Capítulo 3

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Gente perdão por sumir.
Eu tive muitos problemas pessoais que foram seguidos de um enorme bloqueio na minha criatividade e fiquei por meses sem conseguir escrever nada por mais que eu tentasse tudo saiu uma merda.

Mas estou de volta e a partir de hoje me comprometo com uma postagem por semana.

Me desculpem mesmo.

Espero que gostem do capítulo.

(...)

Ouça a música da mídia.

- Do que você está falando?

Questionou Alex incerto, tranbordando confusão e insatisfação.
Mas no fundo nós dois sabíamos que eu havia sido clara o suficiente.

- Acho que já respondi suas perguntas, portanto se puder fazer um favor a nós dois, vá embora e finja que isso nunca aconteceu. Não precisamos prolongar esse momento.

Alex entreabiu os lábios como se quisesse dizer algo mas foi incapaz de pronunciar, quase em um sussurro mudo.
Me direcionei até a porta e a abri deixando-a escancarada em um claro convite a se retirar.

Alex continuou parado de costas para mim como se estivesse petrificado.

Como se seus pensamentos estivessem longe demais daquele lugar. Talvez no dia em que ele conhecera uma menina indefesa. Uma menina que ele almejou poder ver novamente e poder salvar.

Alex queria ser o heroi dela, mas precisaria aceitar que aquela menina havia se salvado sozinha.

E que hoje ela já não existia mais.

Pigarreei para tirá-lo de seus pensamentos, já estava na hora de acabar com aquilo.

Alex finalmente pareceu voltar a vida real e se virou para mim, dessa vez ele não me encarava, pensei que ele diria mais alguma coisa, e estava pronta para rebater, porem ele não o fez.

Se encaminhou até a porta mas antes que pudesse passar por ela, ele paralisou e finalmente me encarou.
Seus olhos castanhos tinham um brilho diferente, e ele estava mais sério do que jamais eu havia visto antes.

Em alguns segundos ele parecia ter perdido toda a jovialidade que sempre esteve presente em seu rosto, todo o altruismo, todo seu jeito de menino irresponsável e cativante parecia ter desaparecido, foi quando eu percebi como eu poderia ser tóxica a ele.

Eu precisava mantê-lo longe não só por mim, mas por ele. Eu o devia minha vida no passado, não me esqueceria disso afinal.

Eu tinha cicatrizes e bagagens demais para que alguém tão genuino como ele, e eu soube disso desde a primeira vez que o vi.

Ele enfim perguntou:

- Por que?
Soube no mesmo momento a quê se referia.

Suspirei.

- Porque eu posso.
Foi a minha resposta, antes de fechar a porta.

/=/

Minha semana se arrastou, e, mesmo que eu me proibisse de pensar no acontecido naquele fim de semana foi impossível não o fazer.

Meu passado viera a tona com todas as forças e eu já não conseguia mais trancá-lo no fundo da minha mente.

- Professora?

Desviei de tais pensamentos e encarei a garota que estava a minha frente.
Ela estava com um papel estendido.

- Pois não Lauren?
Eu não a via por uma semana e na aula de hoje ela estava extremamente calada.

O Preço da CortesãOnde histórias criam vida. Descubra agora