Capitulo 21

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- Sua mãe morreu. Como no automático eu começo a chorar ,tudo que vivemos juntas passa pela minha cabeça,as risadas ,as broncas , o tempo que passamos juntos rindo ,chorando, tudo... era como se eu lembrasse de tudo pra não esquecer ,eu queria ela aqui agora me abraçando enxugando minhas lágrimas dizendo que tudo ia melhorar ,eu queria ouvir a voz dela dizer que a amo pela última vez ,a abraçar pela última vez.
Eu cai no chão me sentando no mesmo chorando ,chorando sem parar eu não ligava mais pra nada só queria minha mãe comigo o que eu vou ser sem ela ? Sem os concelhos dela ,eu não tenho nada ,eu perdi ela ,pedi tudo que me importava nessa vida ,perdi a pessoa que me mantinha em pé todos os dias ,a razão do meu viver eu perdi tudo ,perdi minha mãe!

- Sabrina se acalma! Gustavo fala colocando suas mãos no meu ombro , balanço a cabeça dizendo que não.

- Não ,não dá ,não dá !ela morreu ! Não da! Falo e ele me abraça era tudo que eu quero um abraço dela.

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Sete anos antes
Dia 10 de junho de 2010

Eu estava correndo pela casa  e minha mãe corria atras de mim estávamos brincando de pega-pega  minha mãe era a pegadora eu corria em volta da mesa e minha mãe bem atras de mim eu parei de um lado e minha mãe de frente pra mim a mesa estava entre nós duas.

- Eu vou te pegar Sabrina. Minha mãe falou dando um sorriso.

- Não vai não. Falei em seguida passei por baixo da mesa com a tentativa de passar entre suas pernas e ela não me vê ,mais ela acabou me pegando.

- Ah ! Te peguei. Ela fala e me pega no colo fazendo cócegas em mim eu me debatia e ria ,ria sem parar.

- Ah não ! Você me pegou me solta agora mamãe. Falei tentando me soltar das cócegas.

- Hmm ,tá bom mais agora você vai ir toma um banho pra depois comer. Ela disse me colocando no chão.

- Eu não quero mamãe depois eu tomo banho. Falo.

- Nina nina não ,vai tomar banho agora. Ela fala e eu toco no braço dela.

- Tá com você de novo. Falo e saio correndo ela vem logo atrás, brincamos a tarde toda até cansarmos ,depois fizemos pipoca e fomos assistir filme na sala ,eu sentei do lado dela e ficamos lá assistindo eu já tava cansada e deitei no colo dela.

- eu te amo mamãe. Falo e depois durmo.

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dia 05 de fevereiro de 2008

Eu cai na rua e ralei meu joelho tava doendo tanto , eu não parava de chorar cheguei em casa e vi minha mãe .
- Mãe eu cai. Falei e ela veio na minha direção ela me pega no colo e me leva pro sofá me senta lá e sai ,depois ela volta com um remédio e passa no meu machucado depois ela coloca um curativo e me olha,eu a abraço e ela me abraça de volta.

- Te amo mamãe obrigada.

- Também te amo minha linda. Ela fala e beija minha bochecha.
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                               Ano atual

São tantas memórias que não tem como eu escolher a favorita ,minha mãe sempre foi tudo pra mim meu pai me nos abandonou quando eu era bebê eu nem sei como ele é ,foi minha mãe que me criou e é por isso que eu sou muito grata a ela e agora ela se foi ,eu não sei o que pensar,não sei como vai ser daqui pra frente. Gustavo me ajudou a levantar e me sentou no sofá minha tia foi fazer um chá pra mim ,eu já tinha parado de chorar Gustavo estava sentado do meu lado,minha tia chega com o chá e me dá ela senta ao meu lado me deixando no meio dela e do Gustavo.

- Como ela morreu ?Perguntei.

- Acidente de carro. Ela fala.

- Agente tem que ir vê-la ! Ela não pode estar morta ,não pode ! Falo.

- Não é fácil mais é verdade ,ela morreu Sabrina. Minha tia fala ela se levanta e vai em direção à porta.

- Fica com ela Gustavo eu vou ir vê o corpo e resolve tudo pro enterro. Ela fala e sai.

- Vai ficar tudo bem...vai ficar tudo bem... Gustavo fala e me abraça,ele fica passando a mão no meu cabelo. - Você quer deitar ? Ele pergunta e eu assinto nos levantamos e vamos pro quarto deitamos na cama Gustavo virado pra cima e eu deito minha cabeça em seu peito.

- Ela não tá mais aqui ,eu queria ela Gustavo. Falo e uma lágrima cai do meu olho molhando a blusa do Gustavo.

- Ei ,eu tô aqui com você ,não fica assim. Não digo nada ele começa a passar a mão  pelo meu cabelo fazendo cafuné e uns sons com a boca que nem agente faz quando vai colocar um bebê pra dormir e é assim que eu acabo pegando no sono.

A menina da cidade (Em Revisão) Onde histórias criam vida. Descubra agora