Magnus nunca havia sentido-se desconfortável em uma missa. No entanto, lá estava Alec, rindo com sua amiga ruiva e sorrindo descaradamente para Magnus. Até ver Alec comendo o pão deixou Magnus louco. Ele estava passando dos limites, sabia disso. Ele não deveria pensar esse tipo de coisa sobre um garoto de 18 anos. Magnus respirou fundo, ignorando Alexander e fazendo o seu dever. Fazendo o que ele deveria fazer. Alec estava bem na frente, ao lado da garota ruiva que Magnus sabia que o nome era Clarissa. Ela ria juntamente com Alec. Os dois não tinham o mínimo respeito pela igreja. Magnus via Clary cochichar algo nos ouvidos de Alec e Magnus via os olhos de Alec olharem a sua bunda e sorrir. Segundos depois Clary estava rindo de novo com ele.
Era um jogo perigoso. Magnus estava perdendo. Ele não estava sentindo-se desconfortável com os olhares e investidas de Alec, ele estava sentindo vergonha de não conseguir lutar contra eles. Magnus queria flertar de volta com o garoto, queria poder provoca-lo de volta. Ele era um caso perdido. Ele não devia sequer estar pensando nele de outra maneira, ele nem sequer deveria cogitar. Ele não devia ter pedido por detalhes do maldito sonho.
Quando a missa acabou, Magnus comprimentos algumas famílias e foi até o altar para pegar a sua água. Ele viu os olhos de Alec presos nele. Magnus virou-se para trás e sorriu. Merda. Ele realmente era um caso perdido.
Sem pensar no que estava fazendo, Magnus abaixou-se exageradamente para pegar a sua garrafa de água no chão, seu quadril virado na direção de Alec. Magnus também havia colocado o seu melhor terno, deixando seus músculos a vista. Quando ele virou-se para frente, viu que Alec tinha uma sobrancelha erguida e um sorriso nos lábios. Era como o sorriso do diabo, lhe pedindo para pecar. Magnus estava cedendo cada dia mais. Ele pegou a sua garrafa de água e olhou para Alec. Ele não pensou novamente quando contornou a sua garrafa com o polegar, levando ela até a boca e bebendo o líquido, sua mão subindo e descendo sobre o plástico. Quando terminou de beber, passou o polegar sobre os lábios molhados e continuou encarando Alec, vendo que ele estava com os olhos arregalados, um sorriso nervoso nos lábios e as bochechas coradas. Magnus então percebeu o que estava fazendo e ficou sério, odiando-se por ter caído nos joguinhos de Alexander tão rápido e tão intensamente.
Magnus comprimentou a família de Clary, com educação, e não conseguiu controlar um sorriso quando olhou para trás e viu Alexander correr atrás de Clary, pegar a garota nos braços e encher a barriga dela de cócegas e a garota se contorcer e dar tapas em Alec. Era algo novo para Magnus, ver Alec tão feliz e sem nenhuma camada. Clary fazia aquilo com ele, a garota saiu correndo novamente e Alec gargalhou quando ela tropeçou em algo. Clary lhe mostrou o dedo do meio, Alec alcançou ela novamente e encheu a menina de cócegas mais uma vez. Quando ele parou, Clary estava jogada sobre o banco, as pernas caídas no colo de Alec e as mãos nos cabelos dele, fazendo carinho e bagunçando os fios negros. Alec fechava os olhos e apreciava o toque. Ver ele daquela forma, relaxado e agindo como um adolescente normal deixou um calor estranho no coração de Magnus. Ele apenas percebeu que estava encarando quando viu Clary se curvar sobre Alec e sussurrar algo em seu ouvido e os olhos de Alec viraram-se para ele. Magnus desviou o olhar.
Enquanto comprimentava as outras famílias Magnus não conseguia parar de pensar no garoto animado e gentil que ele viu mais cedo com Clary.
- Senhor Bane - Robert e Maryse Lightwood chegaram perto dele. - Gostaríamos de fazer uma proposta ao senhor. Um jantar, na nossa casa, hoje a noite.
Magnus sempre era chamado para jantares nas famílias importantes de Alicante. No entanto, ele estava falando dos Lightwoods, de Alec. Seu coração implorava para que ele aceitasse.
- Claro - Ele disse sorrindo, olhando rapidamente para Alec, no banco, fazendo tranças nos cabelos ruivos de Clary e rindo com ela. - Eu adoraria.

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Unholy (malec)
FanfictionEle era a sua definição de pecado. Magnus nunca achei que pecar pudesse ser tão maravilhoso.