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Oi, eu sou Ely, só Ely mesmo, não é Elyzabeth ou Elysa ou Elyan, apenas Ely.
A história que vou contar para vocês agora, é a minha história, a história de como conheci o amor.
Eu não quero parecer muito clichê. Na verdade, eu vivi um filme de adolescente. Não que isso seja Meninas Malvadas ou as As Patricinhas de Beverly Hills, eu era só uma garota de 17 anos apaixonada pelo meu melhor amigo, isso é comum pra você?
Você, provavelmente, já ouviu essa história antes, mas essa é um pouco diferente, talvez seja bem diferente, pra dizer a verdade.

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Tá vendo essa garota da foto aí em cima, exatamente, essa sou eu!
Eu me mudei aos meus 8 anos para San Diego, no Sul da Califórnia com a minha família, desde então minha vida virou de ponta cabeça, nova cidade, novas pessoas, novos costumes, sabem como é.
Quando me mudei para cá, conheci Bruce, meu vizinho, e o meu melhor amigo, até nossos 15 anos. Ele era a única pessoa que eu tinha na minha nova cidade, mas ele tomou uma decisão, que nos fez seguir em frente, sozinhos.
Quando Bruce completou seus 15 anos, ele arranjou uma namorada e eu odiei isso, ele simplesmente esqueceu de mim, desde então, nos tornamos completos estranhos, ele preferiu a namorado do que eu, e isso gerou uma grande mágoa em mim. Não que eu seja ciumenta demais para aguentar meu melhor amigo com outra ou, que eu seja egoísta. A verdade era simples, eu amava Bruce.
Ao longo dos anos distantes, ele se tornou o melhor jogador de futebol americano da Bluth High School e também se tornou popular, mas só ele mesmo. Eu, no entanto, continuei sendo eu mesma, quieta, sem amigos, e um pouco esquesita demais.
Sinto falta dele, eu realmente sinto muita falta, mas depois disso, acho que esperamos tanto um ou o outro dar a iniciativa de pedir perdão, que acabamos nos decepcionando e esquecendo o real motivo por não nos falarmos mais.
Agora temos 17 anos, e estamos no último ano da escola, mesma sala, mesma turma, mesma rotina. Bruce estava ali, todo dia e toda hora, mas só havia uma diferença nos dias de hoje, não éramos mais Bruce e Ely, agora éramos apenas estranhos, que não sabiam o que fizeram.
Nesse último ano, seria o nosso ano. Iríamos visitar o Havaí e depois nos matriculariamos na mesma Universidade, pensamos até em dividir um apartamento caso tivéssemos que ir para outra cidade. Iríamos fazer Engenharia mecânica, esse é o nosso plano, ou era.

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O primeiro período é tão chato que era a melhor hora para um chochilo. Eu odeio a escola, porque criaram algo tão cedo assim?. Olho para trás e vejo Bruce, ele vestia seu moletom dos WildWolf, qur era contornado por um degrade de azul escuro à um azul mais claro com detalhes brancos e um belo lobo no logo. Volto minha atenção a aula antes que Bruce perceba que eu o olhava ou o professor chamasse minha atenção, que por sinal, seria terrível e vergonhoso.
O som do sinal salva meu dia anunciando que já estava no fim da última aula. Pego minhas coisas e vou para o meu armário. Todos estão agitados, hoje teria jogos dos WildWolf, e todos estavam ansiosos para ir. Eram bem legais os jogos, mas tinha muita gente, muita gente!
Abro o armário e sinto meu ombro sendo jogado para trás por algo ou alguém.

- Oh! Me desculpe...- diz Holly.- Você é tão inútil que nem te enxergo.- ouço sua risada sendo acompanhada de suas amigas e então olho atrás dela, sob seu ombro, vejo Bruce olhando.

