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Capítulo 18

— Oi Zayn. — disse baixo e Hels o olhou.

— Bem, eu não quero atrapalhar o final de semana de vocês.

— Não atrapalha mestre. Pode fazer foda com a gente também. — ele disse de supetão e arregalei os olhos, assim como Hels.

— O que você fez com meu robô Hayden? — Hels sussurrou indignado e cobri o rosto com vergonha.

— Z, não faz isso meu amor. — disse baixo e peguei sua mão.

Pegamos as xícaras e caminhamos até o sofá da sala. Zayn falava animadamente de como o seu funcionamento parecia estar muito melhor e conseguia lembrar-se de tudo.

— O que estava errado Hels?

— É normal. Ele está lidando com muitos acontecimentos e assimilar tudo pode causar esses pequenos problemas no sistema. Mas eu resolvi isso e acredito que não vai mais acontecer. — ele disse e assenti.

— Hayden estava preocupada. Ela gosta muito de mim mestre. — ele disse sorrindo e abaixei o olhar.

— Eu sei Z. Ela gosta muito de você. — Hels disse enfim e suspirei — Bem, acho que já vou indo. Estou ajudando o novo funcionário do laboratório.

— Novo?

— Sim, ele é especialista em física quântica. O cara é incrível. — ele disse entusiasmado e sorri.

— Física quântica é o meu amor. — confessei e ele riu.

— Eu sei.

— Achei que eu fosse seu amor. — Zayn disse de supetão e o olhamos.

Tive que rir e em seguida deixar um beijo carinhoso naquele rosto lindo criado pelas benditas mãos de Helsinki, que para mim agora era quase como um deus por ter me dado a chance de ter Zayn.

— Você é Z. — disse acariciando e ele sorriu doce para mim.

Quando voltei a olhar para Helsinki ele estava com uma sobrancelha arqueada, como se estivesse confuso com toda aquela demonstração de afeto, mas disfarçou assim que notou que eu via.

— Bem, eu já estou indo. — Hels disse — Se precisarem de qualquer coisa, podem me ligar. Tudo bem?

— Tudo bem mestre. — Zayn disse e sorriu gentil.

Levantei junto com Hels e o guiei até a porta. Despedimos-nos com um abraço e um até logo que seria em dois dias, já que precisava voltar a trabalhar logo na segunda.

***

— Hayden? — ouvi o sussurro e franzi o cenho.

Era Zayn.

— O que houve? — perguntei em espreguiçando, quase de olhos fechados e ao olhar para o relógio já marcava três da manhã — Vem pra cama Z, o que está fazendo?

— Eu fiz isso para você. — ele disse baixo e quando olhei em volta o quarto estava repleto de flores.

Quando eu digo repleto, significa que havia flor até mesmo no lustre antigo do quarto.

— Oh meu Deus! — exclamei esfregando meus olhos.

— Você gostou? — ele perguntou sorrindo pequeno ao pé da cama e sorri.

Claro que três horas da manhã é um horário bem peculiar para esse tipo de coisa, mas a foma doce como ele sorria só me deixou sorrindo feito uma boba.

— Vem aqui... — pedi e ele logo obedeceu parando ao lado da cama.

Ajoelhei-me — ainda nua devido a noite animada que tive com ele — e envolvi seu pescoço lentamente, deixando um beijo em seu queixo e outro em seu pescoço, e em seguida um demorado em seus lábios.

— Isso é lindo meu amor. — disse baixo e ele sorriu.

— Você gostou mesmo?

— Muito! — sorri e deitei a cabeça em seu peito.

Automaticamente ele começou a simular tanto o barulho do seu miocárdio realizando sístole e diástole quanto da sua — completamente desnecessária— respiração, mas o olhei confusa.

— Não precisa simular nada Z. — disse o olhando confusa e toquei seu rosto.

— Mas você gosta disso.

— Eu gosto de como você é. — sorri e ele abaixou o olhar. — Z, o que houve?

— Nada.

— Está mentindo?

— Não. Mentira é uma coisa muito ruim. — ele disse sério e ri.

— Sim, meu amor. É algo muito ruim. Mas há algo acontecendo, huh?

— Sim.

— Pode me dizer o que é?

— Eu ouvi.

— O que ouviu?

— Que o mestre Helsinki quer me desligar definitivamente.

Seus olhinhos castanhos me fitaram com intensidade e me demorei encarando-os, não sabia se pela sua intensa beleza e realidade, ou se porque não tinha exatamente o que dizer para ele em relação à conversa que ouviu.

— Helsinki não quer te desligar.

— Ele quer. — Zayn disse baixo e trincou a mandíbula, parecendo cabisbaixo.

— Ele só está preocupado por eu gostar tanto de você. É algo novo para todos nós. — disse acariciando seu peito.

— Eu não quero que me desliguem.

— Ninguém vai...

— Eu gosto muito de fazer foda Hayden. — ele disse e ri, mas senti algo endurecendo entre a barriga dele e a minha.

Arregalei um pouco os olhos ao ver que ele estava ereto e ao olhar para ele, o mesmo fez uma carinha de cachorro que caiu da mudança que me fez quase que gemer ao ver tanta fofura.

— Z...

— Não deixa me desligarem Hayden. — ele pediu da forma mais sincera que já vi e senti meu coração acelerar.

— Ninguém vai fazer isso Zayn.

— Promete? — ele disse me olhando tão intensamente que até me constrangi.

Era uma promessa de peso, porque sabia que se algo desse errado todos os direitos sobre ele eram de Helsinki e eu não poderia interferir ou fazer nada a não ser aceitar o que ele — o dono do Z — decidisse.

Mas eu sabia também que jamais deixaria que isso acontecesse.

— Prometo Z.

[...]

Robotic Love • z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora