- Vocês se conhecem à quanto tempo? - o pai de Ten pergunta.
- Desde que nós vimos pra cá - Ten fala, sorrindo - Nos conhecemos na escola.
- Eu me apaixonei pelo seu filho na primeira vez que o vi - Taeyong sorri tímido e olha para o namorado.
- Não demorou pra eu me apaixonar também - o tailandês dá de ombros e retribui o olhar de Tae.
- Já vou servir a sobremesa - a mãe de Ten interrompe, sorrindo para eles.
Assim que a tailandesa se levanta, o seu celular toca e ela não hesita em atender.
- Alô? - se afasta da mesa, indo para a sala, mas mesmo assim é possível ouvi-la - Sim, sim... O que? - parece estar em choque - Ah meu Deus! Eu vou avisá-lo sim.
Demora alguns minutos para voltar à sala de jantar.
- O que será que aconteceu? - Ten pergunta para o pai, que dá de ombros.
- Deve ser spoiler de alguma série - o mais velho ri, e os meninos acabam rindo também.
- Tennie... - o semblante da mulher parece triste - Era a mãe de Yuta...
Taeyong suspira, se segurando para não revirar os olhos. Não suporta ouvir o nome do japonês.
- E daí? - Chittap sorri, confuso pela tristeza da mãe.
A tailandesa se senta de frente para o filho e o encara, respirando fundo.
- Acharam o corpo de Yuta na banheira - as lágrimas começam a cair sobre o rosto da mais velha - Yuta se matou, Ten. Yuta morreu.
Chittaphon franze o cenho, como se tentasse absorver o que ouve. Ele ri, desacreditado, mas logo começa a pensar na carta em que o japonês escrevera.
Eu vou tentar me tornar uma pessoa melhor, mesmo que talvez eu não tenha tempo pra isso.
- A senhora tem certeza disso? Ele pode estar mentindo de novo... - Ten tenta não acreditar.
Eu não estou fazendo nada por mim, estou fazendo por você, Tennie.
- A culpa é minha, mãe - o tailandês treme a voz, em meio ao choro que começa a ser incontrolável - A culpa é minha! - seu tom de voz começa a se tornar mais alto.
- A culpa não é sua, Ten - a mãe tenta acalmá-lo - Você e nem ninguém tem culpa disso.
Chittaphon se levanta aos prantos.
- EU PODIA TER IMPEDIDO, EU PODIA TER RESPONDIDO AQUELA MALDITA CARTA, EU PODIA TER MOSTRADO QUE EU O PERDOEI - grita enquanto as lágrimas caem sem parar - Eu podia... - dá socos na mesa e começa a bater em si mesmo.
- Para com isso, Chittaphon - Taeyong se levanta e segura os braços de Ten, olhando fixamente para ele - Você não tem culpa de nada, meu amor. Você não tem que se culpar por nada, ok?
- Eu podia... - o nó na garganta causado pelo choro o impede de continuar, e ele apenas se desfaz em meio a um abraço de Taeyong.
Coloca sua cabeça no ombro do coreano e apenas o som de seu choro preenche a sala de jantar. Seus pais choram em silêncio, ver seu filho sofrendo é mais doloroso que a morte de Yuta. Ten continua a murmurar "eu podia", enquanto Taeyong sussurra que está tudo bem. Ten não queria se livrar de Nakamoto dessa maneira.
Eu quero que você se sinta seguro e finalmente esteja totalmente livre de mim.
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POSSESSIVE
Romansa[taeten] Taeyong tem obsessão em qualquer coisa que pareça fora de seu alcance. Chittaphon é o garoto novo, estrangeiro e gay da faculdade, cujo namorado é completamente possessivo. iniciada: 08/04/2018 terminada: 18/07/2018