- PORQUE EU TE AMO SEU JAPONÊS IDIOTA
- Sicheng, porra. Por que me bagunça desse jeito? - vi melancolia em seus olhos.
- N-não...
Eu JAMAIS havia visto alguém chorando de um jeito tão triste, ainda mais para um cara como o Yuta. Ameacei chorar, e assim fiz. Por fim, nós dois, quase sem expressões algumas, caímos ao chão.
Eu apenas desejava estar morto e aposto que Nakamoto também. Entretanto, sentei-me ao lado dele, apoiei minha cabeça em seu ombro e agarrei seu braço esquerdo.
três e cinquenta e oito.sete e quatorze.
Não podia acreditar que adormecemos na rua, que merda. Como mendigos. Senti dores pelo mau jeito, dores de cabeça, e a que mais doía: olhá-lo.droga
Alguns instantes depois de mim, Yuta acorda, ainda cansado, exausto. Trouxe-o para dentro de casa, já que o tempo não era dos melhores. Fiz um café da manhã básico.
- Não estou com fome - tossiu quase vomitando.
- Mentira , coma. Está tudo bem?
- Nunca estive melhor - sorriu triste.
Andei na direção dele e após uns minutos percebi que tosse aumentava e sua respiração dificultava.
- Você não parece nada bem, vamos ao hospital - levantei e abri a porta de entrada para que ele passasse.
- Sicheng, não se importe.
- Se estiver pensando sobre a madrugada, esquece logo tudo isso e vamos. Eu imploro.
- Ok, mas não é nada.
Então pegamos o metrô com destino ao hospital. Era cedo, estava pouco cheio, sem problemas. Pegamos um médico de plantão. Eu ficava ansioso sem motivos, claro, tudo certo com nós.
A consulta foi tranquila, exceto pelo fato do doutor ter pedido uma infinidade de exames de urgência que deveriam ser feitos ao longo na semana e na próxima seriam entregues. E eu acompanhei Yuta em cada um deles.
A semana tinha se passado e uma dor em seu peito havia chegado, as tosses aumentavam, perdeu peso, exaustão constante. Cigarro? Escondido, mas eu sempre via. Dor, como doía, meu deus.
Parecíamos múmias na segunda consulta; ladeira abaixo. O médico olhava os infinitos papéis que trouxemos. O meu japonês brincava com as mãos. Eu estalava os dedos incessantemente. Segundos depois, fui chamado para o corredor fora da sala, sem Yuta.
- Bom, - suspirou - o pulmão dele não está em um bom estado, na verdade, seria bom mesmo que ele parasse totalmente de fumar, já que isso pode levar a inúmeros problemas inclusive o câncer. Mais um passo e tudo pode desmoronar.
E foi aí que a ficha caiu, não conseguia me sustentar em pé, tropeçava, queria vomitar, chorar, morrer. Como pude ter deixado isso acontecer? Como pude ter sido tão egoísta e só ter pensado em quanto isso só me atrapalhava? Agora Yuta corria sérios riscos de saúde e fui eu quem deixou tudo continuar.
Senti que a partir daquele momento, eu deveria dizer o quanto o amava. Mal sabia o porquê, só sentia na necessidade de querer tê-lo comigo para o resto da minha famigerada vidinha.
Tem coisas na vida que acontecem porque o universo quis assim. E se o universo for ele, eu acredito nessas forças. A gente só vive uma vez e apenas nesse momento que me dei conta de que não seria capaz de perdê-lo por nada nesse mundo. Eu o amo tanto.
A gente ia passar por tudo aquilo? Não tinha a mínima ideia. Ele ia consegui parar com aquele vício? Não, não mesmo.
- E aí? Como foi lá? - perguntou Yuta sem muita ansiedade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
cigarettes ೃ✧ yuwin
Fanfictionquanto mais yuta fumava, mais repugnância por cigarro sicheng tinha. based on no smoking by sunmidiots