EIa se atrasou de propósito para o café. Desceu a escada e olhou em volta, torcendo para que Poncho já tivesse saído. Maude estava terminando uma torrada, sentada na frente de Christopher, que tomava um gole de café. Poncho, Dick Leeds e Vivian não estavam à vista.
- Nossa, como você está arrumada - comentou Maude, contemplando o belo terninho bege e a blusa de crepe marfim que Anahi vestia. Seu cabelo estava preso num coque, com cachos emoldurando seu rosto, calçava sandálias de salto agulha. Era o retrato de uma executiva.
- Modernosa - acrescentou Christopher, piscando o olho. - Aonde você vai com sua plumagem mais bela, passarinho?
- Vou procurar emprego - respondeu com um sorriso frio.
Maude engasgou e Christopher teve que bater-lhe nas costas.
- Emprego? - perguntou. - Fazendo o quê, Anahi?
- Depende do que eu encontrar respondeu a jovem, com um brilho de teimosia em seus olhos verdes. - Não discuta, Maude - acrescentou, percebendo a imediata desaprovação naquele rosto pálido de olhos escuros.
- Não ia fazer isso, querida - Maude protestou. - Só ia perguntar como você pretendia contar para Poncho.
- Ela já contou - disse Poncho, aparecendo na porta vestindo um belo terno cinza com uma
gravata estampada que realçava seu tom de pele. - Vamos, Any.
Estava quase tremendo de emoção, com os grandes olhos verdes arregalados, mesmo sabendo que não ia brigar. Todas as suas resoluções desapareceram quando ele a confrontou.
De qualquer maneira, depois de ontem a briga estava encerrada mesmo. Ela não agüentava mais.
- Ela não tomou café - observou Christopher.
- Ela vai aprender a descer a tempo, não? - respondeu Poncho. Havia algo vagamente ameaçador na maneira com que fitava seu irmão menor.
Christopher sorriu, envergonhado.
- Só um comentário - ele riu.
Os escuros olhos de Poncho viraram-se na direção de Anahi, examinando-a
possessivamente.
- Vamos, eu disse.
Ela se levantou, deixando uma xícara de café fresco e ovos mexidos para trás, seguindo -o apreensiva até o hall.
- Aonde vamos?
As sobrancelhas grossas levantaram-se. Abriu a porta para ela.
- Trabalhar, é claro.
- Mas ainda não tenho emprego.
- Tem sim.
- Qual?
- Minha secretária.
Desatinada, acompanhou-o para fora, e só conseguiu falar enquanto caminhavam para a garagem, no passo apertado de Poncho.
- Ouvi direito? - perguntou, sem disfarçar sua incredulidade.
- Ouviu. - Pegou um cigarro e inclinou-se para acendê-lo enquanto dirigia.
- Mas, Poncho, não posso trabalhar para você.
Seus olhos escuros examinaram brevemente o rosto dela.
- Por que não?
- Não sei datilografar rápido o suficiente - respondeu, aflita. Passar o dia inteiro perto dele, todos os dias, seria uma agonia, não uma alegria.
- Você está dentro da média, pequena. Serve. - Ele acendeu o cigarro e pôs o isqueiro no lugar. - Disse que queria um emprego.
Sentada tensa ao lado de Poncho, ela olhava para os carros que passavam na outra pista, sem realmente vê-los.
- Onde estava Vivian essa manhã? - perguntou, com voz baixa. - Vocês chegaram tarde ontem à noite.
- É, chegamos.
- Não é da minha conta, é claro - disse, evitando fitá-lo.
Ele apenas sorriu, concentrado na rua.
O moderno e bem cuidado complexo Herrera Mills ficava no andar térreo do imenso parque industrial da cidade. Anahi já havia estado inúmeras vezes no edifício, mas nunca como funcionária.
Seguiu Poncho até seu atraente escritório, onde a mobília escura era adornada por elegantes enfeites em tons de chocolate e creme. Um quadro da mesma extensão do sofá de couro chamou sua atenção. Observou a paisagem marítima, as cores do pôr-do-sol misturando -se com as nuvens, a praia e suas palmeiras, em tons de branco e prata. Em primeiro plano, havia as silhuetas de um homem e uma mulher.
