Capítulo 2

302 35 31
                                    

2.Entre as catástrofes há controvérsias

Será que tudo foi um pesadelo? Na verdade eu ainda devo estar no meio das minhas férias de verão. Assistindo animes, lendo livros e jogando vídeo game. Sim perfeito, a vida que eu mereço e que pedi a Deus.

— Hoffman, Hoffman! — Não, não, não! Park Jimin, por que sua voz está ecoando na minha cabeça? Saia daqui, quanta insolência. Eu não queria abrir os olhos, não queria encarar a realidade. Mas Jimin teve o ímpeto de me sacudir e dar leve tapas no meu rosto me fazendo despertar.

Droga.

Lentamente abri os olhos, enxergando um borrão cor de rosa. Borrão que logo ficou nítido aos meus olhos, esfreguei os olhos com as mãos e infelizmente pude reconhece-lo a minha frente.

Mas que merda.

Levantei rapidamente, pronta para praguejar mas a dor na minha costela fez com que eu soltasse um gemido baixo e sôfrego, por reflexo me deitei novamente. Eu não acredito que soltei a porra de um gemido na frente de Park Jimin, isso era definitivamente ultrajante .

Tem alguma possibilidade dele não ter escutado?

— Ei cuidado! — Não, definitivamente ele ouviu bem. Mas por que infernos ele está se aproximando?

Perto demais, muito próximo. De repente todo o meu corpo ficou em estado de alerta, perigo. Park Jimin é perigoso.

— Pare ai mesmo! — Alertei e ele cessou os movimentos. Fechei os olhos, praguejando todos os palavrões existentes e levei minha mão até a costela, ainda doía muito.

— Você está bem? — Perguntou em tom aparentemente preocupado.

— E desde quando você se importa? Aliás, o que faz aqui mesmo? — Interroguei irritada.

— Grossa! Você é muito Ingrata! — Me acusou e eu o encarei cética perplexa.

— Jimin, pode parar com a forçação. — Gesticulei abanando as mãos. — Você nunca se importou comigo e não é agora que iria começar. — Cuspi as palavras.

— É assim que agradece alguém que te ajudou? — Alegou em tom irritado e eu bufei incrédula.

Me forcei a me levantar e fiquei sentada na cama, queria me certificar que não ouvi errado. No entanto, ele estava de braços cruzados e me olhava sério.

— Escuta, eu não pedi para que me ajudasse... — Vociferei cerrando os dentes. — Mas era o mínimo que você podia fazer e da próxima vez, coloque uma focinheira na sua cadela. — Mencionei olhando nos olhos dele tentando decifra-los, mas tudo que encontrei foi um olhar atônito. Não demorou muito e ele passou a mão sobre os fios rosados em sua cabeça e suspirou antes de se defender.

— Quer saber? Foda-se! — Proferiu e eu arregalei os olhos, cética. — Não vou ficar aqui, ouvindo você destilar ódio em mim. — Apontou o dedo para mim. Quem ele pensa que é? — Porra! Eu nem fiz nada, eu não tenho culpa se você e a Wendy se estranham. — Falou saindo da sala e batendo a porta com força, me deixando sozinha.

— Exatamente seu cretino, você não fez nada! — Murmurei para as paredes, cerrando os dentes.

Eu estava sentindo algo no peito, uma angustia que eu estava tentando negar para mim mesma e me perguntei se eu tinha exagerado. Afinal ele me ajudou, mesmo que ele tivesse uma boa parte da culpa nisso tudo e a pergunta que sondava minha cabeça era justamente essa;

Por que ele me ajudou ao invés da namoradinha dele?

Me deitei novamente e suspirei pesado.

In The Balance Of Love (Long Fic - Park Jimin)Onde histórias criam vida. Descubra agora