●Capítulo 03

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● Vaga lembrança...



- Atualidade

Para tomar uma decisão, Domênica precisava de equilíbrio. Ela não queria demonstrar fraqueza diante de uma pessoa que não conhecia seus monstros, porém, seus conflitos não lhes davam uma trégua. Todos esses anos, ela não teve um descanso. Colocou os talheres em volta dos pratos, não conseguiu levar uma colher do alimento na boca, suas mãos pareciam tremerem. Assim como os seus lábios. "Agora era a hora de sair da inércia, ser forte e pôr para fora o mais cruel dos seus pesadelos. Não existiam promessas de renovação, consolo que á fizesse planejar com profundidade uma possível férias."

- Filha... - Alice á chamou com cautela. - tudo bem?- Perguntou, sem nenhuma resposta. - Dom!? - A mãe se levantou e foi até ela, reconhecia quando a filha estava prestes a ter um surto.

- Filha!! - Ela tentava conforta-la. - Quer voltar para o seu quarto!? - Falou com a voz embargada. Alice sabia exatamente onde Lucas estava, ela olhou para a direção do vidro. O marido estava tenso, de alguma forma, espera o reconhecimento... Luciano Avellar, não era qualquer nome. Pensava ele que teria controle sobre isso. Observou- a, olhar para os lados. Lucas estava proibido de aparecer e estragar a estratégia que Dilan havia construído. Mesmo ele sendo o único a saber lidar com tudo isso.

Júnior, não entendia o que estava acontecendo, embora soubesse que podia dar merda a qualquer momento. Ele olhou para Luciano, notando uma certa ruga de preocupação nele. Junior também desejava que sua irmã deixasse de ter pesadelos e desse uma oportunidade ao destino. Ele queria segurar a sua mão, todavia, nunca pode apagar o que houve. Aquilo, era o escuro da sua vida, ele nunca ia conseguir acender uma fagulha de esperança, na qual sua irmã pudesse se apegar. Por outro lado, Luciano temia ser reconhecido, como o filho de um corrupto e irmão de um sátiro que tinha imenso prazer em fazer pessoas sofrerem. Ele não era igual. Porém, acreditava que aquilo não ia fazer diferença para Domênia. Isso, podia estragar os planos.

Junior estava sentado ao seu lado, ele pigarreou e disse: - Não se preocupe, ela tem muitos pesadelos, mas, é coerente sobre tudo.

- O que, quer dizer!? - Luciano o questiona.

- A minha irmã, é distinta ao ponto de suportar tudo, para que não passemos vergonha diante dos problemas que teve, ela é fiel aos seus objetivos, se esta aqui, é porque sabia que podia sobreviver a uma visita ligada ao seu passado.- Luciano, abaixou o olhar, sentiu um incomodo momentâneo, por terem ligado ele a tudo o que sofreram. Ele levantou os olhos para ela, piedoso contemplava a sua beleza exótica. Ela parecia ser parte de tudo aquilo que estava a sua volta, cada móvel, cada flores naquele jardim, e cada objeto exposto naquela mansão combinava com sua beleza. Se princesas de contos existissem, Luciano a assimilava a ela. - Mãe... - Luciano havia ouvido a sua voz, fraca e precisa.

- Estou aqui, filha... estou aqui...

(***)

⦁ Primeiro ato de um relato...

- Eu,... eu, me lembro, mãe... sempre lembrei de tudo. - A mãe olhou para o marido, depois, para o rapaz no outro lado da mesa. Fez um sinal imperceptível para leva-lo ao escritório. O almoço daquele dia havia sido cancelado. Dilan se levantou, assim como Junior e a visita também. - Fiquem... Domênica ordenou.

"Fidelidades são valorizada profissionalmente de maneira em que você seja cauteloso em não se tornar escravo de situações altruístas. O segredo é agir de forma considerada confortável." Lucas não era homem de sentar e assistir um show, se não fosse do seu interesse. Ele tinha paciência de deixar uma presa se mover, como peças de um tabuleiro de xadrez. A qualquer momento ele daria o seu xeque-mate pacientemente. Viu os ânimos se acalmarem ao primeiro movimento e sorriu. "A sua dama havia se autocontrolado..." — Sorriu satisfeito. Estava de frente para Luciano e Junior, através do espelho ele lia os lábios e as expressões comportamental. A peça inimiga parecia ter controle, embora estivesse tão incomodado quanto a mãe da Dama...

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