Capitulo 19

394 29 0
                                    


Estamos nesse lindo jardim a um tempo, o passeio está ótimo e eu posso dizer que o ouvi o bastante para dizer que ele não é aquele idiota que achei que fosse. Na verdade, ele é bem legal, só não gosta de ser questionado.
Sua vida não foi fácil, ter que tomar para si tantas responsabilidades tão jovem não foi fácil e o fez perder sua infância e juventude. O mesmo teve que amadurecer cedo demais.
Eu também falei muito sobre mim, mesmo que não ache que tenha muito o que falar.
Nesse momento estávamos discutindo qual é a flor mais bonita do jardim. Para mim é a Clívia, com sua cor alaranjada com o meio branco e amarelo. É lindo.

Já para ele, a Magnólia é a mais bonita

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Já para ele, a Magnólia é a mais bonita. Sua cor delicada e rosada da a mesma um ar de inocência e delicadeza. Palavras dele.

Mas nem tem como definir a mais linda, há tantas nesse jardim que chega a dar tontura a quantidade de cores que me rodeia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mas nem tem como definir a mais linda, há tantas nesse jardim que chega a dar tontura a quantidade de cores que me rodeia.
Estávamos nos distraindo com a empolgante conversa quando um barulho que parecia mais uma buzina soa por todos os lados.
Olho para Aaron em busca de uma resposta para tal som.
Eu: O que foi isso?
Aaron: Não sei. Acho melhor ver o que aconteceu.
Eu: Mas o que significa isso?
Aaron: Essa buzina é usada para alertar uma invasão de rebeldes, mas não ha uma dessas as anos. A última foi a...
Eu: 12 anos.
Aaron: Seus pais?!?
Confirmo.
Aaron: Bom, sinto muito mas agora precisamos ir ver o que tá acontecendo.
Ele pega na minha mão e nós dois saímos desse lindo jardim, entrando no escuro corredor.
A cada passo, maior é a agitação ao nosso redor. Todos correm desesperados. Estávamos correndo quando Aaron para um guarda que passava.
Aaron: O que está acontecendo, soldado?
Guarda: Ao que parece, rebeldes estão tentando passar pelo muro do castelo.
Aaron: Oque? Isso é impossível.
Eu: Pelo jeito não é. Aaron vá ver o que está acontecendo, vou atras das meninas.
Ele concorda.
Aaron: Tome cuidado. Se não acha-las e o castelo for invadido, vá até o salão das meninas e use isso para entrar no esconderijo.
Diz me entregando um colar.
Eu concordo e saio correndo para direção contrária à deles.
Procuro primeiro no salão de mulheres, mas não tem ninguém. O lugar está vazio e escuro, o que é algo raro.
Em seguida, vou para o corredor dos quartos. Vou no meu primeiro, mas a Carol não está nele.
Em seguida vou para o das minhas amigas. A da Cá está vazia, Lau também, Cloe também e da Sofi também. Vou até o da Oli e bate, já esperando ninguém atender as para a minha surpresa Oli abre com uma cara de pavor. Ao me ver, sua cara relaxa e a mesma me abraça.
Oli: Graças a Deus é você Lice. O que tá acontecendo?
Eu: Os rebeldes estão tentando invadir.
Oli: Oque?? Mais eles não havia desistido dessas revolução idiotas?
Eu: Pelo jeito não. Vamos, temos que procurar as meninas e ir para o esconderijo. Sabe alguma coisa delas?
Oli: A ultima vez que as vi foi no salão das mulheres. Eu disse que queria descansar e as deixei.
Eu: Eu já fui lá e nada delas.
Oli: Talvez elas já estejam no esconderijo.
Eu: Ok, então vamos também. Só vamos conferir se não tem mais ninguém.
Saímos do quarto da mesma e começamos a bater nos quartos em busca de alguém.
Fomos o mais rápido que conseguimos, na maioria não havia ninguém, mas achamos duas meninas juntas em um quarto. Elas foram conosco.
Corremos o mais rápido que da, por onde se olha vê guardas correndo com armas na mão. Fui para onde o príncipe me falou: O salão das mulheres.
Porém ao chegar no local, uma pedra jogada de fora acerta uma das janelas, parando sobre meus pés.
Eu: Merda, eles vão entrar. Temos que encontrar um lugar.
Oli: Aonde? Não foi pra cá que o príncipe falou pra você ir?
Eu: Foi, mas não dá tempo, eles vão entrar a qualquer momento, temos que ir para longe.
Oli: Mas não sabemos onde ficam os outros esconderijos, o que faremos?
