Olá querido leitor. Espero que esteja gostando da história :) . Estou passando apenas para informá-lo que, para seu conforto, dividirei esse capítulo em dois. Caso queira me dizer algo, deixe um comentário ; ) ...
Depois de toda a confusão, comecei a bolar um plano. Olhei o relógio do russo, e eram por volta de 20:50. A neve começou a cair com mais força, então pelo menos naquela noite, eu teria que permanecer preso com aquele maníaco. Arrastei o corpo adormecido mais para dentro do galpão e o pus em uma posição confortável. Fui até o carro e vi o que poderia aproveitar. Achei um celular, um canivete e algumas camisinhas. Tirei a chave do carro, peguei o que precisava e voltei ao galpão. O russo ainda estava imóvel, então decidi começar a por meu plano em prática, pois não sabia quanto tempo aquela sugestão hipnótica duraria.
Sim, você não leu errado, ele estava hipnotizado. Quando estava lendo as anotações do meu avô, percebi que a hipnose em sua essência é sugestão. Claro, que isso depende de uma série de fatores para funcionar. Mas quando pesquisava na internet por hipnose, via vários hipnólogos de palco usando sustos. Pra mim aquilo não parecia fazer o mínimo sentido a princípio, mas encontrei algumas coisas nos textos do vovô que justificavam isso. Com base nisso, estruturei esse método de hipnose emergencial, que consiste em incapacitar alguém através do susto. Claro, não pretendia usar isso dessa forma, mas acabou me salvando de maus bocados...
Enquanto estava explicando essa teoria maluca a você, fiz uma mini corda de camisinhas e com elas, amarrarei de forma pouco resistente as mãos e os pés do belo adormecido. Não se preocupe, a falta de segurança faz parte do plano. Depois, comecei o processo de aprofundamento hipnótico para evitar que o grandão acordasse. Extraí algumas informações, como nome, idade, nacionalidade, traumas e outras coisinhas que poderiam ser úteis. Por fim, programei alguns comportamentos que o deixariam incapacitado caso ele tentasse algo contra mim, já que um soco dele poderia facilmente me desmaiar.
Feito tudo isso, arrasto ele até uma parede, para que ele permaneça sentado. Deixo a arma na cintura, o canivete e o celular no bolso para caso de emergências. Agora, tenho que testar se tudo isso vai funcionar. Dou o comando para que ele acorde. O russo abre os olhos lentamente, ele olhou para os lados e gritou furioso:
- O que você fez garoto? Onde eu estou? Como você fez isso?
- Não fiz nada de mais. Apenas amarrei você. Ainda estamos em algum lugar no arredores de Quebec. Ah, e se eu te contar como eu fiz isso, não vai ter muita graça.
Nessa hora, ele se enfurece e quebra as cordas de camisinha facilmente, como se estivesse rasgando papel. Ele salta em minha direção, pronto para me estraçalhar . Eu não me contenho, e solto um leve sorriso de canto de rosto, e digo:
- P 1.
Ele cai instantaneamente no chão e logo questiona com um olhar de descrença:
- O que está acontecendo?! Não consigo sentir minhas pernas!
- Paralisia nível 1. Pelo visto você entendeu direitinho nossa conversa. - Tiro o celular do bolso e verifico rapidamente as horas, ignorando o fato de que o russo estava se arrastando até mim apenas com os braços.
- Já são 21:24 e você sequer se apresentou! Mas que mal educado, mas não sei se no seu país funciona dessa forma. Então, vou dar a chance de você se apresentar agora. - digo em um tom irônico
- Mas quem você pensa que é? Prefiro morrer do que dizer uma palavra a você! Vamos, me mate!
- Tudo bem então. Deixe que eu o apresente. Mas antes, ver você se arrastando feito um verme me dá asco, então o que acha de ficar quieto enquanto eu falo um pouco sobre você? Kowalski Petranova.
Ele claramente se assusta pelo fato de saber o nome dele. Ele se desespera, e começa quase correr em minha direção usando os braços. Espero ele chegar bem perto e digo:
- P 2. - E ele cai de cara no chão aos meus pés.
- Kowalski, eu disse que era pra você ficar quieto enquanto eu contava um pouco da sua história. Será que você pode esperar enquanto eu termino? - Ele pragueja algo em russo e se cala. Eu então prossigo meu discurso:
- Ótimo, não queira ter que calar sua boca também. Bem, vejamos, você se chama Kowalski Petranova, nasceu no Daguestão, participou da guerra contra Chechênia e após os conflitos se amenizarem, começou a trabalhar como um mercenário. A única coisa que não faz sentido pra mim é por que você tem hematofobia. Poderia matar minha curiosidade? - Ele vira o corpo para cima e começa a dizer:
- Não sei quem te deu essas informações, mas de mim você não vai conseguir tirar mais nada!
- Tudo bem então. Não vai sequer me contar os detalhes da execução da sua família?
Ele olha para mim assustado. Percebeu finalmente que não tinha saída e disse:
- Que tipo de droga você usou em mim? Acho que não vou conseguir escapar de você.
- É, eu garanto que você não vai conseguir mentir pra mim. Então, como foi pra você com 10 anos ver toda sua família sendo morta na sua frente?
Seus olhos ficam marejados, percebo a pressão arterial dele aumentando. Ele respira fundo, com bastante pesar, e diz:
- Tudo começou...
Continua no próximo capítulo...
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Mind Killer: O assassino da sanidade
ActionRyan na maior parte do tempo é um adolescente comum terminando o ensino médio, mas tem uma profissão bastante incomum: manipular mentes. Essa obra é o relato das aventuras e experiências do jovem assassino