Capítulo 8 - E agora, cadê ela?

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Rafael

Quando o domingo chegou, acordei as seis manhã para correr muito contrariado. O babaca do Cadu praticamente me obriga a levantar todo domingo para correr com ele. Normalmente tento enrolar um pouco antes de sair, então, fiz o meu pré treino para tomar antes de ir correr. Liguei o liquidificador e percebi a neta de Dona Teresa chegando de fininho na cozinha mais preferi fingir que não tinha a visto e não demorou muito para ela sair da cozinha. Ainda bem. Essa garota só tem tamanho. De resto, não passa de uma pirralha mimada. Sai de casa assim que tomei meu suco, pois se eu demora-se um pouco mais Cadu começa a ligar sem parar. Cadu age como se fosse minha namoradinha. Isso saiu estranho.

Normalmente Teresa também acorda nesse horário para passar o café dela, mas ela não veio dessa vez. Talvez estivesse muito cansada por ter que ficar fazendo companhia para a neta nos últimos dias. Não foi só a minha vida que ela tem atrapalhado nessa semana.

Peguei o elevador e desci, me aquecendo assim que alcancei a calçada. O frio da praia batendo nos ossos me vez começar a correr para esquentar. Comecei com uma caminhada leve até o quiosque em que havia marcado de nos encontrarmos. Depois começamos a acelerar a corrida. Cadu encheu minha cabeça sobre a mentira de Patrícia e não acreditou quando eu disse que estava tudo bem. Perguntaria a ela depois? Sim. Mas não tinha por que ficar de conversinha sobre esse assunto. Afinal, havíamos combinado que só ficaríamos e não nos meteríamos na vida um do outro. Sem DR. Sem estresse. Era tudo que eu queria no momento. Mais havíamos um trato. Sem mentiras. Eu não suporto mentiras. Mesmo estando apenas ficando.

Caminhamos por cerca de 30 minutos até pararmos em um outro quiosque para tomar água e descansar. Eu trocava de assunto antes que um acabasse para não da chance de Cadu ficar se prolongando. Se deixar, ele fala sem parar. Mas fiz a besteira de falar sobre a minha hospede indesejada.

― Então ela não tem 12 anos? ― Cadu consegue se pior que meu irmão de 7 anos.

― Não. Parece ser maior de idade mas não sei quantos anos. E não vai me fazer diferença saber.

― É gata?

― Sei lá. Não parei para reparar.

― A garota está na sua casa. E você não "parou para reparar"? ― Cadu, me diz, você tem merda na cabeça?

― Cara, a garota é um saco. Juntaram tudo de ruim e fizeram ela. Chata, mimada, fala demais, reclama demais, vive dando gritinho e metida a miss educação.

― Mais é gata?

― Quem liga se ela é gata ou não. ― Disse já me irritando pela conversa sobre essa garota estar se arrastando demais.

― Eu ligo. Ela é sua prima, não minha.

― Leva ela para sua casa então, porque para mim já deu.

― Olha que eu levo. Só preciso da uma olhadinha nela antes. ― tomou um pouco da água. ― Não tem nem uma semana que a garota chegou e já te deixou irritado assim cara?

― Para você ter uma ideia.

Tentei trocar de assunto mais ele sempre voltava no assunto Patrícia e Olivia. Tinha combinada de passar na casa dele para ajudar ele com uma parada mais quando percebi que ele passaria a manhã falando do mesmo assunto, resolvi voltar para casa.

Assim que cheguei tomei um banho e fiquei no meu quarto. Dona Teresa chamou para o almoço e decidi que almoçaria no quarto mesmo. Passei parte do meu dia jogando x-box. Liguei para Pedro e ele não me deu muita atenção pois estava feliz demais tomando banho de piscina com nossos primos. A única coisa que ele se importou de falar foi se a prima dele tinha chegado e se era legal. Falei que ela era uma chata. Pedro falou algo sobre a mãe a levar na casa de nossa tia mais não quis me prolongar nesse assunto. Todo mundo hoje queria falar dessa garota.

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⏰ Última atualização: Oct 01, 2020 ⏰

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