Ele estava simplesmente ali, parado, olhando aquela cena ridícula, mas não se importou em se quer parar sua ex-namorada, não que ele fosse obrigado, aliás, nem éramos mais amigos e ainda por cima eu nem me importava mesmo, que se dane. Mentira, eu me importava, importava-me tanto, que queria poder ir soca-lo naquele momento.
Quando você se torna melhor amiga de alguém, mesmo que não sejam mais depois de um tempo, a intimidade com aquela pessoa pode ter mudado, mas sempre será algo diferente. Olhar para Bruce era como assistir ao um vídeo de quando tínhamos 8 anos, era como se nada tivesse mudado, mas mudou, tudo mudou, e agora eu não sabia o que fazer.
Holly se afasta jogando meus cadernos em minha cabeça enquanto eu abaixo para pegar o resto das coisas, volto meus olhos a Bruce novamente, ele agora fechava seu armário e me olhava, como se quisesse dizer que sentia muito, isso me dava aos nervos.
Junto os caderno e me levanto, sentindo uma pontada em minha cabeça, guardo as coisas no armário e me dirijo ao portão de saída da escola.
De alguns anos pra cá, desde o término de Bruce e Holly, ela vem me irritando, me provocando e fazendo esses tipos de coisa comigo. Ela acha que eu possa ter sido o motivo deles acabarem, mas o que todo mundo sabe é que ela é insuportávelmente fútil e burra e nem a paciência incrívelmente grande de Bruce aguenta aquela cabeça oca.

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Eu não queria ir ao jogo dos WildWolf, mas como conta pontos na média, irei me obrigar a ir.
Visto meu jaleco do time, igual ao do Bruce hoje mais cedo, visto minhas calças e o meu boné, também com o lobo dos WildWolf.
Saio de casa e sinto o vento frio batendo nas minhas bochechas, eu penso em voltar para a minha cama e minha vida tediosa, mas paro e penso, um ponto pode fazer com que eu passe de ano.
Acelero o passo para chegar ao colégio antes de perder o começo do jogo. O caminho não era longo, cinco ou seis quadras da minha casa, nada que eu morreria, eu acho.
Assim que chego, vejo a multidão, pessoas com jalecos e blusas com o lobo, acessórios, e bebidas, mistura de adultos com adolescentes, até mesmo crianças. Ouço o barulho do microfe sendo ligado, o jogo iria começar. Me espremo entre aqueles corpos a procura de um lugar vazio na arquibancada - se é que era possível existir um lugar vazio ali.-, assisto a entrada das líderes de torcida e suas incríveis cambalhotas acompanhadas de passos de dança. Quando eu tinha 13 anos, antes de toda a briga com Bruce, eu queria ser líder de torcida, por mais que eu não levasse jeito pra coisa, muito menos estrutura física para aquilo, mas então, aconteceu tudo com Bruce e logo em seguida ele virou jogador oficial do time, então pensei que isso talvez fosse uma ideia pra outro dia, outro ano, outra vida, quem sabe. Após o término das líderes e sua retirada, os meninos dos WildWolf entraram sendo acompanhados de aplausos, assobios, gritos e algumas vaias do time adversário. Bruce é o primeiro à frente, ele entra correndo, acenando pra todo mundo na quadra e sendo acompanhado pelo resto do time. Aquela pose de capitão era tão ridícula e toda aquela entrada ensaiada, que parecia mais um evento da família britânica real do que dos meninos do futebol americano.
O jogo então começa, a bola parece brinquedo nas mãos deles, às vezes até não a via mais. Se me perguntasse como que estava o placar eu nem saberia lhe responder, a única coisa que puxava minha atenção era o camisa 8, Bruce, ali estava ele, correndo e caindo, comemorando e se irritando, admito que a cada queda feia que dava, meu coração acelerava, e a cada vibração dos torcedores quando ele marcava pontos, fazia-me sorrir e até mesmo comemorar de vez em quando.
As coisas estavam ficando boas, estávamos na frente, pelo menos era o que o moço ao meu lado disse à sua mulher, tudo estava indo bem.
Horas depois, com um placar arrasador, os WildWolf ganharam. Todos na arquibancada vibraram, como se tivessem ganhado um milhão de reais, eu no entanto, não sabia o que fazer, apenas esperei com que tudo se acalmasse para poder ir para casa sem ser abatida por alguém eufórico. Mas no fundo, mesmo sem entender nada, ver Bruce jogar e lembrar de como amava aquele esporte, era incrível, eu sentia orgulho dele, de onde ele chegou.

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Oioioi meninas e meninos, turubom?
Então, eu não tenho muito o costume de falar com vocês, mas quero desenvolver isso para saber o que estão achando da história.

Então digam tudo aí, desde erros à melhoras que posso ter, ou se estão gostando e querem que eu continue!

beijinhos...

Bruce&Ely Onde histórias criam vida. Descubra agora