- Gostou? - ele perguntou, enquanto checava as mensagens em sua mesa.
Ela assentiu.
- E St. Martin, não é? - perguntou em voz baixa. - Eu reconheço esse lugar.
- E bem que deveria. Nós dividimos uma garrafa de champanhe debaixo dessas árvores
no seu aniversário de 18 anos. Quase tive que carregá-la de volta para a casa.
Ela riu, lembrando do próprio prazer borbulhante daquela noite, da companhia de Poncho e do barulho das ondas. Conversaram muito, lembrou, caminharam pela espuma das ondas e beberam champanhe, enquanto Christopher e Maude perdiam dinheiro num dos cassinos.
- Foi a melhor festa de aniversário que já tive - murmurou. - Acho que não nos desentendemos nenhuma vez durante toda a viagem.
- Gostaria de repetir essa viagem? - perguntou ele, abruptamente.
Ela se virou. Ele estava de pé em frente à sua mesa, com as pernas ligeiramente
afastadas e as mãos sobre os quadris esguios.
- Agora?
- Semana que vem. Tenho uma viagem de negócios para o Haiti - explicou, misteriosamente. - Pensei em ficarmos alguns dias em St. Martin e, de lá, eu iria até o Haiti.
- Por que Haiti? - perguntou, curiosa.
- Você não precisa me acompanhar nesta parte da viagem - ele respondeu de maneira
definitiva.
Ela examinou o quadro novamente.
- Nós? - perguntou num fio de voz.
- Vivian e Dick também, num último esforço para conseguir a cooperação dele.
- E a dela? - perguntou, com mais amargor do que imaginava sentir.
Houve uma longa pausa.
- Achei que agora você já soubesse por que ela também veio.
Anahi baixou os olhos em direção à moldura do quadro, sentindo-se morta por dentro.
Ele estava finalmente admitindo.
- Sim sussurrou. Eu sei.
- Sabe mesmo? - ele murmurou, franzindo as sobrancelhas.
- Alguém mais vai junto? - ela perguntou. - Christopher?
- Christopher? - repetiu asperamente. Suas feições endureceram. - O que está havendo entre vocês, Anahi Giovanna?
- Nada - defendeu-se. - Só gostamos da companhia um do outro.
Os olhos escuros de Poncho pareciam explodir em chamas.
- Mas é claro que levaremos Christopher. Assim você terá alguém com quem brincar!
Sua voz era cortante.
- Não sou criança, Poncho - disse, com uma dignidade silenciosa.
- Vocês dois são crianças.
Ela levantou os ombros delicados.
- Você não me tratou assim ontem à noite!
Um sorriso lento e vago apoderou-se de seus lábios tensos.
- Você não agiu como uma. - Seus olhos vigorosos analisavam aquele corpo no atraente terninho.
Ela sentiu o rubor subir pelas bochechas ao ouvir as palavras dele, lembrando a sensação do seu peito quente, aquela textura áspera contra seus seios.
- Christopher - debochou ele, buscando seu olhar. - Você o queimaria vivo. É intensa demais para ele. Para Donavan também.
- Poncho! - brandiu, envergonhada.
- Bem, é verdade - rosnou, os olhos fixos no rosto dela, remoendo aquelas lembranças. - Quase não dormi ontem à noite. Sentia suas mãos me tocando... Seu corpo como seda, se contorcendo contra o meu. Você pode estar um pouco verde ainda, menininha, mas tem bons instintos. Quando finalmente parar de fugir da paixão, será uma mulher e tanto.
- Não estou fugindo... - sussurrou involuntariamente, antes de perceber o que dizia.
Ficou ali de pé, observando-o, subitamente vulnerável, ávida ao lembrar das mãos dele tocando sua pele nua e da violência de suas emoções. Queria tocá-lo, abraçá-lo, sentir seus lábios contra os dele... Ele sentiu perfeitamente essa onda de desejo. Seus olhos escureceram violentamente quando ele levantou e contornou a mesa, caminhando em sua direção. Não havia mais fingimentos entre eles agora, apenas um fio de desejo ardente.
