(Revisado)
Vinicius
Tinha acabado de chegar no Rio e já tinham me importunado. Sei que ela só tinha me pedido um favor mas não estava em um dos meus melhores dias, confesso que ela tinha mexido comigo, aqueles olhos não passavam despercebidos.
O meu carro tinha acabado de chegar, peguei e fui direto para o apartamento, so queria um banho e uma cama.
Maitê
Era meu primeiro dia na revista, estava super anciosa, e confesso que com um pouco de medo, não conhecia ninguém todos os meus amigos ficaram para trás, estava literalmente sozinha.
Como o meu carro ainda não tinha chegado, e eu ainda nao sei pegar ônibus nessa cidade, eu chamei um táxi. O prédio em si não ajudava, ele estava todo decaido precisando urgente de uma refórma, e como eu sempre digo "O que realmente importa é oque está por dentro... Mas a fachada sempre ajuda."
Entrei e logo fui recebida por um porteiro super mal educado, entreguei o cartão que me deram antes de eu vir, e ele apesar de reclamar me deixou passar.
Quando eu entrei no jornal, dei de cara com uma sala totalmente vazia, com mesas espalhadas e toda desorganizada, o que salvava era uma mulher que assim que me viu veio correndo.
— Desculpa senhora não ter ninguém aqui para recebê-la, é que o pessoal aqui da revista não vem trabalhar o resto da semana, eles só vem na terça para entregar o editorial, e depois você não os vê mais - ela disse isso em apenas uma lufada de ar.
— Espera, por favor se acalme, respira... isso. Em primeiro lugar senhora está no céu, meu nome é Maitê, segundo porque eles deveriam estar aqui para me receber?
— Porque a senho... desculpe, você é a nossa editora-chefe.
— O QUE? - não estava acreditando nisso - eu achei que viria trabalhar como uma colunista normal.
— O ultimo editor-chefe se demitiu por não conseguir lidar com a falência, na verdade o nosso jornal só está de pé ainda por causa do dono que ainda tem esperanças, e eu acho que você é a última.
Ainda estava um pouco inconformada , mas já que ele acredita que eu posso fazer isso, então eu vou fazer isso, nem que eu gaste todas as minhas energias.
— Muito bem então, mãos a obra. Você poderia me informar onde é minha mesa?
— Você quis dizer sua sala? - apenas assenti - ok por aqui.
— Muito obrigada, agora você pode tirar um dia de folga, pois pelo que percebi é a única que vem todos os dias.
— Obrigada Maitê, se precisar de mim, meu telefone está no bloco de notas.
Antes do meu pai morrer ele me ensinou varias coisas e uma delas era como desmontar peças, após a saída da moça encontrei umas caixas, em uma sala com vários entulhos, que alias daria um jeito mais tarde e fui arrumar minha mais nova sala. Para começar foi procurar com o pessoal da limpeza alguns utensílios, dizem por aí que tenho mania de limpeza, mas isso é uma calúnia total (RS). Depois de limpar cada canto mudei tudo de lugar, não tinha muita coisa, apenas uma mesa velha e um computador mais velho ainda. A mesa eu consigo algum resultado, pois apesar de velha era conservada, mas o computador não teve jeito.
Voltei para sala dos entulhos e encontrei duas poltronas que serviriam por enquanto, e as posicionei em frente minha mesa.
Passei boa parte da minha quarta-feira dentro daquela sala, arrumando e desarrumando, usei o que consegui encontrar, e acabei descobrindo que aquela um dia fora uma sala de reuniões. Liguei para uma empresa de móveis, e com a verba que tinham me deixado, consegui cadeiras novas para todas as mesas, e para a sala de reuniões.Depois de tudo no lugar eu fui organizar o resto da revista, abri todas as janelas, organizei todos os papéis e limpei todas as mesas, isso até a hora do almoço.
Decidi procurar na internet algum bom lugar para comer, e descobri um barzinho, que para minha alegria ficava a duas quadras do jornal.
Era um lugar super confortável, e com um atendimento incrível.
Após a moça que me atendeu saiu resolvi ligar para o pessoal em Las Vegas, provavelmente eles estarão chegando agora na revista, Verônica atendeu no segundo toque. Ficamos conversando até minha bebida chegar, e ela ter que desligar para trabalhar.
Enquanto esperava a comida, peguei o meu bloquinho, que sempre está comigo, e começo a ter ideias para a revista renascer com tudo.
A comida daqui é divina. Quando terminei de comer, resolvi dar uma passada no litoral, não ficava tão longe, iria pedir um táxi, mas decidi caminhar, e isso foi uma ótima ideia, pois encontrei varias lojas pelo caminho, e resolvi comprar algumas coisas para dar um "tchan" na revista, até porque em lugares que as pessoas se sentem bem, elas trabalham melhor.
Quando cheguei e comecei a caminhar pela praia, encontrei com vários vendedores, e por incrível que pareça, não conseguia mais andar de tanta sacola que eu carregava, resolvi parar em um quiosque para tomar uma água.
Depois da água, estava voltando para a revista, mas ao sair dei de cara com o cara do aeroporto, as sacolas foram parar nem um pouco graciosamente aos nossos pés.
— Desculpa eu estava distraído, devia ter prestado mais atenção - ele diz logo se abaixando pra pegar, eu abaixo pra pegar também e quando estamos levantando, é aí que percebo que ele está sem camisa, totalmente nu da cintura pra cima (claro que eu já tinha visto vários homens assim, mas esse em especial, uou).
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Difícil de Explicar
RomansaMaitê é uma garota jovem, que se muda para Las Vegas em busca de uma vida melhor. E quando ela acha que isso acontece ela é transferida para o Brasil, mais especificamente no Rio, para trabalhar em uma revista que está prestes a ruir. Vinícius é...