Talvez por outrora
Todos devessem amar
Aproveitar o silêncio.
E celebrar tudo que está ao redor.
Não uma paixão ou romance
Perdoe-me!
Mas celebrar a si mesmo.
As pequenas coisas.
A lua sorrindo
E as palavras que se quebram.
Sou poesia.
E amar é sobre tudo
Nada menos que isso.
O amor é
Vento que não se vê
Apenas sente
Frase clichê.
Mas sem isso
Nada existiria
Somos feitos clichê.
Sou poesia
Na gota que escorre
Em sua face.
No brilho dos teus olhos
Que ilumina o céu
Sou poesia
Na menina que corre
Sem direção
Em devaneios
Rumo ao mar
Ou rumo ao abismo
Que adentra a alma
Sou poesia
Que defenestra
As loucuras mais efémeras
E nas mentes bitoladas se instala.
Não cala.
Não mente.
Faz as madrugadas passarem.
Sem olhar para trás.
O vagão perdido.
Sou poesia...