- É melhor que o que vejo nos seus olhos seja verdade - rosnou ele, ao alcançá-la, lançando as enormes mãos para pegá-la pela cintura e trazê-la para junto de si.
Exultante, ela sentia o peso daquele corpo grande e musculoso junto ao seu. Levantou o rosto em direção ao dele, e seu coração disparou ao encontrar aqueles olhos a apenas
milímetros de distância. Tremeu quando ele inclinou a cabeça.
A boca estava faminta e o beijo machucava. Virou-se para cima, segurando-o, enquanto aqueles lábios se afastavam e se aproximavam dos seus, ardentemente.
Poncho sussurrou sofregamente.
Ele tirara a mão de sua cintura para cobrir-lhe o seio, pesando levemente enquanto lançava a língua para dentro do calor de sua boca.
- Você está envenenando lentamente o meu sangue, Any - ele sussurrou asperamente.
Seus dedos se contraíram e ele observava como aquele rosto rubro reagia, desamparado.
- Olho para você e só consigo pensar em senti-la sob minhas mãos. Lembra de ontem? - cochichou contra sua boca. - Seus seios apertaram-se contra mim, sem nenhum pedaço de pano impedindo que sentíssemos a pele um do outro...
- Oh, não - gemeu, atordoada. - Não é justo...
- Por que não? - Levantou-a até que seus olhos estivessem na mesma altura. - Diga que não queria que eu fizesse o que fiz. Diga que, quando lhe soltei, seu corpo não ardia feito o meu.
Não podia, pois o desejava. Isso estava escrito em cada linha de seu rosto avermelhado, nos grandes olhos verdes que buscavam desesperadamente os dele, no silêncio do escritório.
- Gostaria de levar você sozinha à Martinica. Só nós dois, Any. Eu lhe deitaria na areia, na escuridão, e degustaria cada doce pedaço do seu corpo com meus lábios.
A intensidade de suas palavras a deixava ofegante.
- Eu... não iria...
- Até parece que não. - Beijou-a avidamente, buscando seus quadris, colando-os aos seus sensualmente, até que as sensações fizeram com que Anahi soltasse um gemido.
- Você me deseja, Any? - provocou com um suspiro. - Deus sabe o quanto eu a desejo.
- Foi errado tocar-lhe daquela maneira. Agora, só consigo pensar no desejo que sinto por você. Me beije, querida.
Ela obedeceu, pois era tudo o que queria naquele momento. Senti-lo, o toque, o gosto e o cheiro dele, seus longos braços prendendo-a a cada parte de seu corpo vigoroso, enquanto sua boca roubava tudo o que a dela podia oferecer. Levou uma eternidade até ele finalmente levantar a cabeça e fitá-la com olhos ardentes.
Com uma rapidez quase dolorosa, a porta foi aberta e a voz esganiçada de Vivian quebrou a emoção que os unia.
Olá disse com seu sotaque britânico. - Espero não estar interrompendo nada.
- Claro que não - disse Poncho, virando-se com um largo sorriso. - Eu lhe prometi um tour, não? Vamos. Any - disse, de costas para ela, - venha.
Ela ainda tremia e queria recusar, mas os olhos de Vivian já demonstravam suspeita, então não ousou.
Poncho acompanhou-as pela enorme fábrica, mostrando as principais áreas de interesse: a sala de treinamento, onde as novas costureiras aprendiam a usar os equipamentos mais modernos; a esteira de calças, em que cada operador de máquina de costura exercia uma diferente função na fabricação de uma calça; a sala de corte, onde enormes pedaços de tecido eram esticados e cortados em camadas de diferentes espessuras. Anahi lembrava de termos específicos da indústria têxtil, ouvidos na infância: os meninos que carregavam pacotes de tecidos estampados para as costureiras, as supervisoras que cuidavam de cada grupo de costureiras, os esticadores que alisavam os tecidos, os cortadores que cortavam, e os inspetores, responsáveis por detectar os produtos de segunda ou terceira classe e evitar que fossem enviados como produtos de primeira. Havia também as passadeiras, os empacotadores e as lavadeiras, que testavam a lavagem das roupas. Centenas de máquinas de costura funcionavam juntas na sala da esteira das camisas. Essa seção tinha máquinas que faziam casas de botão, além dos outros equipamentos específicos. As cores brilhantes captaram os olhos de Anahi.
