― Oliviiiiiaaaa! Acorda, não quero que fique a manhã inteira nessa cama! ― Essa é a minha mãe, Doutora Clarissa Vasconcelos. Que simplesmente acha muito normal me acordar aos berros. ― Olivia! ― Merda! Ela entrou no meu quarto.
― Dona Clarissa, você não sabe bater na porta? Privacidade, mãe. É só isso que eu te peço. Eu poderia esta pelada sabia? ― Rolo na cama para poder olhar para ela. E observo ela indo abrir as cortinas. Eu odeio quando ela faz isso. O sol bate direto na minha cama.
― Primeiro, a casa é minha e eu entro no seu quarto a hora que eu quiser. Segundo, eu já te dei banho garota. ― Ela andou pelo quarto catando as roupas de deixei jogadas no chão. ― Garota eu não te dei educação? Por que você fica jogando tudo no chão?
―Argh! Deu-me banho quando eu era criança mãe. Agora eu tenho seios e pelos. ― Sentei na cama para poder acompanhar ela tentar fazer uma limpeza rápida no meu quarto. ― Mãe para de mexer nas minhas coisas eu vou arrumar depois.
― Você fala isso toda semana. Levanta e vai tomar um banho logo enquanto eu arrumo seu quarto.
― Ta. Só não muda nada de lugar. ― Levantei da cama e arrumei logo a cama para Dona Clarissa não reclamar.
Andei até o closet e separei a roupa uma muda de roupa e andei em direção ao banheiro. Mas parei antes de entrar para perguntar ago que estava me incomodando.
― Só por perguntar... Que horas são? ― ela parou de separar a roupa suja das limpas para olhar a hora no seu relógio de pulso.
― oito e quatro. ― Arregalei os olhos. Zeus, ela não consegue me deixar dormir até tarde NUNCA. Entrei para o banho logo para não arrumar briga logo pela manhã.
Alguns minutos depois minha mãe bateu na porta do banheiro reclamando por eu estar gastando muito água e que ela já tinha terminado. Terminei meu banho antes que ela volta-se e reclama-se mais uma vez. Dona Clarissa não gosta de repetir algo duas vezes. E é sempre melhor que ela não precise repetir.
Parei em frente ao espelho e fiquei me observando por um instante. Pele clara e cabelos igualmente claros. Eu não sou nada parecida com minha mãe. Minha mãe tem a pele clara mas não tão clara e os cabelos castanhos. Na verdade, sou bem mais parecida com meu pai. A pele igualmente clara e o cabelo loiro, mas o dele é um tom bem mais fechado. Deixando a reflexão sobre com quem sou parecida de lado, abro a gaveta para do gabinete para pegar meus cremes. Não vivo sem eles, não só por vaidade mas por ter uma pele muito sensível. Passo cada um e logo depois pego meu secador do suporte para secar os cabelos. Quando finalmente saí do banheiro, dei de cara com minhas coisas totalmente fora dos lugares. Era sempre assim, Dona Clarissa dizia que ia só dar um jeitinho e troca-vá tudo de lugar. Não querendo ser mal agradecida mas já sendo, como vou saber onde estão minhas coisas agora? Simplesmente não vou.
Depois de rearrumar meu quarto todo. Sem exagero. Desci para poder tomar café com meus pais. Minha mãe estava reclamando, como sempre, que eu demoro muito para me arrumar e do porque eu me arrumo se vou ficar em casa e eu disse o que sempre respondo: Não é só por que vou ficar em casa que tenho que ficar desarrumada. Comemos nossa café da manhã e depois Mamãe pediu para que eu lava-se a louça. Não sei porque ela ainda pede se sempre sobra para mim mesmo lavar.
Chegando perto do horário do almoço me arrumei e peguei minhas coisas. Tinha combinado de ir tomar banho de piscina com o pessoal. Como meus pais estavam de folga, teria que descer de fininho para não perceberem a minha saída até eu estar bem longe. Meus pais não gostam que eu saía quando eles estão de folga já que a agenda dos dois é bem apertada. Porém, quando estava atravessando o jardim minha mãe me gritou pela janela. Minha única alternativa foi correr e gritar de longe.
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Eu, você e o cão que nos seguiu.
Novela JuvenilDepois de tanta relutância Olivia aceita ir passar um tempo na casa da sua avó materna. Porém ao chegar conhece Rafael, o enteado de sua tia Inês. O que ela não esperava era que teria que passar todo o tempo no Brasil dividindo o mesmo teto que Rafa...