Capítulo 7

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Elisabeth on...

-O que você está fazendo aqui? - perguntou Verônica (se é que esse é o verdadeiro nome dela).

-Eu que faço as perguntas por aqui. - disse e dei um jeito de fechar a portar para que ninguém nos escutasse. - Com quem você estava falando?

-Não sei do que você tá falando - Ótimo!!! Agora ela iria se fazer de sonsa.

-Da pra me responder logo? Não tenho a noite toda pra ficar nesse joguinho de "eu não sei de nada".

-Continuo não entendo aonde você quer chegar? Pq invadiu o meu quarto? Sabe que isso é proibido?

-Sabe de uma coisa...foda-se, tô sem paciência. - Me aproximei dela - Ou você fala o que eu quero saber por bem ou por mal. Mas saiba que se você não contar pra mim contará pra Hidra, e eles não tem piedade de ninguém, não que eu tenha tb, mas pelo menos você tem a chance de viver me contando.

-Contar qualquer coisa que seja pra você é a mesma de contar a Hidra, então não. Eu não tenho nada a dizer.

-Eu não sou eles!!! Eu não sou como eles!!! NUNCA, NUNCA mais repita isso. - disse com ódio- Eu posso ter vivido aqui a minha vida inteira praticamente, mas eu não sou como eles!!! Eu os odeio. - Desabafei sem querer. Odiava ser comparada a eles, esses monstros.

Não percebi que falei demais, eu revelei que odiava eles pra uma espiã, uma qualquer, uma estranha que poderia me entregar e me ferrar de jeito. Mas eu tinha os meus jeitos de me defender e ainda tinha o tal segredo dela que a filha da puta não queria me contar. Minha paciência estava em 0% já.

-Presta atenção Verônica, devo continuar te chamando assim? Esse é o seu nome? - indaguei mas a mesma não disse e nem expressou nada então prossegui - Continuando... eu sei que você roubou a prova, a flecha. Sei tb que vc é uma informante, óbvio, e tb sei que o cara que invadiu aqui é seu amigo e.... senão me engano o nome dele é Clint, Acertei? - ela continuava impassível. Prossegui - E por algum motivo que eu desconheço anda dando informações de algum agente para um tal de Tony. Eu já sei de tudo que vc fez aqui e os nomes dos seus colegas, então. .. Acho melhor você me explicar essa situação, você pode ter uma aliada dependendo da sua história.

A expressão dela continuava impassível, fria, calculista, observando cada gesto meu, me avaliando para poder finalmente falar:

-Como eu posso ter certeza que está falando a verdade? Como posso acreditar que você não me trairia fingindo ser uma aliada? - indagou ela.

-Você não pode. Mas saiba que se eu quisesse te entregar a Hidra já teria feito, e a essa hora você já estaria sendo torturada.

-Isso não é novidade pra mim.

-Que bom, pq se você não começar a falar o que eu quero eu terei que usar meu poder de persuasão - disse seria. Não tava afim de torturar ninguém, mas se fosse preciso eu faria.

-Eu estou aqui pra vigiar a movimentação da Hidra, impedir que eles produzissem mais armaduras do homem de ferro, e ver os próximos lugares que eles atacariam para roubar tecnologia alienígena.

-Ok. E quem da Base você está vigiando para esse tal de Tony? - perguntei curiosa.

-Isso eu não posso dizer.

-Pode sim. Deve, na verdade.

-Isso não tem a ver com a missão. É mais uma coisa... familiar - diz sucinta.

-Então essa pessoa é da família desse Tony? - perguntei curiosa.

-Mas ou menos isso. Mas isso não nos diz respeito. - disse ela dando o assunto por encerrado. Mas pra mim esse assunto não estava nem na metade.

Observei seu rosto e percebi que dali não sairia mais informações nenhuma, mas não custa nada continuar insistindo, afinal a minha curiosidade é enorme.

-Pra quem você trabalha?

-Pra que você quer saber? - disse grossa. Parece que ela já estava começando a ficar nervosinha.

-Pra saber se você é confiável.

-Eu que deveria estar fazendo essa pergunta, afinal, é a minha cabeça que está a prêmio.

Nisso eu não posso discordar dela, ela estava mesmo em risco, mas eu também estava. Convenhamos que a Hidra não iria gostar nada de saber que eu estou encobrindo uma inimiga na nossa base. E se por acaso eles descobrem que eu, de algum jeito, sabia e não contei a eles os mesmo vão me torturar de tantas formas que é até impossível imaginar.

-Ok. Você está certa, mas pense comigo... eu odeio eles, você tb. Pronto, não tem o que temer .

-Bem prática você - disse sarcástica.

-Da pra me contar logo e parar com essa putaria? - disse de saco cheio. Ela já estava me dando nos nervos.

-Conheço alguém que não vai gostar dessa sua boa suja - disse rindo.

-Eu mando ele se fuder - paciência 0 - Agora me diz logo.

-Me dê um único motivo pra confiar em você. Um motivo plausível. - me olhou seriamente.

Olhei pra "Verônica" buscando algum resquício de brincadeira em seu rosto, mas só vi uma mulher seria e impaciente a minha frente. Ela estava se portanto mais teimosa que eu!! E isso me deixava extremamente irritada, já não bastava eu falar que eu odiava a Hidra? Ainda teria que falar sobre o pq eu os odeio? Eu não gosto de relembrar do passado, sei que faço isso mas é impossível controlar. Mas colocar meus pensamentos em palavras é tão doloroso pra mim que eu me proíbi de tocar em voz alta na morte da minha mãe.

Mas isso é a maior prova que eu posso dar a ela, ela pode não agredir mas mesmo assim eu vou dar esse voto de confiança a Verônica. Não sei pq mais acho que posso confiar nela, além do mais se ela não acreditar eu ainda posso tirar a verdade dela do jeito difícil.

-Eles mataram a minha mãe. - disse baixo mas suficientemente alto para ela entender. - você pode não acreditar mais é a verdade.

-Eu acredito - disse me surpreendendo - Eu sinto mui....

-Agora me conte pra qual organização que você trabalha - falei a cortando. Uma coisa que eu odiava era pena, e isso estava transbordando dos olhos dela.

Assim que eu parei de falar ela instantaneamente voltou a pose normal de fodona sem sentimentos e respondeu a minha pergunta.

-Eu trabalho pra S.H.I.E.L.D.
Uma organização secreta.

-Uma organização secreta - disse com sarcasmo - isso não é novidade.

-Não, não é. Mas nós resolvemos coisas lá que nenhuma agência normal resolveria. Alienígenas, robôs psicopatas, Deuses.... cuidamos de tudo.

-Deuses? Como Thor? - perguntei curiosa.

-Conhece ele?

-Conheço alguns Vingadores por alto. Mas nunca me aprofundei no caso. Não é a minha área.

-Entendo....

-Mas mudando de assunto... qual é o seu verdadeiro nome? Pq Verônica não é. Você não seria tão idiota de entrar na Hidra com o seu próprio nome.

-Eu me chamo Natasha Romanoff, mas pode me chamar de Viúva negra.




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Demorei pra postar mas tá o capítulo. Kkkk
Espero que gostem.
Votem e comentem.
Dêem sugestões, toda a ajuda é bem vinda. Bay.

E desculpa pelos erros.

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