Eu: Perguntar para alguém? So não podemos ficar aqui, é perigoso.
Fomos correndo para longe das janelas que em poucos minutos se tornariam o local por onde os rebeldes entrariam.
Vejo um guarda correndo, o paro e pergunto:
Eu: Com licença, onde ficam os esconderijos de segurança?
Guarda: Sala de mulheres, biblioteca, quarto da família real e cozinha.
Eu: Ok, obrigada.
Fomos correndo para o lugar mais próximo, que no caso é a biblioteca.
Olho para todos os lados, alerta a todos a minha volta. De longe já se vê a porta da biblioteca.
Quanto mais perto da porta, pior fica a situação atrás de nós. Os tiros começam a serem disparados. Até para nossa direção há tiros.
Fomos o mais rápido que dava. Parecia que daria tudo certo ate que uma das meninas cai no chão e começa a gritar. Olho para a mesma e vejo que sua perna sangra. MERDA ela foi atingida...
Enquanto a mesma não para de gritar, os passos no começo do corredor só aumentam, significando que eles estão se aproximando.
Oli: O que faremos agora? Ela não conseguirá ir assim?
Eu: Eu...Eu não sei.
Oli: Pensa rápido.
Minha cabeça fica branca de ideias, a pressão me deixa aflita.
Eu: Já sei!! Oli corra para a biblioteca e abra o esconderijo, nós duas - digo apontando pra menina em pe- vamos carregá-la.
XXX: Oque?? Eu não vou conseguir.
Eu: Bom, é isso ou deixar sua amiga morrer. Eu não vou fazer isso então aguenta.
Dou o colar para Oli que corre para a biblioteca. Me ajoelho perto da menina e rasgo um pedaço do meu vestido e amarro em sua perna, estancando o sangramento por um tempo.
A mesma continua a gritar.
A ajudo a se levantar e com a ajuda da outra menina, nós vamos devagar para a biblioteca.
Demorou um pouco e meu coração está a mil mas chegamos. Vejo Oli ao lado de uma porta secreta camuflada de estante de livros.
Oli: Rápido, eles já estão vindo.
Nós a levamos para dentro e Oli fecha a porta.
Ao fechá-la, ouvi a tranca.
Oli liga a luz que não é muito forte e a menina que não sei o nome pega alguns cobertores e coloca no chão e assim, coloco a menina baleada em cima deles.
Eu: Alguma de vocês sabe algo sobre medicina?
Oli: Não.
XXX: Não.
Eu: Ótimo. Eu não sei muito também, mas vamos fazer o possível pra ela aguentar até a invasão acabar. Procurem algo medicinal e peguem água pra mim por favor.
Elas concordam e vão à procura.
Me sento ao lado da menina que agora já está mais calma. Levanto sua saia o suficiente para ver a ferida.
Está feio mas pelo que eu saiba não pegou em nenhum osso e pela quantidade de sangue, não pegou a artéria central da perna.
Olho para a mesma.
Eu: Oi, qual o seu nome?
XXX: Gabriela.
Diz com a voz falha.
Eu: Prazer, sou a Alice.
Ela sorri mas devido a sua situação, está fraca demais para responder mais perguntas.
Oli vem até mim com um pote de água e um pano e se senta ao meu lado.
Oli: O que faremos?
Eu: primeiro limpar o ferimento, depois tentar estancar o sangramento.
Ela concorda.
Pego o pano e molho na água quente. Com muito cuidado, passo pela sua perna, limpando o sangue.
A outra menina também chega com o kit.
Dou para a Gabriela um remédio para dor que a faz dormir, depois coloco um analgésico em sua perna.
Eu: Qual o seu nome?
XXX: Yasmin.
Eu: Oi, sou Alice e essa é a Olívia.
Ela nos cumprimenta e diz:
Yasmin: Ela vai ficar bem?
Eu: Eu não sei não sou médica, mas farei o meu melhor.
Abro o kit e vejo esparadrapo, adesivos e outras coisas.
Pego o pano com água e limpo o sangue novo que surgirá.
Coloco a luva que veio no kit e passo o soro fisiológico para limpar o machucado, depois passo a solução antisséptico para desinfeccionar a ferida, pego as gazes esterilizadas e coloco no ferimento, em seguida coloco algumas ataduras para imobilizar a perna da mesma e coloco o rolo de esparadrapo.
Eu: Pronto gente, isso vai conter o sangramento e impedir que ocorra uma hemorragia. Agora é implorar para que nada de ruim ocorra com a bala.
Elas concordam. Saio de perto delas e vou ao banheiro. Lavo minha mão e tiro o sangue.
Em seguida pego alguns edredons e me deito. As meninas fazem o mesmo.

Sob o encanto de um príncipe. Onde histórias criam vida. Descubra agora