passou como uma luz

em sua janela

Eu vou caminhando pelas ruas
Tentando mudar as direções dos ventos
Ou acelerar as fases da lua
E transformar angústias em acalento

Mas eu olho para sua janela
Em meio a belas cores, o rosto dela
Devo gritar a ela ?
Ou guardar-me nela ?

Venha assistir comigo como passam as ondas
O sol nasce e cai novamente
Sonhos docentes
E disritmia branda

Duas linhas
Um poema
Ela não está nos cinemas
E não é a garota de Ipanema
Porém, ainda sim, quebrou meus sistemas

Ao céu, as estrelas
Na noite, as luzes amarelas
Venha estar ao meu mando remanso
E me dê um descanso

E vou andando pela rua dela
Jogando-lhe flores
Tropeçando em amores
Bem à frente de sua janela