O Preço da Cortesã

Capítulo 5

– Devo te chamar de Sra. Grey e olhar para baixo quando me dirijo a você também?
Questionou Alex sarcástico.
Era óbvio que aquilo o irritara, mais do que isso, havia o atingido de jeito.
Não que eu me importasse, era exatamente o meu objetivo.

– Ainda não inclui nada do tipo no contrato, mas você está começando a me dar boas ideias.
Retruquei no mesmo nível de sarcasmo.

Ele me encarou e jogou o contrato sob a mesa.

Em seguida andou na minha direção.

– Isso é ridículo. Eu só quero contratar o seu serviço.
Deu um sorriso de lado e estava próximo demais.

Eu precisava me acostumar com esse tipo de coisa, era só mais um homem, eu posso lidar com isso.

Eu o encarei de volta e cheguei mais perto dele para mostrar que não me intimidava.
Nossas bocas estavam a milímetros de distância, e eu conseguia sentir sua respiração.

– Se você procura apenas os serviços de uma puta qualquer sugiro que vá a uma esquina e encontre a sua mulher Alex, mas se quiser os meus, serão nos meus termos, assine ou vá embora.
Ele me encarou de volta, olhos castanhos intensos.

— Você tem razão, não é mesmo a menina que eu encontrei a alguns anos atrás. Essa é uma nova versão sua, mais brava, mais forte.
Ele sorriu e tirou de dentro do bolso da sua camiseta uma caneta.

– Acho que posso gostar ainda mais dela. Srta. Mitchel.
Ele pronunciou meu sobrenome quase como se fosse algo sexual.

Se virou para mesa e se debruçou sob o contrato, rasbicou algo rápido e suas palavras seguintes me fizeram de repente sentir que o ambiente estava quente demais.

– Então... Quando começamos?

Boca seca, corpo travado, cabelos da nuca arrepiados, estava claro que aquele não era o melhor momento, eu odiaria soar sensível como uma virgem.

– Outra hora Sr. Wablers tenho um serviço marcado hoje e nossa conversa já me atrasou o suficiente.

Estava claro que ele não havia ficado nada contente com a minha resposta, mas advinha, eu não iria ceder aos desejos de um homem novamente, não mais.

Andei em direção a porta.
Mas quando estava prestes a alcançá-la suas palavras me paralisaram.

– Eu cubro o triplo do que o seu cliente está pagando.
Respeitei fundo e alcancei a porta.

– Vai entender em breve Sr. Wablers, que eu não negocio assim.
Abri a porta e o encarei, um convite claro para ele ir embora.
Ele respirou fundo e andou ate a porta parando ao meu lado.

– Estou ansioso para receber o seu convite Srta Mitchel.

Assim ele se foi e eu me deixei cair escorada na porta assim que a fechei.

Suspirei e meus olhos correram pela sala, lá estava a cesta e a mesa cheia de comidas.

Meu estômago roncou de novo, não faria mal eu comer um pouco.
Me desvincilhei da porta e parei em frente aquele banquete me deliciando de cada salgado.

Se fora realmente ele quem fizera, era um excelente cozinheiro.

Algumas horas se passaram, até que eu realmente precisasse me arrumar, caso contrário estaria mesmo atrasada para sair com o Cannedy.

Como nós nunca transamos eu não me preocupei tanto em parecer sexy, sensual e desejável, na realidade eu começava a tratar nosso encontros como algo realmente agradável e natural.