- Esse tom de azul é lindo! - Poncho riu.
- Vou levá-las na usina de tecelagem, para verem como é feito. É um processo onde chumaços de algodão são amarrados e passam por uma torrente de rocas, em salas diferentes, para produzir um novelo. Atualmente, usamos algodão e rayon. Antes, a usina trabalha estritamente com algodão.
- Que interessante - disse Vivian, sem entusiasmo. - Nunca estive numa usina.
Anahi olhou-a, boquiaberta. Definitivamente essa não era sua primeira vez. Quando era mais nova, vivia atrás de Poncho e Christopher, porque todo o processo da fabricação de roupas a fascinava. Mas nunca mais havia estado numa usina de tecelagem e era jovem demais para entender a maior parte do que viu na época.
- Quantas blusas são feitas em uma semana? - perguntou Anahi, observando as diferentes fases de fabricação enquanto passavam. Por causa do barulho, quase gritou no ouvido de Poncho.
- Aproximadamente dez mil dúzias - respondeu ele, sorrindo ao ver o choque em seu rosto. - Acrescentamos vários equipamentos novos. Temos mais de seis mil operadoras de máquinas de costura nessa fábrica e são necessários em torno de 150 mil jardas de tecido por semana para manter essas senhoras ocupadas.
Anahi olhou para trás.
- As calças...?
- É uma instalação separada, querida lembrou ele, olhando para a porta que unia os dois departamentos. Só temos umas trezentas máquinas na esteira de calças. Nosso principal negócio são as blusas.
- É enorme! - exclamou ela. Poncho assentiu.
- Nossos negócios são volumosos. Temos contratos com duas das maiores empresas de vendas por mala direta e você deve lembrar que temos nossa própria cadeia de ponta de
estoque. É uma tremenda operação.
- Deve dar rios de dinheiro - comentou Vivian, e Anahi podia ver os cifrões nos olhos dela.
As sobrancelhas de Poncho moveram-se, mas ele não respondeu.
Quando terminaram o tour, Vivian convenceu Poncho a levá-la para um café e ele deixou Any com um gravador cheio de cartas a serem datilografadas. Ela ficou revoltada, pois Vivian havia tomado café-da-manhã em casa e ainda ganhava café e rosquinhas, enquanto ela, que havia sido afastada de seu café, não recebia nada. Sentiu-se um tanto reconfortada quando Poncho voltou e pôs um copo de isopor com café e uma embalagem de lanchonete na frente dela.
- Café-da-manhã disse. Lembro que fiz com que perdesse o seu.
Ela sorriu, satisfeita.
- Obrigada, Poncho.
Ele deu de ombros e caminhou até a porta que separa o seu escritório do dela.
- Algum problema com o gravador?
- Só com a sua linguagem - respondeu, atrevida. Ele levantou a sobrancelha, divertido.
- Não pense que vai me mudar, Any.
- Não conheço mulher corajosa o suficiente para tanto, Poncho - disse com doçura angelical, enquanto ele saía da sala. Deixando o trabalho de lado, abriu seu café fumegante.
Era quase fim de expediente quando Christopher passou no escritório para visitar Poncho. Ele apoiou as mãos na mesa de Any e sorriu para ela.
- Vida dura, hein?
- Você não sabe nem da metade - lamentou-se. - Nunca imaginei a quantidade de correspondência necessária para manter uma fábrica como essa funcionando. Poncho escreve até para deputados, senadores e para a associação de indústrias têxteis. Aliás, eu não sabia que esse ano ele é o presidente.
- Viu o quanto está aprendendo? - provocou Christopher. Segurou-lhe o queixo, inclinando-se para sussurrar: -Poncho já lhe deu chibatadas?
- Ele tem uma chibata? - sussurrou de volta, rindo.
