Prólogo

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Nós somos todos
feitos de poeira de estrelas
- Carl Sagan

Eu sempre gostei de Saturno, seus anéis gelados o tornam diferente dos demais planetas, seus pequenos detalhes, como a pequena tatuagem no antebraço esquerdo, o tornam singular. Com minha luneta o vejo de longe se aproximando cada vez mais, se eu fosse tão esperta quanto julgava teria o impedido o quanto antes. Saturno, assim como eu, costumava usar All star azuis, talvez esse seja um dos motivos para eu me dar por vencida e o deixar entrar.

Marte, no entanto, sempre me pareceu inalcançável, mesmo tão próximo e colorido, se tornava inabitável e sem cores quando visto de perto, embora tão próximo parecia dançar em uma órbita diferente da minha. Marte sempre tão explorado por todos, não parecia interessado quando um astronauta intrometido tentava se aconchegar dentro de si. Ele não era comum, além de planeta era constelação, com pequenas sardas que quando espalhadas pelo seu rosto se tornavam uma tela com respingos de tinta. Marte sempre foi arte.

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