Olha eu aqui novamente. Como prometido, voltei para falar com vocês sobre o dia, ou melhor dizendo, a noite em que conheci o apartamento que Roberta havia alugado para ela.
Sem alongar muito, lá vamos nós.
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Tinha mais ou menos um mês e meio que Roberta estava ficando em meu apartamento comigo e Agatha.
Minha filha, para minha surpresa, estava namorando a garota com quem ela havia saído inúmeras vezes.
Imaginem minha surpresa ao chegar em casa um dia do trabalho e me deparar com um trio conversando animadamente em minha sala e, do nada, ser apresentada a nova namorada de minha filha?!
Fiquei em choque! Até porque Roberta estava ali, porém, ela agia normalmente com as duas, brincando, conversando, perguntando coisas, etc. Ou seja, para ela minha filha, à qual ela havia dito que tinha uma amizade colorida, estar namorando não tinha importância nenhuma.
Carla, como se chama a dita cuja, era uma moça muito bonita, loira, dos cabelos ondulados e olhos verdes. Além de ser muito educada e divertida. Ela era, exatamente, dois anos mais velha que minha filha, pois as duas fazem aniversário no mesmo dia. Segundo Agatha, um sinal do destino.
Carla era formada em rádio e TV e trabalhava em uma estação de rádio local, que aliás é a minha preferida. Fiquei feliz em ver minha filha tão alegre e empolgada com sua namorada e a menina também parecia ser uma excelente pessoa. Enfim, só torcia para que desse certo e fossem felizes juntas.
Agatha já estava trabalhando em uma pequena clínica veterinária que ela e uma amiga montaram e Roberta estava muito bem em seu trabalho.
Outro dia, relendo aqui que me toquei que não havia explicado no que Roberta trabalhava. Por eu dizer que ela era amiga da minha filha e tinham morado na mesma república, acho que deduziram que ela também fez veterinária, porém não é bem assim. Desculpem meu erro, mas vou esclarecer.
Roberta frequentou a mesma universidade de Agatha, porém ambas faziam cursos diferentes. Enquanto minha filhota fez veterinária, como vocês bem sabem, Roberta é formada em jornalismo. Quando ela se formou, foi convidada por um amigo a trabalhar na redação de um jornal na cidade do Rio e acabou aceitando.
Uma vez, após transarmos... - Sim, continuamos transando esse tempo que ela ficou em meu apartamento. Vou fazer o que? A mulher era como uma loba faminta, enquanto eu era uma ovelha indefesa. Sempre que ela podia, me atacava e me devorava.
Mas, voltando, uma vez conversávamos sobre algumas coisas e ela me confidenciou que, inicialmente, não tinha a intenção de ficar no meu apartamento e sim em uma república, pelo menos até conseguir um local só dela para morar. Segundo me disse, só aceitou o convite porque Agatha insistiu muito e disse que eu, além de não importar, ia adorar.
Ela já vivia em meu humilde lar há um pouco mais de um mês e meio, mas eu sabia que ela estava se aprontando para ir para um apartamento que ela havia alugado. Eu não entrava em detalhes sobre, mas tinha ciência que ela sempre ia vê-lo e também estava mobilhando aos poucos, ou seja, não demoraria a ir embora.
Posso confessar uma coisa para vocês? Assim, por um lado eu estava aliviada que ela estava indo para seu lugar, onde moraria e me deixaria em paz, mas, por outro lado, eu me sentia desanimada, pois ela me deixaria em paz. Esquisito, mas era a realidade que, só depois eu fui entender.
Havia passado um tempo desde que Agatha me apresentou sua namorada e, cada dia o romance das duas ficava mais sério, tanto que minha filha passava mais tempo na casa de Carla que no nosso apartamento. Estava vendo a hora que ela se mudaria de vez, me deixando sozinha.
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Roberta (Romance Lésbico)
RomanceNão sou o tipo de mulher que gosta de falar o que me passa, porém, não podia guardar essa história só pra mim, afinal, foi intensa demais. Roberta, linda, petulante, sedutora e dona de si. Sabia exatamente como me enlouquecer e tirar qualquer resquí...