● Capítulo 01

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⦁ Um ano depois... 

- Dom você não está pronta filha? Alice falava do outro lado da porta do quarto.

- Mãe... não quero esse noivado, não quero conhecer ninguém.

- Filha, não exagera não é um noivado. Você sabe que é importante para seu pai. Não sabe? Ele acha que será bom pra você conhecer... - A mãe havia dado uma pausa, ela também deseja que a filha tivesse seguido a sua vida como uma jovem da sua idade, que ela tivesse vivido os mesmo problemas e aventuras da adolescência, interesses em sair e namorar. Porém, Domênica não funcionou como todas as garotas... ela então, suspirou e respondeu; - ... pessoas?

- Meu pai não sabe o que é bom pra mim mamãe.

- Filha recebe o rapaz, ele é amigo do seu pai. Se não gostar tudo bem, damos a desculpa da dor de cabeça e você volta para seu esconderijo.

- Na política não existem amizades mamãe, existem aliados e quando digo que estou com dores de cabeça é porque estou. Não preciso inventar nada!

- É, eu sei. Você sempre esta com essa dores. tudo bem... cansei... seja o que for desça e fale com seu pai, como a adulta que é. Você já esgotou todos os meus argumentos.

- Que bom, que tal me deixar em paz então!

Domênica, sabia que quando seu pai queria uma coisa nada o fazia desistir, ele era amoroso e cuidadoso, queria que tivesse superado, seguido a vida. Ninguém podia saber que isso, era o certo a se fazer, ela tinha seus fantasmas e o candidato a noivo podia não entender seus medos e seus dramas, ela não gostava de falar no havia passado, nem mesmo seus terapeuta podiam entender. Há anos mudara o seu nome para, apenas Paula. O seu segundo nome. Apenas os íntimos sabiam o primeiro, aquele que ligava os fatos, que era a referência dramática pelo qual passou. Ela havia se tornado fria e distante e poucos conheciam o quão grande era seu coração.

As horas iam passando, Sônia uma das empregadas da casa havia passado por seu quarto algumas vezes, á lembrando que o rapaz estava na sala com seu pai. A mulher pedia pela misericórdia de Nossa Senhora Aparecida, que ela descesse. - O seu pai vai me matar! Senhorita. Por Nossa Santíssima Mãe, desça! - Ela sabia que Domênica era devota a Nossa Senhora Aparecida, que apenas por ela. Ela faria alguma coisa de que não a agradasse. Depois de tanto implorar e moça respondeu.

- Diga, que desço em cinco minutos Sônia. - A mulher respirou aliviada agradecendo a Santa pelo milagre concedido. Desceu as escadaria que tinha o formato de arco, a esquerda levava ao escritório do patrão, onde ele estava com o homem. A direta seguia as salas, subdivididas em salas de jantar e uma vasta sala para os chás que a família costumava receber as pessoas para coquetéis e reuniões de grupos. A casa era realmente imensa, ela só não se perdia entre uma sala e outra porquê, havia se criado dentro dela.

Sônia era arrumadeira, uma das responsáveis em manter a casa impecável, ela dava o recado ao patrão. - Senhor?... Domênica teve um problema com o vestido, mas já esta resolvido. Ela já vai descer.

- Poxa! O que há, com a droga do vestido ela tem tantos, por quê, não usa qualquer um. - A mulher deu de ombro e saiu o mais rápido que pode, antes que a mandasse busca- lá e ela tivesse que subir as escadaria novamente.

Notando a insatisfação do marido, Alice disse com o sorriso encantador. - Querido, você sabe como são as moças com vestido. - Ela retirou os copos vazio das mãos dos dois e os convidaram a seguir para a sala de jantar.

- Vocês tem uma bela casa, Dilan. - O rapaz observava a escadaria e os moveis fino no saguão que separava uma escada da outra. Havia poltronas em cores que puxava o rosa antigo em pelica aveludada, as plantas que ornamentava o ambiente e o tapete no tom azul que combinava com a tapeçaria das duas escadas pendentes. - É realmente magnífico! - Ele diz observando as obras de arte na parede.

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