11- Decisão

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Após a perturbadora discussão com Matthew, eu simplesmente fui para casa e afundei em minha cama.

Acordo às 6 da manhã para me arrumar​. Tomo um banho e coloco um short e uma blusa, ambos largos.

Desço as escadas e ando até a cozinha, coloco um pouco de café e dou apenas um gole.

Avisto a garrafa de Whisky que meu avô deixa sobre a lareira da sala.

Não vai fazer mal beber só um gole, até porque eu não costumo beber muito.

Penso enquanto pego um copo e coloco gelo no mesmo.

Ando em direção à garrafa e coloco a bebida até a borda do copo.

Dou uma breve golada e observo o líquido amarelo ouro se movimentar em minha frente.

As cenas da discussão com Matthew passam pela minha mente.

Lembro de Claire falando do noivado, Matthew com Claire no evento de Salvatore, tudo passa por todos os meus pensamentos.

Dou mais um gole no copo e dessa vez permito sentir o líquido queimando em minha garganta.

Passo a língua em meus lábios e sinto os olhos marejados, em poucos segundos sinto as lágrimas descerem lentamente pelo meu rosto.

Ouço passos vindo da escada e prontamente seco minhas lágrimas.

- Não deveria estar bebendo isso a essa hora da manhã.- Ouço a voz de Milos.

- O café estava muito fraco para mim.- Dou um fraco sorriso.

- Já entendi, vou deixar você curtir o seu péssimo momento.

Dei um leve suspiro e terminei de beber o whisky.

Me despeço de Milos e vou em direção ao hospital buscar meu avô.

Chego no hospital e vou direto para o quarto dele.

Encontro Juh já com tudo arrumado.

- Papai vai morar conosco!- diz Juliana com toda a animação que pode ter.

- Já estava na hora, meu avô.- falo enquanto o abraço.- Agora vamos para casa.

O médico disse que não foi nada muito grave mas devido a idade dele foi necessário a internação dele. Alguns remédios foram passados e se ele tomar tudo certo, logo ele vai ter q pressão arterial controlada.

Chegamos em casa e meu avô já estava me chamando no canto para conversar.

- Florzinha, eu não quero morar com vocês. Não me leve a mal, mas eu gosto de ter a minha independência aqui.

Eu logo me entristeci, sempre me preocupei com meu avô e agora que tenho a oportunidade de cuidar diretamente dele, ele não quer.

Por outro lado eu o entendo, ter a própria independência é muito melhor do que depender dos outros.

- Mas... Vô...- eu gaguejo- Você precisa falar isso com a Juh.

- Mas ela vai ficar triste, você já pensa nos dois lados, minha neta.

- Eu sei, mas você também tem que dizer como se sente, senão nenhum de vocês dois vai estar feliz.

- Tá, eu vou ver o que fazer.- ele diz suspirando.

Após a conversa subo as escadas em direção ao meu antigo quarto, e encontro Christopher lá dentro.

O dia em que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora