lá, até que o dia amanheça, sem nem sequer conseguir pregar o olho. No dia seguinte após a última aula, tenho uma surpresa atrás da outra, o excelentíssimo diretor Gray teve a maravilhosa ideia de me ajudar, ele "impõe" que eu entre para um grupo de estudos acadêmicos, compostos por vários nerds que não tem prazer nenhum com a vida, a não ser o de devorar livros e mais livros e de quebra, ainda me arranca as férias de verão.

Um Bad Boy Em Minha Vida - EM REVISÃO.Onde histórias criam vida. Descubra agora