16- E o casamento?

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- TODO MUNDO PARADO! POLÍCIA DE NOVA IORQUE! - grita um policial branco de olhos e cabelos castanhos.

Vou em direção ao homem e tento manter o controle.

- Pois não, senhor...

- Ávila, gostaria de saber quem é o responsável pelo estabelecimento. - ele diz sem ao menos olhar para mim.

- O responsável é Christopher Nolan, senhor.

- Onde ele está?

- Essa é uma ótima pergunta. - sussurro para mim mesma.

- O que disse senhorita? - ele rapidamente indaga.

Dou um logo suspiro na tentativa de manter o controle.

- Que ele não se encontra. - dou um sorriso amarelo.

O policial me lança um olhar fuzilante.

- Eu me responsabilizo na ausência dele, pode me dizer o que aconteceu!?

- Certo, então a senhorita senhorita está presa. Coloquem algemas nela por favor.

- O quê!? Mas como... - dois homens prendem meus braços e após colocar as algemas, me empurram. - Me soltem, o que tá acontecendo?

- Cala a boca, mulher. - diz o tal Ávila.

Meu sangue ferve e a vontade de xingar este homem é enorme, mas não estou afim de ser presa.

Me colocam dentro de uma viatura e eu seguimos o caminho em completo silêncio.

Entro na delegacia e me levam diretamente ao interrogatório.

Sou colocada em uma cadeira de madeira, desconfortável, em frente a uma mesa também de madeira e uma luz escura. Bem sala de interrogatório de filme hollywoodiano.

- Nos fale sobre as drogas. - diz um homem gordo, com barba por fazer e cheiro de donuts.

- O quê? Eu não sei de nada. - digo incrédula.

- Escuta aqui mocinha. - ele se aproxima de mim e aperta meu maxilar. - Eu não tô afim de joguinhos.

Me solto de seu aperto e sinto nojo do homem que está em minha frente.

- Eu já disse... Que não sei de nada. Não estou fazendo joguinho. - digo olhando diretamente para os olhos do homem.

Ele dá uma risada enquanto olha para mim.

Sinto algo quente subindo pela minha coxa, é a mão dele.

O nojo por este homem só aumenta e meu corpo começa a tremer.

- Não vai dizer nada? - ele diz ameaçadoramente.

Lágrimas escorrem pelo meu rosto. O medo toma conta do meu corpo.

Ouço o ranger da porta de metal se abrindo.

- Não deveria fazer isso com uma mulher. - diz uma voz acompanhada de um cheiro cítrico amadeirado.

O dia em que te conheciOnde histórias criam vida. Descubra agora