Capítulo 6

222 21 12
                                    

"...Bravo? Com fome? Sim, estou bravo e com fome
Todos os dias são a mesma coisa, não há futuro
Eu não tinha um futuro
Muito menos um amanhã

Mas ainda somos jovens
E haverá um bom futuro
Então, limpe as lágrimas frias e volte pra casa..."

Comeback Home – BTS

6. Incoerências do Destino

Não estava sendo um dia muito legal, na verdade não estava sendo uma semana legal e aliás, não estava sendo um ano legal para mim. Tudo por que se tinha Heyde Hoffman no meio não podia ser bom.

Sério, a porra dessa garota me deixava fora de mim, me irritava com pouco. Eu não sei desde quando isso ocorreu, mas ela não ia com a minha cara e eu muito menos com a dela. Contudo eu tenho quase certeza que foi desde que eu vi ela pela primeira vez, eu não sabia que existiam garotas tão altas.

Como se não fosse o bastante a frustração de ser mais baixo ou da mesma altura que as garotas coreanas, agora eu tinha uma grande girafa pra me mostrar o quão patético eu era por ter míseros 1,62 de altura. Não era justo, por quê ela tinha que ter tudo isso de altura enquanto eu era um baixinho?

Ah não, certamente eu devo ter jogado um CD muito ruim na cruz na minha vida passada, porquê todo ano ela tava lá, na minha sala, mesmo no meu último ano. Eu me lembro que quando tivemos contato pela primeira vez, eu mantive uma conversa amigável e ela era até mesmo simpática (?)

Bem, ela costumava me tratar bem, sem grosserias naquela época e inclusive, me trazia almoço quase todos os dias e embora ela não fosse tão boa cozinhando, era notável que ela se esforçava, os dedos estavam sempre enfaixados e eu não sabia o porquê — e nunca soube— o motivo dela se esforçar tanto, mas achava legal e eu até comia, não era tão ruim quanto parecia.

Mas um tempo depois ela mudou comigo, já não fazia dosiraks e passou a ser grosseira, então reciprocamente, eu mudei com ela e a tratei da mesma maneira. Eu não sabia o motivo, mas até hoje tenho um certo palpite.

►Flashback on◄

Era mais um dia chato que eu teria que ir pra escola, o ano mal tinha começado e eu só torcia para acabar logo. Eu já tinha planos para ir a uma universidade em especifico, uma que eu poderia conciliar com o basquete, que era a minha paixão e com a dança. Sim por mais que não parecesse, eu adorava dançar, no entanto ninguém da escola sabia disso.

Eu não queria dar mais um motivo para me zoarem, já me bastava o fato de ser zoado e sofrer preconceito pela minha altura, não conseguiria aguentar se me criticassem por gostar de dança, principalmente contemporânea, certamente iriam me taxar de gay e eu não estava pronto pra lidar com isso.

Eu iria para uma universidade na França e assim poderia ficar perto dos meus pais também, claro que pra isso, teria que convencer o cabeça oca do meu irmão a ir comigo e isso tem sido a tarefa mais difícil, já que ele só queria ficar aqui e seguir a utopia dele de ser rapper e os nossos país deixaram claro "ou vão os dois ou nem vão ".

Falando em irmão, hoje pra começar, eu não dormi bem graças a ele que inventou de ficar cantando as músicas malucas dele completamente aceleradas, dizendo ele que ia cantar num concurso e alegou que precisava treinar, resultando numa noite nada boa de sono para mim.

O mais engraçado, é que ele teve o ímpeto de me convidar para ir no tal showzinho dele. Tsc, como se eu fosse me prestar a um papel desses.Quando cruzei os portões da escola, eu estava parecendo um zumbi de tanto sono e decidi ir ao clube de basquete dormir um pouco.

In The Balance Of Love (Long Fic - Park Jimin)Onde histórias criam vida. Descubra agora