Enzo?

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O dia demoravam passar, eu não aguentava mais ver Calebe olhando para mim, eu sentia seus olhos queimarem em mim a todo momento, as vezes em que ele e seu avó me ensinavam a manusear as armas eu tinha vontade de atirar na cara dele. Eu o evitava a todo momento, evitava a todos, quando não estava treinando estava vagando pela floresta, caçando e me alimentando, ou simplesmente pensando e tentando lembrar das minhas memorias perdidas.

Finalmente o terceiro dia chegou, e graças as minha habilidades eu sabia atirar melhor que eles, eles me armaram ate os dentes e esperaram o final do dia chegar.

Sentei - me na escada da varanda, uma arma no coldre amarrada a minha perna e outra passada por meu corpo. Calebe se sentou, mordi os lábios.

- Conseguiu me evitar ate o ultimo dia. - ele disse.

fiquei em silencio.

- O que você viu aquele dia?

- Quer saber mesmo? - olhei no fundo de seus olhos, com ferocidade. - eu senti vontade de arrancar sua cabeça e me alimentar, e eu o teria feito com prazer. - fiz com que meus dentes afiados ficassem a mostra para ele ver como era serio o que eu falava, mesmo que não fosse verdade.

Ele se afastou, e foi a primeira vez que o sentir ter medo.

A porta se abriu atras de nós, e ouvi os passos de vagar do velho. Me levantei.

- Esta pronta?- ele perguntou.

Afirmei com um aceno de cabeça, esticamos as mãos e nos cumprimentamos.

- Você e a esperança de todos nos, seja nossa guardiã. - ele disse num tom ate patriarca.

Dei de costas e sabia que aquela guerra não tinha volta.

Fui em direção da mata, que aquela altura eu já conhecia como a palma da minha mão. Chegou certo ponto da floresta que não se via mais nada alem de arvores por quilometros, olhei para o céu coberto por arvores e suas gotas de agua que caiam por meu corpo, deixando meu cabelos humido. me sentei na terra humida e coloquei as palmas das mãos rente a terra, fechei os olhos e trouxe imagens de Conan para minha mente, meus labios sibilavam palavras rapidamente como se eu tivesse decorado. o vento ficou mais forte e frio, a terra já não era tao mais firme assim, senti ela descer em baixo de mim e meu corpo ser sugado para um redemoinho. Em seguida senti meu corpo cair com toda força em uma terra mais seca do que a que eu estava. Me levantei de vagar e entre as árvores consegui ver um lago, me aproximei da margem e vi que do outro lado havia uma casa que me era familiar, andei por alguns minutos até chegar próximo a ela e forcei minha mente a me lembra por que era tão familiar mais nada, parece que quanto mais eu tentava mais vaga ficava minha memória.
Tentei olhar pelas janelas se via alguém dentro mais estava totalmente coberta por poeira, não conseguia ver nada, mais conseguia ouvir uma respiração forçada, fui para perto da porta e a abri vagarosamente, vi um vulto correndo rápido e desaparecer, de repente braços fortes e quente passaram pelo meu pescoço, mais meus movimentos tão rápidos quanto o levaram para o chão, meus olhos correram para seu rosto, seus olhos verdes familiares.

- Enzo? - minha voz saiu baixa, quase imperceptível.

Guardiã Where stories live. Discover now