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Santa Catarina, cinco de julho de 2018.

A MORTE BARAFUSTADA DE CINCO MULHERES CONTINUA SEM RESPOSTA. QUEM FEZ ISSO?

     A morte de cinco mulheres encontradas no Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina, perdura por quarenta anos sem resposta. A primeira vítima, Bertha Nunes em 1978; a segunda, Emeline Costa em 1981; a terceira, Rochelle Gimenes em 1992; a quarta, Patrícia Dias em 2005; e recém-divulgado a quinta, Virginia Souza. Todas foram localizadas com os corpos de senhoras de 90 anos, tinham todas as doenças possíveis de serem identificadas: hepatite, AIDS, cânceres, Alzheimer, asma, gripes, abcessos, malária, abstinências, yersinose, cálculo renal, esclerodermia, poliomielite, sarampo, melanoma, acromegalia, colite, aerofagia, pápula, esclerose, laringite, alergias, amebíase, icterícia, crupe, menopausa, aterosclerose, lúpus, cirrose, pediculose púbica, septicemia, nefropatia diabética, epilepsia, pneumonia, impetigo, entre outros. Os órgãos continuam nos necrotérios sem apodrecer, não importam a quais tratamentos sejam submetidos, remédios ou até toxinas, permanecem intactos como se ainda exercessem a manutenção da vida.

     O motivo de tantas moléstias ainda não foi justificado, os médicos não se pronunciam a respeito, os policias não sabem descrever as cenas e, recentemente, foi descoberto que o Dr. Arthur Sampaio e a Dra. Madalena Duarte, os mais cotados cientistas forenses atuais, foram chamados para coordenar a equipe de pesquisa, juntamente com as autoridades, que forçados pelas exprobrações dos cidadãos reativaram o caso três dias atrás, trazendo a tona mais uma vez a inclusão do Estado para com essas mortes incompreendidas.

     "Quando soube que a minha filha morreu, só pude pensar na falta que faria em casa, ela me ajudava muito... E aquela coisa ali dentro não é a minha filha", lamentou a Sra. Costa saindo do necrotério de Santa Catarina, acompanhando seus outros filhos de expressões acanhadas ao testemunharem sua mãe inconformada.

     "Só desejo que o culpado disto seja encontrado e pague pelo que fez, minha menininha não merecia isso, de forma alguma. Minha família contratou os melhores investigadores do país e tenho certeza que o responsável irá pagar por isso", afirmou o Sr. Gimenes saindo da Câmara de Santa Catarina.

     A grande questão que ressurge é "Quem fez isso?", nenhum suspeito é rastreado, nenhuma testemunha, nenhuma pista, nada axiomática o suficiente. O único indício é o cadáver de cada vítima, que ainda sem enterros formais são estudadas nas mesas frias. Uma busca pelas redondezas do parque foi feita uma nona vez, entretanto nada de concreto foi achado. A possibilidade de ser um serial killer atuante apenas no Parque Nacional de São Joaquim ainda é levantada, porém todos os cidadãos foram checados, todos possuem álibis e os estrangeiros também estiveram livres do local dos crimes. Morte causada por uma intensa radioatividade também foi expulsa dos pensamentos dos investigadores, já que os aparelhos para estes fins não captaram nenhuma frequência presente. As ideias não param de fervilhar na cabeça dos envolvidos, assim como dos parentes, que procuram arduamente por uma explicação plausível.

     Esses crimes são inexcedíveis, o culpado, quando descoberto e posteriormente estiver em julgamento pode até se escusar, mas é inviável que as famílias compreendam o que levou a cometer tais brutalidades. As pessoas continuam impotentes em relação a tais mortes barafustadas, que perduram anos após ano sem resposta.

     Se tiver informações contate imediatamente a polícia local, todos estão desesperados pelo fim deste caso.

                                                                                     Por, Lúcio Bragança.

A morte barafustadaOnde histórias criam vida. Descubra agora