FÚRIA

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Prólogo

Nova York

Steve

O imponente edifício da Quinta Avenida, em Nova York, agora abriga o mais novo escritório de segurança privada de alto padrão que os Estados Unidos já teve. Embora nosso trabalho consista em garantir a segurança de pessoas poderosas e obscenamente ricas, ainda prestamos alguns serviços, eu diria, arriscados; mais ainda, obscuros. Eu e Walker chegamos à conclusão de que nosso trabalho como mercenários não poderia acabar completamente, já que ainda existem pessoas que não deveriam fazer parte deste mundo; pessoas que nasceram apenas com o intuito de fazer o mal e destruir famílias, acabando com vidas inocentes.

Era para ser uma agência normal, com a missão de cuidar, de maneira privada e totalmente lícita, da segurança daqueles que podem pagar por isso. Tentamos agir como seres humanos normais, mas, embora sejamos discretos e seja quase impossível nos encontrar, as ofertas não acabaram, pelo contrário, elas cresceram e, então, paralelamente recrutamos alguns dos melhores, para garantir que não precisaríamos estar presentes em qualquer missão, a não ser que desejássemos. Nosso objetivo era recrutar homens e mulheres altamente treinados e que tivessem experienciado situações ainda mais arriscadas que eu e Walker. Demoramos muito tempo para encontrar cada um deles e, hoje, tenho orgulho de dizer que temos a melhor equipe. Tudo acontece de maneira precisa. Nenhum erro, sequer uma mísera falha, é tolerado, pois isso seria fatal e poderia destruir a credibilidade que adquirimos há anos. Mas sempre há aqueles que sabem como agir a sua maneira e, por essa razão, eu, neste exato momento, estou ligeiramente preocupado com um de meus homens.

Eu gostaria de parar de pensar que, em poucos minutos, um de nossos novos agentes estará tentando livrar uma mulher de um problema. Na verdade não é o trabalho em si o que me preocupa, mas sim o fato de que a vítima é filha de um senador muito importante. Ela está nas mãos de um merda. O próprio namorado. O senador descobriu que o babaca está levando a filha ao vício de drogas pesadas. Drogas, sexo e muito cocô no cérebro para se meter logo com a filha de um homem poderoso.

Meu telefone toca. Eu atendo imediatamente ao perceber que é o meu novo agente. Um homem que aceitou o trabalho, mas que, embora tenha sido o melhor Seal que conheci, passou os últimos anos na sarjeta. Ele já está em frente à portaria do edifício onde a garota está.

— Diga.

— Eles estão saindo. Seguem andando em direção à 39 Street.

— Qual o estado da garota?

— Ela parece feliz e eu, com sono. Isso é entediante. Quero fazer algo mais relevante, Steve. Não estou a fim de livrar uma drogada idiota das mãos de um namorado imbecil.

— Eu sei. Este é um trabalho de criança, mas, se resolver este "probleminha", sinta-se efetivado e escalado para a próxima missão em Paris. Nosso alvo é um homem violento, assassino cruel, e você terá vontade de arrancar cada parte do corpo dele para dar para os corvos comerem. — Paro de falar esperando que ele diga algo, mas o silêncio prevalece.

— Mark, aconteceu alguma coisa?

— Sim. Eu resolvi o "probleminha". Eles desmaiaram e eu já estou com a donzela pendurada nos ombros. Aonde entrego a mercadoria?

Ergo as sobrancelhas, surpreso por ele ter resolvido o problema enquanto conversávamos.

— Certo. Você foi muito rápido — elogio-o um pouco perplexo com o que ele acabou de fazer. — Traga-a para a sede e deixe nossos homens cuidarem do verme.

— Estou a caminho.

***

Estalo os dedos ruidosamente enquanto observo o carro de Mark Vicent entrar na garagem privada e subterrânea do edifício. Ele estaciona e desce sem ao menos me cumprimentar. Mark dá a volta no Bentley preto e, antes de abrir bagageiro, ouço ruídos vindos de dentro do veículo.

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