Piligrim estivera ao ponto de gritar, mas Robert lhe tapou a boca. Alício assistia aflito aquela cena tensa.
Os garotos caíram nos fundos do enorme castelo que ali existia. O que os tampavam era uma enorme mureta de mármore escuro que ia até a altura do pescoço de Robert.
Por sorte, ninguém os vira ali. Piligrim se debatia para querer sair, mas o parceiro que lhe tapava a boca era duas vezes mais forte.
Havia muitas pessoas ali. Todas olhando para um homem acorrentado no chão. Seus joelhos sangravam sujando todo o assoalho beje.
-Temos que sair daqui antes que esse idiota nos entregue para esse louco fanático por cabeças. -Sussurrou Robert encarando Alício.
-Sim, eu sei... Mas não podemos simplesmente virar as costas para aquele homem. -Respondeu no mesmo tom de voz. -Olhe como ele está sofrendo...
-Se fosse algum de nós, tenho certeza de que ele não ajudaria... Olha, eu não te conheço e eu só quero ir pra casa! Entende?
-Entendo! Mas...
-Mas nada! Só me diz como chegar naquele buraco que eu mesmo sairei daqui com ou sem você. -Disse num tom ríspido.
-Se você se acha tão bom, ache o buraco e saia daqui sozinho! -Respondeu.
Robert então retirou a mão que tapava a boca de Piligrim e virou o rosto para uma porta que, segundo sua intuição, o levaria para fora daquele lugar.
-Sozinho não! Eu tenho absoluta certeza de que ir com ele é mais sensato que ficar aqui e tentar salvar aquele homem acorrentado. -Murmurou Piligrim segurando as vestes de Alício -É melhor você vir conosco... Bom, se tiver amor a sua própria vida, você virá! -Completou soltando as roupas do jovem que agora o encarava incrédulo.
Robert mantinha um olhar severo sobre a porta e ao mesmo tempo sentia que Piligrim o olhava na esperança de sair dali. Então, se sentindo o salvador daquele jovem, tornou a falar.
-Eu tenho uma ideia. -Disse Robert olhando dentro do olhos de Piligrim que ainda o encarava esperançoso. -Bom, na verdade, eu não tenho ideia alguma... Mas aquela porta não deve ser pior que ficar aqui e esperar até que arranquem nossas cabeças!
Um silêncio tornou a gritar por ali, e o som que se ouvia era apenas os ruídos que as outras pessoas transmitiam por de trás do mármore.
-Meu nome é Piligrim... A propósito... -Sussurrou o garoto como numa iniciativa.
-Me chamo Robert... E você já sabe sobre minha história!
-Mesmo que ninguém ligue para mim, eu estou aqui... E meu nome é Alício!
-Temos que trabalhar juntos... Se quisermos sair deste lugar! -Disse Piligrim olhando o chão.
-Se ao menos o coelho estivesse aqui... Talvez ele saberia como sair daqui
-Eu estou aqui! -Guincha o coelho sentado alguns metros de distância. -Vocês são tão ingênuos quanto o Alício! -Fala para Robert e Piligrim que arregalam os olhos por estar vendo o coelho falar. -Quando me apresentei para Alice... Ela ficou encantada... E em momento algum se assustou...
-Antigamente, qualquer coisa era bonita e extraordinária... Se não fosse isso, com certeza era algo abominável é estranho! -Alício cuspiu as palavras -Minha prima optou pela primeira opção, e eu não sou obrigado a seguir o caminho dela! Você me assustou, chutou minha canela, e me jogou aqui nesse lugar horrível, o que quer que eles pensem ao seu respeito? Sem dizer que você é um coelho, e coelhos não falam!
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CONTO, A HISTÓRIA JAMAIS CONTADA ~ROMANCE GAY~
Short Story"Conto, a história jamais contada" nada mais que algo mágico, totalmente inesperado e viciante. As entrelinhas excedem expectativas, e a cada capítulo, algo novo é descoberto e revelado. Não julgue um livro pela capa... O conteúdo, muitas vezes, p...