You Believe In Me

Don't be afraid to give your heart to me

Não fique com medo de dar seu coração para mim.

My Heart Is Open - Marron 5 feat. Gwen Stefani

Quando sai da entrevista já era perto da hora do almoço então decidi voltar para o hotel para descansar o resto do dia. Avisei para Julie e Tom que havia dado tudo certo na entrevista e que já estava no trem retornando. Demorei alguns minutos para chegar ao Grand Central e Caramba, aquele lugar era estrondoso! Suas colunas douradas e janelas extensas, com aquele teto deslumbrante faziam com que eu me sentisse muito pequena. Era tanta gente passando pelo lugar que não conseguia me movimentar muito bem. Até que senti uma mão se juntando a minha e olhei para encarar quem fazia aquele gesto. E é claro só podia ser o senhor Hiddleston.

Ele sorriu para mim largamente enquanto caminhávamos para a saída do local. Paramos em uma das colunas e não pude conter uma vontade avassaladora que eu estava de dar um abraço bem apertado nele. E assim o fizemos em silêncio só curtindo aquele momento. Aquele abraço era o melhor lugar para se estar e eu só gostaria de morar nele. Desfizemos o gesto e dei um pequeno soco em seu ombro sentindo o tecido de seu blazer:

-Por que você não me disse que chegaria hoje, hein, senhor Tom? – fiz uma pausa enquanto ele fazia uma cara falsa de dor – Poderíamos ter marcado em um lugar mais tranquilo.

-Mas assim não seria uma surpresa – ambos sorrimos e ele continuou – Por isso, surpresa! – disse animadamente e eu não podendo deixar de sorrir com aquele poço de fofura. Ia morrer de tanto açúcar no meu sangue daqui a pouco! – E você sabe né – fez uma pausa – que não tive tempo de comprar nada para te dar de aniversário – fiz uma cara falsa de brava tentando parar de sorrir – Porém, planejei um roteiro de passeios para aproveitarmos esse dia tão especial – Tá, não havia pessoa mais fofa nesse universo que não fosse o Tom. Só consegui dar mais um abraço nele e agradeci sussurrando em seu ouvido. Hiddleston então depositou um beijo no topo da minha cabeça e fomos almoçar.

Comemos um hot-dog e seguimos para o Museu de História Natural. E, minha gente, que museu da p@rr&$ viu! Era lindo demais. Seguíamos pelas ruas de New York observando o Empire State Building e tantos outros prédios gigantescos em meio aquela correria de pessoas. Andamos muito por toda Manhattan e, como sempre, conversamos muito. Ele me contava o que podia sobre as gravações e como estava animado para continuar e encontrar com o resto da equipe. Eu relatava tudo o que tinha acontecido na sessão de fotos, na de autógrafos, na entrevista incrível com André, Henry e Neil e no restante dos eventos dessas últimas três semanas.

Enquanto tomávamos um delicioso sorvete de flocos, eu vi que realmente amava estar com o Tom. Nós nos entendíamos tão bem, falávamos de tantas coisas sem nenhum tipo de filtro ou medo. Era uma intimidade construída de um laço de amizade muito importante pra mim. Nossa relação era baseada em cumplicidade e companheirismo. Não precisávamos de demonstrações públicas de carinho ou seguir qualquer padrão. Ao longo do tempo, vi que ele era uma pessoa comum (apesar de ainda ser o homão do Tom Hiddleston!) com suas fraquezas, seus momentos tristes, felizes, de frustração, cansaço, angústia. E percebi que a menor das suas belezas era a exterior. Sua vontade em ajudar as pessoas seja na Unicef, quanto seus fãs era algo tão lindo de se olhar e entender o motivo dele ser um exemplo pra tanta gente. Aquela fase de fangirl já havia passado e agora eu enxergava que ele era perfeito, mas não por ser o ator super estrelado de Hollywood Thomas William Hiddleston, mas apenas por ser ele mesmo. Por ser tão sincero com tudo e todos. Tom tornava a frase do Will "Quando o amor é sincero ele vem com um grande amigo" realmente verdadeira.

Nossa última parada foi no Central Park, pois já estava anoitecendo e nós dois estávamos mortos de cansaço. Sentamo-nos num dos bancos e respondia as mensagens fofas de aniversário que recebi dos amigos e da família.

-Ai, Tom, não sei como você consegue ficar tanto tempo longe da sua família assim. Estou aqui a menos de um mês e já estou morrendo de saudades – sorrimos singelamente.

-Pra ser sincero, nem eu sei como aguento tanto tempo. Acho que é costume – fez uma pausa colocando as mãos envoltas de mim – Mas tem alguém que ainda não me acostumei a sentir saudade – sorri timidamente, então ele se inclinou levemente e me deu um beijo suave. Já fazia tanto tempo desde o último "beijo" que nós demos (que na verdade nem foi um beijo propriamente dito já que ele estava no corpo do Loki) que eu tinha esquecido como havia sido bom. Prosseguimos com aquele gesto até que ele se afastou e me encarou. Ambos sorríamos iguais a dois bobos apaixonados. Encostei minha cabeça em seu ombro e apenas disse baixinho:

-Esse é o melhor presente de aniversário que você poderia me dar. Obrigada.