oito

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Eu não sei o que deu em mim, mas meu rosto ficou queimando, então eu simplesmente coloquei a touca da minha jaqueta e soltei uma breve desculpa para irmos até a pista de dança. Não queria ficar tenso ou nervoso. Não ali. Não naquele momento.

- Ah, ok. - O japonês soltou, tipo "tô nem aí", e fomos em direção à um bolo de gente quase se matendo. Costumam chamar de "balada".

- Eu não sou de dançar.

- Então por que diabos você quis vir pra cá, Sicheng?

- Pra te ver dançar.

- O QUE?- AI, O SOM TÁ MUITO ALTO! VOCÊ TÁ ME OUVINDO?

- TÔ, SICHENG. TÔ TE OUVINDO CLARAMENTE. AGORA REPETE.

- EU PEDI PARA ME BUSCAR UMA BEBIDA, POR FAVOR.

E mais uma vez, Dong Sicheng, o covarde. Sempre que soltava alguma que demonstrava afeto, eu me arrependia, pensando que ele poderia me achar atirado, então simplesmente desviava. Havia passado muito tempo desde que Yuta fora buscar minha bebida, me senti na obrigação de verificar aonde ele estava. Logo, fui na mesa de bebidas e não o encontrei. OK. Tudo sob controle. Continuei procurando por aquela área até encontrar um garoto que eu chamava de "menino grandão amigo do cara bonito que faz faculdade de medicina". Eu não o conhecia, mas ele provavelmente sabia quem era Yuta, deveria tê-lo visto.

- Vi... - O garoto respondeu quando perguntei se havia visto o japonês.- Tá, mas... onde?

- Ali - apontou para um canto que ficava uns cinco passos de onde eu estava o esperando e simplesmente me amaldiçoei por não ter percebido Yuta ali. Agora já não estava mais - mas logo uma menina apareceu. Eu o vi revirando os olhos e mais nada.

- Meu Deus, muito obrigado pela informação! - Dei dois tapinhas no ombro do menino e saí de perto.

Agora eu sabia que o menino estava perto de mim até que uma menina veio o perturbar. Na verdade, eu não estava surpreso considerando que ele era paquerado por metade da população feminina daquela faculdade. Claro que eu não desisti de procurar pelo garoto. Vai que a menina sequestrou ele, aí ela o esfaqueou até morte pra fazer uma sopa de japonês com ervilhas? Nunca se sabe.

Depois de meia hora achei Yuta no quintal da casa, fazendo o quê?Fumando, claro. Ele fumava de costas para a parede, olhando para um ponto fixo, sem me encarar por um segundo.

- Eu não acredito que você me deixou te esperando esse tempo todo pra vir fumar...

- Eu só estou pensando, Sicheng.

- Pensando no quê? Pense depois! Vamos para dentro! - Falei animado e ele continuava na mesma posição. - Vamos, Yuta. Me diz o que aconteceu! O menino grandão amigo do cara bonito que faz faculdade de medicina já me disse que te viu conversando com uma menina.- Não foi nada fora do normal.

- YUTA! - Gritei. Já não o aguentava mais enrolando daquela forma.

- Ela pediu pra ficar comigo. - Ele finalmente me olhou.

- Ah então você não estava aqui fumando, certo? Você veio aqui ficar com ela... - Depois de "juntar as pecinhas", me virei e saí dali sem deixar Yuta argumentar.

Enquanto andava em meio a multidão, pude ver o japonês vindo atrás de mim, acelerei o passo, mas não adiantou. Senti uma mão gelada nos meus ombros e já sabia que era ele.- Sicheng. - Encarei-o.

Quando o olhei, fui surpreendido por seus lábios se juntando aos meus.

*ೃ✩

olha só quem voltou depois de meio século!!! primeiro beijo yuwin♡♡♡ beijocasssss

cigarettes  ೃ✧ yuwinOnde histórias criam vida. Descubra agora