● Capítulo 02

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Este capítulo tem relatos fictícios de violência sexual e relatos do mais terrível desastre natural de todos os tempos. O Tsunami de 2004 na Costa da Ásia. Nesse caso também fictícios baseados em relatos pesquisados. Se for sensível e se for gatilho para algum trauma eu aconselho não ler. Me desculpe... 

● Alguns anos atrás

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● Alguns anos atrás...



Aos quatorze anos, Domênica havia apontado todos os culpados por seu sequestro e a violência que havia sofrido. Cada detalhe, foi relatado em uma sessão de psicanálise. Seus pais ficaram aterrorizado por ouvir aquele nome. - Marcelo Castro, foi ele quem me penetrou pela primeira vez... eu estava dopada com alguma coisa branca que ele injetou no meu braço. Mas, estava acordada o suficiente para sentir dor e vê o que ele fazia. Eu fui filmada por eles, em um celular... depois de Marcelo, cada um teve a sua gloriosa vez. Foram varias e varias vezes... as vezes, um deles... outras, dois ou três... eles não paravam. Eu tentei matá-los, tentei matar-me... no entanto, estava cada vez mais fraca, debilitada e eles diziam que eu estava viciada... na droga e no sexo. Eu,... não sentia nada, nem mais dor e nem mais vontade de viver... Desejei morrer e a única coisa que me fazia suportar era o liquido branco, leitoso injetado cada vez com dose maiores, me fazia dormir e não ver mais, o que faziam em meu corpo... Eu sei que o vídeo foi passado de celular para celular com chacotas e deboche de como eu fiquei... deformada... viciada... Eu estava um lixo e foi assim que acordei dentro do contêiner em um lugar que eu não reconheci. Minhas roupas fediam e meus cabelos estava podre, fui roída por ratazanas... andei como um zumbi. Sentia meu hálito podre e tive nojo de mim... subi na ponte mais alta eu achava que fosse alta o suficiente e me joguei de lá... ou imaginei ter me jogado. Eu acordei dias depois, em um barraco com crianças aterrorizado com meu estado. de alguma forma elas conseguiram me limpa e ofertar alimentos... elas cuidaram de mim até eu ser apontada quando ia pedir esmola no farol. Alguém havia me reconhecido e gritado... - Hei, Domênica... eu, tão pouco sabia quem eu era... ou quem era aquela indigente que as crianças chamavam de fogo do sol... Depois disso tudo, alguém me abraçou dizendo que era a minha mãe... eu não lembrava de ninguém mais, nem de quem vocês eram e vagamente sabia que tive uma família algum dia...

Todos esses meses, eu guardei imagens de tudo que havia acontecido, como um pesadelo visto no filme de terror, inacabável... Os dias não passavam e... eu, não sabia que dia era quando acordei de verdade.

Então vi o executor de toda dor e terror pelo qual passei. Ele estava feliz, rindo em um iate no mar, com sua família e seu filho o abraçava. Então a explosão veio com tudo e eu quebrei a TV do meu quarto e tudo que vi pela frente, porquê... tudo o que eu via era os homens em cima de mim. Me violentando... eu estava solta, consciente e conseguia alcançá-los, em minha mente eu lutava contra cada um deles... mas, era meu quarto, meus móveis e minha família tentando me segurar. Eu tinha uma força que não era minha... mas, estava em mim...

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