Por azar, exatamente neste momento Poncho resolveu abrir a porta do escritório. Lançou um olhar tão tenebroso para Christopher, que este se afastou da mesa e enrubesceu.
Poncho fechou a porta de seu escritório.
- Leve Anahi para casa - disse secamente. - Vivian e eu vamos jantar fora.
Deixou o escritório sem olhar para trás, enquanto Anahi permaneceu sentada, com o coração apertado, pensando como Poncho podia ter sido tão carinhoso mais cedo e tão detestável agora. O que foi que ela fez? Ou será que Poncho já estava começando a se arrepender?Os dias transformaram-se em rotina. De manhã, Anahi ia e voltava do trabalho com
Poncho. Embora ele sempre fosse profissional com ela, Vivian sempre parecia lívida quando
Anahi e Poncho iam embora juntos, A não ser candidatar-se a um emprego, a loura fazia de tudo para manter Poncho ocupado no seu tempo livre. E era bem-sucedida.
No sábado, Anahi estava disposta a relaxar e, como Vivian havia convencido Poncho a levá-la de avião para fazer compras em Atlanta, Anahi chamou Christopher para ir com ela a um shopping novo da cidade. O pedido pareceu incomodar Poncho, mas Anahi ignorou sua irritação. Afinal de contas, que direito ele tinha de interferir na vida dela? Estava envolvido demais com Vivian para se importar com o que ela fazia. Só o fato de pensar em ir às ilhas com ele já lhe metia medo, embora soubesse que jamais seria forte o suficiente para recusar o convite. Amava-o demais, queria demais sua companhia para recusá-la. Ele podia se casar com Vivian, mas pelo menos Anahi teria algumas memórias para guardar.
- Você está me levando para a forca - reclamou Christopher, cambaleando até o banco mais próximo, no shopping movimentado. Sentou-se e suspirou teatralmente.
- Só fomos a cinco lojas. Você não pode estar cansado.
- Cinco lojas e você experimentou 15 modelitos em cada uma!
Ela sentou do lado dele, suspirando pesadamente.
- Bem, estou deprimida. Precisava fazer algo para me alegrar.
Eu não estou deprimido. Por que tive que vir junto?
- Para carregar as sacolas disse ela, espertamente.
- Mas, Anahi, querida, você não comprou nada.
Comprei sim. Naquela lojinha de onde acabamos de sair.
Ele arqueou as sobrancelhas.
- O quê?
- Isso. - Entregou-lhe um saquinho contendo uma caixinha de jóias com um delicado par de brincos de safiras e diamantes dentro. - Não são lindos? Coloquei na conta do Poncho.
- Oh, não ele gemeu, enterrando o rosto nas próprias mãos.
- Bem, você pode carregá-los. Então, será necessário.
- Como vou sobreviver a todas essas honras que você me confere? - perguntou ele, com falsa humildade.
- Não seja malcriado - censurou-o, empurrando-o com o ombro. - Estou realmente deprimida, Chris.
Ele examinou seu rostinho abatido.
- Qual é o problema, querida? Quer que eu mate um dragão para você?
- Mataria mesmo? Chegaria sorrateiramente enquanto ela dorme e...
- Você precisa fazer um exame de vista - observou ele, erguendo uma sobrancelha enquanto cruzava os braços e se recostava no banco de madeira. - Vivian não é um dragão.
- É o que você pensa. Espere até ela ser sua cunhada e me diga se gosta dela.
- Vivian? Casada com Poncho? - disse ele, num sobressalto. - De onde tirou essa besteira?
- Não é besteira. Ela faz o tipo dele. Bonita, sofisticada e loura.
- É o tipo dele mesmo. Mas você realmente acha que ele está pensando em casamento? Isso não faz o tipo dele.
- Vai ver ela é especial - murmurou, odiando tudo naquela mulher.
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Manha de outono AyA - ADP (Finalizada)
RomanceNão há nada mais poderoso do que a força do primeiro amor... Havia apenas um obstáculo a ser superado para que Anahi Puente conquistasse Poncho Herrera: ele finalmente ter olhos para ela. Poncho esteve sempre convicto de que não foi feito para ter u...