Capítulo 7

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O final de semana estava quase no fim.

Depois do dia da festa, saí com Antony e seus amigos, incluindo Felipe e Nicolly. Fomos ao clube e aproveitamos bastante. Não posso negar que o jeito como Nicolly age com Felipe me incomoda profundamente. Não sei se é isso ou o fato dele ter me traído, só sei que toda vez que os vejo juntos sinto o mesmo que senti naquele dia.

O domingo já está chegando ao fim e eu resolvi sair pra comprar um sundae. Estou com muita saudade dos que eu tomava lá em Los Angeles. Baunilha com cobertura de morango, meu preferido.

Estou saindo da sorveteria quando passo por um lugar que conheço muito bem. É um parque onde costumávamos vir andar de skate e patins todos os fins de semana. Resolvo ir até lá, só que antes de chegar onde pretendia, meu olhar é atraído para uma moto, ou melhor, para quem está nela.

—Felipe? – Ao ouvir, ele tira o capacete e confirmo minha suspeita. —O que está fazendo aqui?

—Estava dando uma volta de moto, mas, essa coisa parou e não consigo liga-la. – Ele me olha e sorri. —Talvez você pudesse me ajudar!

—Eu? – Falo surpresa. —Sabe que não entendo nada de motos!

—Não é muito complicado! – Ele fala demonstrando confiança. —Só preciso que você segure aqui... – Felipe pega minha mão e coloca sobre o acelerador. —e pressione com força. Entendeu? – Faço que sim com a cabeça e repito o mesmo processo que ele me ensinou. Conseguimos ligar a moto, mas meu olhar está preso em seus lábios e no sorriso lindo estampado ali nesse momento. Ele vira o rosto na minha direção e naquele momento tudo que eu queria era beijá-lo e pela forma que ele me olhava sabia que também estava pensando o mesmo.

 Ele vira o rosto na minha direção e naquele momento tudo que eu queria era beijá-lo e pela forma que ele me olhava sabia que também estava pensando o mesmo

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Ele sorri pra mim e eu não consigo evitar retribuir.

—Quer dar uma volta comigo? – Ele pergunta e eu aceito no mesmo instante, só para passar mais algum tempo com ele.


As ruas já apresentavam uma quantidade razoável de neve, sinal que o inverno está chegando. O frio também estava cortante e percorria todo meu corpo. Percorremos várias ruas até que em uma a quantidade de neve era tanta que a moto acabou virando.

—Isso foi incrível! – Felipe fala e começa a gargalhar. Sento-me de cara fechada, mas, ao olhar pra ele começo a rir. Ele estava com o cabelo todo sujo de neve. Ao perceber, ele passa as mãos pelo cabelo. —Você pensa que vai ficar assim limpinha? – Felipe começa a jogar bolas de neve em mim e eu rio desesperadamente. Tento segurar suas mãos pra que ele pare, mas, acabo caindo em cima dele. Meus olhos percorrem milimetricamente seu rosto e se detém na sua boca. Ele percebe meu olhar e passa uma mão pela minha nuca e puxa meu rosto em direção ao seu. Nossos lábios se unem e sinto a neve que estava sobre eles, derreter.

 Nos beijamos com intensidade, paixão e sem que eu consiga segurar começo a chorar. Levanto-me rapidamente e me viro, enxugando as lágrimas. —O que você tem? – Seu tom de voz é preocupado.

—Por quê? – É tudo que consigo falar naquele momento. —Por que você... Tinha que ter me traído... Poderíamos ser tão felizes, eu ia lutar por você, ia enfrentar meus tios. Por que Felipe? Por que você me traiu?

—Quantas vezes tenho que te dizer que não te trai! – Ele segura minha mão delicadamente. —Foi a Nicolly. Ela me beijou.

—Eu queria tanto acreditar, tanto, mas, aquela cena não sai da minha cabeça...

—Tente acreditar em mim, tente me perdoar! Faça isso por nós, pelos nossos sentimentos! – Puxo minha mão da sua e sorrio pra ele. Pego minha bolsa e começo a caminhar de volta pra casa. Por que ele tinha que ter feito aquilo, meu Deus. 

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