Robotic Love • z.m

13

Capítulo 13

Para ser sincera nunca achei que teria orgasmos múltiplos com apenas os dedos de alguém dentro de mim.

Mas Zayn o fez.

Assim como foi com seu membro e sua boca. A noite toda, a madrugada toda e até mesma pela manhã.

Se sexo gostoso matasse, com toda certeza eu estaria decomposta no colchão da minha cama e com Zayn em cima de mim.

—Bom dia amor. — Z me acordou e sorri.

—Bom dia Z.

—Fiz seu café da manhã. — quando olhei em volta o vi segurando uma bandeja com frutas cortadas, torradas, geleia e suco de laranja.

—Você é mais inteligente que eu.

—As mulheres são muito mais inteligentes. — ele disse e sorri.

—Eu quero um beijinho agora. — disse e ele riu.

Zayn se inclinou e me beijou, mas de forma bem intensa. Sua mão veio até a minha bochecha e a acariciou enquanto sua boca macia na minha me fazia arrepiar.

Senti meu coração acelerar e um pequeno frio na barriga me atingir, mas ignorei aquilo e foquei no toque de nossos corpos.

—Mestre Helsinki ligou.

—Você atendeu meu celular?

—Deslizei seu dedo na tela, porque o meu não funcionava devido às impressões digitais.

—O quê? — disse um pouco assustada.

—Se não quiser que o faça, não farei mais. — ele disse um pouco perdido e sorri.

—Não há problemas. Obrigada. — sorri e ele pareceu aliviado. —O que ele disse?

—Perguntou se está anotando as minhas evoluções.

—Sim, estou anotando tudo. — suspirei e me espreguicei.

—Parece um pouco cansada. — ele disse com um sorriso safado e ri.

—Acho que não o suficiente. — disse me aproximando dele e deslizei minha mão por sua barriga.

—Temos tempo de fazer foda três vezes antes de ir.

—Hm, você calculou isso?

—Talvez. — ele disse e ri.

Peguei a bandeja de suas mãos e coloquei no criado-mudo. Sentei em seu colo e logo senti seu membro ereto abaixo de mim, esfreguei-me nele e gemi baixo com a sensação.

—Você está apaixonada por mim Hayden. — ele soltou disse sério e eu ri.

—Você faz o melhor sexo que já tive, é gentil, educado, talvez seja só encanto. — respondi convicta de que era só isso, mas ele negou com a cabeça.

—Você é sozinha. — Zayn disse sério me olhando nos olhos e logo o meu semblante caiu involuntariamente.

Saí de seu colo lentamente e tentei — inutilmente — não demonstrar que as suas palavras tinhas causado um efeito em mim.

—Eu não sou sozinha. — disse baixo.

—Você nunca teve alguém por inteiro com você. Não é? — ele perguntou baixo e desviei o olhar.

—Isso não quer dizer que...

—Eu estou inteiro por você e com você, está se sentindo como nunca antes. Isso é novo para você, não é?

—É só pelo sexo. — rebati na intenção de me defender, mas ele sorriu fraco.

—Eu sinto o que você sente. E eu sei quando está mentindo. — ele disse calmo e senti meu coração bater mais forte.

—Você está...

—Não está exalando mais feromônios, isso signo que não está mais excitada. Eu vou deixar você sozinha.

Z levantou e deixou o cômodo e a minha pessoa completamente perdida e confusa. Ele era só um robô, não devia estar me sentindo tão abalada com palavras que saiam de um disco rígido mais inteligente que os demais.

Eu não estava de forma alguma apaixonada por um robô. Era só o sexo gostoso e toda a sua gentileza que estava me deixando assim, e ele estava confundindo tudo.

Posso muito bem dar um fim nisso quando bem entender e seguir minha vida como se ele não tivesse existido.
Só não queria fazer isso agora.

Era bom demais estar com ele e ter "alguém" que estava ali por mim de alguma forma. Eu nunca me senti tão em paz com alguém como é com Z.

Claro que ele era perfeito, porque era um robô e na realidade nada — nada mesmo — é, de fato, perfeito.

Mas Z era.

Ele era exatamente tudo que sempre quis em uma pessoa para estar comigo. A forma como me trata, como me impulsiona, me faz rir e me toca como se eu fosse a única mulher no mundo.

Até mesmo como tenta fazer as coisas para me agradar, do seu doce jeito atrapalhado, mas com extrema dedicação.

Eu não sabia bem onde tudo isso iria dar, mas sabia que Z era especial demais e que depois dele nada na minha vida seria a mesma coisa.

Eu nunca o esqueceria.

[...]