O Preço da Cortesã

Capítulo 6

Desculpem a demora, eu acabei de me mudar do Brasil para NY e estava uma loucura para me adaptar, mas prometo que agora terminaremos esse livro.
Por favor deixe seu comentário e voto é importante para me incentivar a escrever mais!!!

Capítulo:

Cannedy era um cara incrível, ele tinha meu afeto era verdade, mas eu jamais poderia me envolver com qualquer um deles, ainda mais sabendo das preferências do Cannedy.

Engoli em seco, os olhos dele possuíam algum tipo de esperança, se fosse qualquer cliente eu seria dura nas palavras e sairia dali imediatamente, mas era o Cannedy, além do mais, eu já era uma mulher e não poderia agir como uma garotinha.

– Se eu fosse escolher alguém no mundo para isso seria você.
Suspirei.

– Mas não posso, não vou, jamais, essa profissão... Ela é a única coisa que sobrou para mim, por mais loucura que soe isso, foi ela quem me salvou.

Suspirei.

– Eu prometi a mim mesma que jamais passaria por aquilo novamente, e não pretendo quebrar essa promessa.

Ele me encarava de um modo que eu nunca havia visto antes. Como se houvesse me entregado o coração dele e eu houvesse destroçado. Ele caminhou até mim e tocou minhas mãos.

– Lucy, você nunca falou do seu passado, mas eu seria um tolo se não soubesse reconhecer as marcas que deixaram em você.
Ele tocou meu rosto lentamente e de repente senti a necessidade de sair correndo dali.

– Eu jamais teria coragem de encostar um dedo em você.

Bufei e me virei de costas.

– Irônico você frequentar um clube de BDSM então.

Ele respirou fundo.

– Lucy, eu não...
Ele parecia sem palavras e eu o encarei de volta.

– Aquilo é bem diferente, eu nunca faria nada que você não quisesse, afinal é esse o problema? É isso que te incomoda?

Encarei o chão sem conseguir olhá-lo.
Quando Juliet me apresentou aquele clube eu fiquei horrorizada, como homens e mulheres poderiam gostar de apanhar? Ela disse que eu precisava aprender caso quisesse me tornar uma acompanhante de luxo.
Mas aquilo foi demais para mim. Por isso explicitei no contrato, nada de BDSM.

Ele tocou minha mão com carinho.

– Vai me dizer que nenhum cliente jamais te deu alguns tapas? Vai me dizer que não gostou?

O encarei irritada.

– Isso não...
Ele tocou meus lábios me  impedindo de continuar.

– Eu sei que a primeira vista BDSM lhe parece algo muito maior que isso, mas não é, não fazemos nada que o outro não queira de verdade.

Não importava quantas vezes qualquer um deles me dissesse isso, eu ainda tinha a imagem dos chicotes usados naquela sala em minha cabeça e era impossível não me lembrar, acho que cannedy percebeu meu desconforto.

– Se é isso que a incomoda tanto, você não precisa se preocupar Lucy, você se lembra como era nós dois juntos?

Eu me lembrava, e Deus, era muito bom.

– Pode ser para sempre daquele modo, você não precisa experimentar BDSM nem nada que não queira Lucy eu prometo.

–Mas você gosta.
Acusei, não que fosse culpa dele, eu apenas era uma mulher quebrada e ele merecia alguém inteira. Ele chegou perto demais de mim. Nossas respirações se misturaram.