Livro 2
Clarissa encontrava-se perdida sem chão do dia para noite perdeu o noivo e a melhor amiga. Não sabia como agir, até que uma virada no destino da amiga fez com que ela encontrasse o seu próprio caminho.
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Passados exatos quinze dias que ela estivera com Ygor, sua mãe já andava pela casa, porém não fazia nenhum serviço, nem ao menos o chá que tinha que tomar três vezes ao dia ela não o fazia. Clarissa estava sendo como uma verdadeira criada para ela. Mas ela não reclamava, ela fazia com amor, pois o Dr. Paulo a chamara para uma conversa dizendo que sua mãe tinha pouco tempo de vida. Ela só não esperava que a mãe quisesse se tornar uma verdadeira madame. O coração ainda era muito duro, e Clarissa também já não acreditava em muita coisa.
Um dia após a mãe derramar o chá na sala "sem querer" e Clarissa se baixar para apanhar, ficou olhando para sua mãe, se perguntava se iria ficar igual a ela. O porque que ela não demonstrava amor por ninguém nem por ela que era a filha. As roupas de Clarissa já não estavam novas, haviam diminuído a quantidade e quando ela falava para a mãe consertar alguma, pois acreditava que não lhe era esforço ela dizia que não podia.
Foi então nessa tarde que elas receberam uma visita inesperada. (batidas na porta)
- Clarissa!! Venha atender. - diz a mãe um pouco alto.
Quando Clarissa abre a porta, esta em sua frente o Pastor Flávio, Ygor e duas jovens, que ela não sabia que foram as que já estivera ali.
- Quem é menina? Ficou muda? - Pergunta a mãe.
Clarissa faz um gesto com a cabeça para que entrem.
- Boa tarde, dona Branca, ficamos felizes em lhe encontrar em pé.
- Boa tarde, como não são bem vindos não os mandarei sentar. Clarissa vá lá para cima e arrume meu banho vou me despedir dessas pessoas e irei.
- Mas mãe, eu acho que vieram falar comigo. Não foi? - Fala olhando para o pastor.
- Nada disso. Aqui não tem isso. Você vai preparar meu banho e é agora.
- Tudo bem mãe. - disse isso olhando triste para as pessoas ali e subiu as escadas.
- Dona Branca. - Diz o pastor um pouco sério. - Estamos aqui hoje pois sua filha havia me procurando a pouco mais de um mês para ingressar na campanha evangelizadora, não compareceu a nenhum encontro quando o casal que era responsável por ela no grupo vinha pegá-la ela sempre estava dormindo. Por motivos de saúde me ausentei da igreja e essas duas jovens sentindo falta de sua filha nos cultos vieram ver se ela estava bem, porque na nossa igreja temos a política de cuidar uns dos outros, a senhora as expulsou daqui. Quando cheguei da viagem soube disso e soube também que sua filha esteve na casa de Ygor pedindo que não viesse ninguém aqui.
Dona Branca nesse momento levantou e alterada falou:
- Se minha filha que era amiga de vocês falou isso é porque ela descobriu que vocês não prestam. Queiram se retirar. - Disse e olhou para cima ver se via Clarissa.
- Senhora, não achamos justo tudo que a senhora vem fazendo com essa menina. - Diz ainda o pastor sem sair do lugar.
- Tudo que eu estou fazendo? Eu não estou fazendo nada, estou protegendo minha filha de vocês.
