Profanação - 2. O Anel de Nibelungo.

49 2 0
                                    


São Bernardo do Campo - SP ano 2005

Como toda família normal, os Santiago costumavam viajar, eram eles que estavam chegando nesse exato instante em seu Hyundai ix35 branco não demorou muito para  que estacionassem frente a sua casa de sobrado e bem grande diga-se de passagem a mais bonita do bairro, do carro desceu Jeck um rapaz alto e esguio, com trajes bem casuais como um simples short florido de banho, chinelo de dedo e uma camisa leve e logo em seguida todo o resto da família, sua esposa Kimberly uma mulher de corpo mais acentuado e de estatura mais baixa também com vestes bem leves e seus três filhos, Daniel um garotinho de dez anos bem espontâneo e ativo, Karen a caçula e bem carinhosa de sete e Luiz que aparentava uma personalidade mais tranquila e sempre com seu celular na mão jogando ou ouvindo músicas, o mais velho dos três com seus treze anos. Sairão do carro pegaram as bagagens e entraram para dentro de casa, Daniel o mais arteiro disparou jogando a bolsa que estava com suas coisas no sofá da sala e correndo as escadas para abraçar sua cachorra Meggy, uma labradora jovem de pelos amarelados, que ficou muito contente em velos de volta.
-Nananinanão! Daniel pode pegar sua bolsa imediatamente, subir com ela pro seu quarto e você mesmo arrumar suas bagunças! _Advertiu Kimberly com semblante firme de uma mãe.
Murmurando Daniel desceu as escadas devagorosamente e pegou sua mochila.
Passando por ele e indo em direção ao sofá, Luiz mostrou a língua pro irmão zombou dele e Daniel o empurrou pra cima do móvel ainda com a bolsa na mão, sem que ninguém percebesse algo caiu de dentro do bolso da mochila do garoto, uma peça, ela rolou pelo chão e parou ao lado do pé de Karen que estava um pouco ao lado da porta da sala abraçada em seu urso de pelúcia, ela viu a peça e curiosamente a pegou, não sabia o que era, mas gostou do objeto e decidiu brincar com ele.
Já era tarde quando eles chegaram, e não demorou muito para que baixasse a noite, cansados da viagem todos se juntaram a mesa para jantar começaram com a oração que faziam sempre antes de comer. 
-Muito bem, hoje quem vai puxar a oração é nossa pequenina Karen, pode começar querida. _Pediu o pai das crianças. 
Eles fizeram a oração, jantaram e depois levaram as crianças para deitar em suas camas, a mãe passou de quarto em quarto para desejar a cada um uma boa noite e dar-lhes o beijo de descanso, para Karen ela tinha sempre que contar uma historinha antes de dormir, ela o fez e a garota logo cochilou, ao começar a arrumar os lençóis na menina a mãe nota que a filha está segurando um objeto firmemente,  parecia ser algum tipo de esfera metálica cheia de pontas finas. 
-Onde você conseguiu isso filha? _Pensou alto Kimberly sussurrando para não despertar a pequena, e logo tentou remover da mão da garota, que segurava o objeto com uma força incomum, estranhando aquela cena em que a filha mesmo dormindo não soltava, ela faz mais força ainda e por fim consegue retirar, encarou o objeto com estranheza e logo a porta do guarda roupas de Karen bateu, mas como se ele nem estava aberto, pensou a mãe da menina, um tanto assustada, tentando levar em consideração que foi fruto de sua imaginação ela apenas apaga o abajur do quarto fecha a porta com cautela e leva o acessório para o lixo da cozinha, na volta para seu quarto ao entrar no corredor ela se assusta com a empregada.
-Ah! _Colocou a mão no peito e ofegou, fechando as pálpebras. -Olga! Que susto... Quer me matar do coração andando assim pela casa no escuro? 
-Desculpe senhora! _Respondeu a empregada que se assustou com o susto da patroa. -Sempre passeei pelos corredores da casa e a senhora nunca se assustou o que houve? vim apenas beber um copo de água. 
-Desculpe Olga, é que... Bom, só estou cansada, boa noite. _E entrou em seu quarto.
-Ah querido, preciso dormir estou muito cansada. _Murmurou Kimberly ao sentar-se em sua cama de casal. 
-Vem cá que eu acabo com esse seu cansaço rapidinho sua delícia. _Falou Jack em tom de malícia abraçando-lhe e dando-lhe vários beijos quentes no pescoço, até que eles escutam um grito vindo do quarto de Karen, rapidamente eles se levantam e correm para ver o que estava acontecendo e tentam acender a luz do quarto dela, mas não conseguem, e próximo a cama da garota, Kimberly enxerga uma entidade escura com olhos grandes e brancos, repleta de chifres, de braços longos e garras, a criatura encara a mãe e da um berro estridente feroz, ela e o pai voam para fora do quarto de Karen e atravessam o parapeito da escada, Jeck cai de cabeça contra a mesa de vidro e quebra o pescoço, já Kimberly cai no chão com o peito voltado para cima e do quarto da garota ela observa um tipo de criatura negra e diabólica sair escalando as paredes e pular em sua direção, o monstro encarou a mãe sentiu seu cheiro e a luz da sala se acendeu.
-Senhora Kimberly! Senhora Kimberly! Meu Deus o que houve aqui? _Era Olga que veio em socorro de sua patroa. 
 Kimberly assustada se debatia contra o chão gritando e chorando. -Não por favor! Nãaaaao!  
-Senhora! Senhora! Acalme-se! Sou eu Olga! _Levou um tempo para que ela se controla-se.
-O que cade!? Onde!? Sumiu!? _Desesperada ela abre os olhos tentando entender o que estava havendo. -O que sumiu senhora? O que aconteceu aqui?

Olga preocupada viu o corpo de seu patrão morto no chão e deu um grito, grito esse que foi escutado por toda a vizinhança e vieram aos socorros da casa.
  
Atualmente.
-Entendo... Então foi isso que aconteceu anos atrás? _Perguntou um rapaz todo coberto para um dos vizinhos da família.  -Sim senhor. Dizem que quem entra nessa casa hoje sente a presença de uma entidade tão maléfica que quando sai é como se tivesse em seus ombros. _Exagerou o vizinho contando o porque de a casa estar abandonada a tanto tempo e ninguém ousar a entrar lá.
-Muito obrigado senhor. _Retrucou o homem encapuzado e logo ele adentrou o jardim da casa, observando aquela cena o vizinho ficou espantado com a coragem do rapaz e com medo entrou para sua residência.
Vasculhando por entre os escombros da casa abandonada o rapaz encapuzado encontra algo no lixo da cozinha.
-Hmm... Então ai está!

Contos do SubmundoOnde histórias criam vida. Descubra agora