Elisabeth on...
-O que você está fazendo aqui? - perguntou Verônica (se é que esse é o verdadeiro nome dela).
-Eu que faço as perguntas por aqui. - disse e dei um jeito de fechar a portar para que ninguém nos escutasse. - Com quem você estava falando?
-Não sei do que você tá falando - Ótimo!!! Agora ela iria se fazer de sonsa.
-Da pra me responder logo? Não tenho a noite toda pra ficar nesse joguinho de "eu não sei de nada".
-Continuo não entendo aonde você quer chegar? Pq invadiu o meu quarto? Sabe que isso é proibido?
-Sabe de uma coisa...foda-se, tô sem paciência. - Me aproximei dela - Ou você fala o que eu quero saber por bem ou por mal. Mas saiba que se você não contar pra mim contará pra Hidra, e eles não tem piedade de ninguém, não que eu tenha tb, mas pelo menos você tem a chance de viver me contando.
-Contar qualquer coisa que seja pra você é a mesma de contar a Hidra, então não. Eu não tenho nada a dizer.
-Eu não sou eles!!! Eu não sou como eles!!! NUNCA, NUNCA mais repita isso. - disse com ódio- Eu posso ter vivido aqui a minha vida inteira praticamente, mas eu não sou como eles!!! Eu os odeio. - Desabafei sem querer. Odiava ser comparada a eles, esses monstros.
Não percebi que falei demais, eu revelei que odiava eles pra uma espiã, uma qualquer, uma estranha que poderia me entregar e me ferrar de jeito. Mas eu tinha os meus jeitos de me defender e ainda tinha o tal segredo dela que a filha da puta não queria me contar. Minha paciência estava em 0% já.
-Presta atenção Verônica, devo continuar te chamando assim? Esse é o seu nome? - indaguei mas a mesma não disse e nem expressou nada então prossegui - Continuando... eu sei que você roubou a prova, a flecha. Sei tb que vc é uma informante, óbvio, e tb sei que o cara que invadiu aqui é seu amigo e.... senão me engano o nome dele é Clint, Acertei? - ela continuava impassível. Prossegui - E por algum motivo que eu desconheço anda dando informações de algum agente para um tal de Tony. Eu já sei de tudo que vc fez aqui e os nomes dos seus colegas, então. .. Acho melhor você me explicar essa situação, você pode ter uma aliada dependendo da sua história.
A expressão dela continuava impassível, fria, calculista, observando cada gesto meu, me avaliando para poder finalmente falar:
-Como eu posso ter certeza que está falando a verdade? Como posso acreditar que você não me trairia fingindo ser uma aliada? - indagou ela.
-Você não pode. Mas saiba que se eu quisesse te entregar a Hidra já teria feito, e a essa hora você já estaria sendo torturada.
-Isso não é novidade pra mim.
-Que bom, pq se você não começar a falar o que eu quero eu terei que usar meu poder de persuasão - disse seria. Não tava afim de torturar ninguém, mas se fosse preciso eu faria.
-Eu estou aqui pra vigiar a movimentação da Hidra, impedir que eles produzissem mais armaduras do homem de ferro, e ver os próximos lugares que eles atacariam para roubar tecnologia alienígena.
-Ok. E quem da Base você está vigiando para esse tal de Tony? - perguntei curiosa.
-Isso eu não posso dizer.
-Pode sim. Deve, na verdade.
-Isso não tem a ver com a missão. É mais uma coisa... familiar - diz sucinta.
-Então essa pessoa é da família desse Tony? - perguntei curiosa.
-Mas ou menos isso. Mas isso não nos diz respeito. - disse ela dando o assunto por encerrado. Mas pra mim esse assunto não estava nem na metade.
Observei seu rosto e percebi que dali não sairia mais informações nenhuma, mas não custa nada continuar insistindo, afinal a minha curiosidade é enorme.
-Pra quem você trabalha?
-Pra que você quer saber? - disse grossa. Parece que ela já estava começando a ficar nervosinha.
-Pra saber se você é confiável.
-Eu que deveria estar fazendo essa pergunta, afinal, é a minha cabeça que está a prêmio.
Nisso eu não posso discordar dela, ela estava mesmo em risco, mas eu também estava. Convenhamos que a Hidra não iria gostar nada de saber que eu estou encobrindo uma inimiga na nossa base. E se por acaso eles descobrem que eu, de algum jeito, sabia e não contei a eles os mesmo vão me torturar de tantas formas que é até impossível imaginar.
-Ok. Você está certa, mas pense comigo... eu odeio eles, você tb. Pronto, não tem o que temer .
-Bem prática você - disse sarcástica.
-Da pra me contar logo e parar com essa putaria? - disse de saco cheio. Ela já estava me dando nos nervos.
-Conheço alguém que não vai gostar dessa sua boa suja - disse rindo.
-Eu mando ele se fuder - paciência 0 - Agora me diz logo.
-Me dê um único motivo pra confiar em você. Um motivo plausível. - me olhou seriamente.
Olhei pra "Verônica" buscando algum resquício de brincadeira em seu rosto, mas só vi uma mulher seria e impaciente a minha frente. Ela estava se portanto mais teimosa que eu!! E isso me deixava extremamente irritada, já não bastava eu falar que eu odiava a Hidra? Ainda teria que falar sobre o pq eu os odeio? Eu não gosto de relembrar do passado, sei que faço isso mas é impossível controlar. Mas colocar meus pensamentos em palavras é tão doloroso pra mim que eu me proíbi de tocar em voz alta na morte da minha mãe.
Mas isso é a maior prova que eu posso dar a ela, ela pode não agredir mas mesmo assim eu vou dar esse voto de confiança a Verônica. Não sei pq mais acho que posso confiar nela, além do mais se ela não acreditar eu ainda posso tirar a verdade dela do jeito difícil.
-Eles mataram a minha mãe. - disse baixo mas suficientemente alto para ela entender. - você pode não acreditar mais é a verdade.
-Eu acredito - disse me surpreendendo - Eu sinto mui....
-Agora me conte pra qual organização que você trabalha - falei a cortando. Uma coisa que eu odiava era pena, e isso estava transbordando dos olhos dela.
Assim que eu parei de falar ela instantaneamente voltou a pose normal de fodona sem sentimentos e respondeu a minha pergunta.
-Eu trabalho pra S.H.I.E.L.D.
Uma organização secreta.-Uma organização secreta - disse com sarcasmo - isso não é novidade.
-Não, não é. Mas nós resolvemos coisas lá que nenhuma agência normal resolveria. Alienígenas, robôs psicopatas, Deuses.... cuidamos de tudo.
-Deuses? Como Thor? - perguntei curiosa.
-Conhece ele?
-Conheço alguns Vingadores por alto. Mas nunca me aprofundei no caso. Não é a minha área.
-Entendo....
-Mas mudando de assunto... qual é o seu verdadeiro nome? Pq Verônica não é. Você não seria tão idiota de entrar na Hidra com o seu próprio nome.
-Eu me chamo Natasha Romanoff, mas pode me chamar de Viúva negra.
******************************
Demorei pra postar mas tá aí o capítulo. Kkkk
Espero que gostem.
Votem e comentem.
Dêem sugestões, toda a ajuda é bem vinda. Bay.E desculpa pelos erros.
VOCÊ ESTÁ LENDO
SHADOW
ActionA vida de Elizabeth nunca foi fácil; sua jornada difícil começou aos sete anos, quando testemunhou a morte de sua mãe diante de seus olhos. A partir desse trágico episódio, Eliza nunca mais foi a mesma. Ao longo dos 15 anos seguintes, muitos eventos...