Desalmada [CONCLUÍDA]

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Olá, pessoas!

Aqui estou com mais uma fanfic do nosso OTP maravilhoso!

Esta história é um desafio de escrita entre mim e minha querida <3 Aly313

Em breve disponibilizaremos aqui o link da história dela para que vocês possam também acompanhar.

Espero que gostem muito! Com Amor, Amy. <3

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Desalmada: Aquela que não se comove nem se sensibiliza diante do sofrimento alheio; que não consegue nem pode corresponder o amor recebido;

Andrea tornou-se desalmada. Mas não como a definição em um dicionário se refere e sim como um ser sem luz, sem vida; perdido e sem alma, sem coisas boas, sem emoções. Em partes podemos compara-la à definição do tal livro, porém o que ela se tornou jamais poderia ser explicado em poucas linhas como o tal adjetivo.

A vida as vezes nos torna desconhecidos de nós mesmos.

Cinco anos atrás...

-Andrea...

Era a segunda vez que chamava seu nome em menos de uma hora. Pronunciar aquelas cinco letras parecia uma dose perfeita da melhor droga existente no planeta. Andrea me causava um arrepio intenso, um calor desconhecido e as melhores ondas de loucura. Tudo, tudo em apenas o pronunciar de cinco letras.

A garota de cabelos longos e escuros adentrou minha sala como quem acredita poder atacar uma manada de elefantes. Ergui meus olhos até seu rosto enrubescido, verifiquei todos os seus traços com um simples e rápido erguer de mirada e então joguei minhas ordens sob ela.

-Quero meu vestido Prada agora. Quero meu café em cinco minutos. Os vestidos de minhas filhas para a noite de hoje estão grandes demais. Será que ninguém aqui sabe trabalhar direito? Tão difícil assim tirar medidas de duas garotas para simples vestidos? Traga-me o livro e então...

Eu me obriguei a erguer meus olhos outra vez até ela que escrevia apressadamente em seu pequeno bloco, mas não demorou até ela fazer o mesmo gesto e colocar seus olhos sob mim. Me atrevi a encarar suas írises tão escuras e fixar meu olhar no seu.

-...Você pode ir se preparar, afinal você também é convidada desta festa.

Baixei meus olhos rapidamente, sustentar meu olhar com o seu tornou-se algo difícil e perturbador com o passar do tempo.

-Miranda, se quiser eu posso não comparecer, posso dizer as meninas que...

Eu nem a deixei falar algo mais.

-Você não ousaria em desapontar minhas filhas não comparecendo em seu baile de debutantes, ousaria?

Os olhos grandes e já dilatados pareceram ficar ainda maiores.

-Eu...

-Isso é tudo.

Depois daquela conversa simples mas que me despertou inteira, acabei envolvida demais com qualquer outra coisa, exceto com os pequenos deslizes de me pegar pensando no que ela vestiria hoje a noite. Sabia que Nígel estava preparando o vestido dela e tentei descobrir algo de todas as formas, mas parecendo saber o que esta garota me causava só em estar próxima, ele decidiu prolongar meu sofrimento e não me deu detalhe algum.

Naquela noite, após adentrar o salão com minhas filhas e cumprir com toda a cerimônia que elas haviam desejado, a única coisa que meus olhos sabiam fazer era procurar de todas as formas -algumas até um tanto indiscretas- a garota que não saia de meus pensamentos há bons meses. Demorei um tanto, confesso, até voltar do banheiro e ficar travada contra o piso ao vê-la na pista de dança tranquilamente dançando com Nígel.