Capítulo 29

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Elizabeth on.

- O que faz aqui SHADOW? - Perguntou enquanto se recompunha do seu pequeno susto.

- Não é bem óbvio? - Sorri sarcástica. Esse homem foi uma a pessoa que destruiu a minha vida, e ver ele sofrer será só uma pequena recompensa por todos esses anos de sofrimento e medo que ele me faz passar.

- Não vejo motivos para tamanha revolta. - Ele falava como se acreditasse mesmo que não havia motivos para que eu não me revelasse contra ele - Você teve tudo aqui criança. Aprendeu várias línguas, te ensinamos a lutar...

- Me ensinaram a matar - Cortei sua fala - Me ensinaram a não ter sentimentos, me ensinam a seguir ordens acima de tudo.

- Exatamente. Não vejo isso sendo uma coisa ruim, você tem um propósito, criança. - Não aguentei mais escutar sua voz, em menos de três segundos estava com a minha mão em volta do seu pescoço.

- Eu consigo escutar seu coração batendo acelerado - Digo enquanto aperto seu pescoço - pena que em alguns minutos isso vai mudar...

- O...Que ... Você... Quer... - Falou com dificuldade.

- Justiça. - O arremessei em uma estante com vários livros, que se partiu assim que recebeu o impacto do corpo dele contra sua superfície. - Eu quero justiça por todos esses anos que eu passei nesse inferno!!! - Chutei sua costela com força, o que fez ele bater de novo contra a estante quebrada. - E principalmente Justiça pela morte da minha mãe. - Dei um soco no seu rosto.

- Você... não pode me matar - Diz fraco, mas ainda não tinha perdido o sorriso convencido nós lábios. Os mesmo lábios que no momento jorrava sangue enquanto ele limpava com a mão.

- Então me diz o motivo - apertei a sua costela onde tinha acabado de chutar. Klaus gritou de dor e eu sorri como se esse grito de dor fosse música para os meus ouvidos. Por sorte a sua sala tinha isolamento acústico, portanto ele poderia gritar o quanto quisesse, mas ninguém iria aparecer.

- Sua mãe está viva... - Ele disse num fiapo de voz - E só eu sei onde ela está.

Ouvir aquelas palavras me atordoou de uma forma que eu não sei explicar. Eu não podia acreditar que ele estava falando a verdade, não podia ser...

- Você está mentindo... - Sai de perto dele ainda atordoada - Você está MENTINDO!!!!

- Não, não estou. - Sorriu enquanto se levantava do chão com dificuldade - Sabia que todos os dias ela pergunta por você?

- Eu não vou acreditar em nada que saia da sua boca imunda. - Seu sorriso presunçoso foi o estopim para que eu surtasse de vez.

Olho pra ele com ódio, um ódio multiplicado. Tudo que eu já sentia por ele foi infinitamente multiplicado nesse momento. Raiva, ódio, desprezo é só isso que eu consigo transmitir enquanto vejo o seu sorriso debochado.

Ando em sua direção prestes a acabar com a sua vida, não suportava escutar mais nenhuma palavra saindo dessa boca nojenta. Se a minha mãe estiver mesmo viva, o que eu duvido, eu á encontraria e não precisaria da ajuda desse maldito para isso. Sou surpreendida com a ilustre chegada do soldado invernal que sem esperar muito parte pra cima de mim. Recebo um soco no rosto que me fez ficar tonta por alguns segundos, mas logo recuperei a consciência. Olho pro soldado com ódio e ao mesmo tempo incrédula. Como Klaus consegui chamar ajuda sem eu perceber? No momento isso é o menos importante, o foco agora é destroçar esses dois.

- Sua cara de incredulidade me diverte criança - Sorriu. Klaus se espreguiçou e eu escutei suas costelas estalarem, vi ele fazer uma cara de dor, mas logo voltou a sorrir como se os ossos da sua costela não tivessem acabado de voltar pro lugar. - Chegou atrasado soldado - O soldado invernal não respondeu nada e só ficou me olhando.

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