Capítulo 27

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O luau foi incrível. Dançamos, bebemos, comemos, brincamos, jogamos e, tomamos banho tanto de mar quanto na chuva fria que caiu quando o luau estava quase no fim. Sem dúvidas uma noite inesquecível e perfeita. Porém, já não posso dizer o mesmo desta manhã. Desde que entramos no carro para voltar à Londres, não consigo para de tossir, minha respiração está cada vez mais ofegante e, agora estou ficando com muito frio. Felipe que já estava me abraçando desde quando comecei a tossir, me aconchegou ainda mais nele quando, sentiu meu corpo estremecer por causa do frio.

—Clair... - Seu polegar fazia círculos no meu braço. — Você não deveria ter tomado banho naquela chuva, ela estava muito gelada.

—Está tudo bem. - Tentei sorrir de forma convincente. — É só um resfriado, vai passar rápido. - Ele assentiu meio desconfiado. Minha respiração estava muito ofegante e, era difícil puxar o ar cada vez mais fundo. Decido dormir um pouco, para ver se essa indisposição acaba. Acordo com voz de Felipe dizendo que chegamos. Olho pela janela e vejo que já estamos na frente da minha casa. Abro a porta e desço do carro. Tinha levado apenas uma bolsa e, conseguia carregar sozinha, mesmo parecendo que ela pesava uma tonelada. Me despeço de todos e de Felipe com um beijo rápido na bochecha. Não o deixo descer do carro. Toco a campainha e vejo meu tio abrir sorridente, mas sua expressão se torna preocupada quando ele observa atentamente meu rosto.

—Minha querida, o que houve? - Seu rosto está tenso.

—Apenas um resfriado. - Ele assente.

—Venha, estamos almoçando! - Tudo que eu queria era dormir, mas me negar à comer seria mais um motivo para deixá-los preocupado. Minha tia também ficou muito preocupada quando viu meu "estado". Respondi para ela o mesmo que tinha dito para tio Michael. Coloquei pouca comida no prato. Não tinha apetite. Notei minha tia vir em minha direção com uma expressão alarmada.

—Está queimando em febre! - Ela correu para a cozinha e voltou com um frasco de comprimidos. Nesse momento, outra crise de tosse começou e não estava mais conseguindo respirar devido à uma forte dor na região do tórax. Tentei me levantar, mas uma onda de tontura se instalou por todo o meu corpo e, lembro de ver minha visão ficando cada vez mais escura, até sentir meu quadril se chocar com o chão e, sentir uma mão apoiando minha cabeça para que ela não batesse. O grito desesperado de minha tia é a última coisa que me lembro.

— MEU DEUS, ELA DESMAIOU, CHAME UMA AMBULÂNCIA!

(...)

Maryan

Cheguei totalmente atordoada ao hospital, depois da ligação nada explicativa da tia de Claire. Ao chegar à recepção do hospital, vi os dois sentados com expressões tensas e preocupadas. Me aproximei cautelosamente deles. A Sra. Margaret me lançou um sorriso triste e preocupado. Precisava descobrir o que tinha acontecido.

—Oi. - Falei ajoelhando na frente deles. —O que aconteceu?

—Não sabemos direito. - Sr. Michael disse realmente tenso. — Ela chegou em casa com aparência cansada, mas disse que era apenas um resfriado. Porém, alguns minutos depois ela começou a suar. Estava queimando de febre e tendo crises de tosse. Quando ela tentou se levantar, não entendemos direito, mas ela desmaiou e não acordou até agora.  - Assenti analisando suas palavras.

—Com licença. - Me afastei um pouco deles e mandei uma mensagem de texto curta para Felipe, pedindo para ele vir imediatamente.

(...)

Felipe

Estava no hospital em menos de dez minutos após ter recebido a mensagem de Maryan. Ela estava me esperando na entrada e, correu até mim quando me viu chegar. Não havia sorriso em seu rosto, apenas uma expressão preocupada.

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