• 2° - ...É sério mundo, você já pode parar. Tipo, agora!

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Notas iniciais do capítulo

Ai gente, to tão feliz de postar esse capítulo, sério! É simplesmente um dos capítulos mais fofos que eu e a Janis já escrevemos (e uma das cenas mais fofas da fic tb)! Espero que vocês curtam muuuuuuito!

P.S.: O título em negrito é o nome do capítulo inteiro (sim, ele é realmente grande!).

P.S.S.: Liberem a música quando aparecer *** ok?

♡♡♡


Como se ter uma amiga poliglota já não fosse o suficiente, o Olimpo resolve me presentear com um padrasto antissocial. É sério mundo, você já pode parar. Tipo, agora!


"Espero que saiba que você não pode fugir Cammy, mais cedo ou mais tarde nós iremos te encontrar."

Me revirei na cama de novo. Eu vinha acordando e voltando a dormir de tempos em tempos. Agora, por exemplo, eram duas horas. Nada de mais, se não fosse às estrelas brilhando no céu, iluminando aquela imensidão negra. Bufei pela milésima vez. Até Urano parecia querer me punir, afinal de contas.

Pegando um dos dez travesseiros socados em minha cama, coloquei um deles na cara e gritei. Pra caramba. Não queria ficar acordada. Já havia percebido há algum tempo que dormir me tirava daquele lugar maldito. Dava-me esperanças para continuar aquele jogo perverso e sádico, onde a cada dia mais me via afundando, como em uma verdadeira areia movediça. E foi por isso, que quando Flora e Francis vieram me acordar lá pelas nove da manhã eu as dispensei. Nada de café da manhã com semideusas burras que largaram tudo pra vir atrás de um retardado. Dormindo eu fico longe de toda essa falsidade. É o único refúgio que tenho agora, o que chega a ser irônico, já que eu sempre tive medo de sonhos.

- Camille?

Reconheci a vozinha de Flora.

Grunhi pra ela e tive a impressão que ela dera um passo pra trás, assustada. Isso me fez rir contra o travesseiro.

- O que é, Flora? Já disse que não vou sair dessa cama hoje.

- Eu sei, senhorita... mas é que – ela fez uma pausa, e eu ergui a cabeça pra encará-la. – Bom...

- Fala, Flora. O que?

- Você tem visita – disse olhando pra baixo. – Visita divina.

- Ah, não me diga que é o tonto do Apolo! Se for, pode mandar embora! Ou melhor, o mande ir...

Antes que eu dissesse algo impróprio (Flora estava com os olhos mais arregalados que a Lua) ouvi uma voz paternal e elegante chamar meu nome. Franzi as sobrancelhas, confusa. O que será que ele queria comigo? Aposto que era pra filmar como eu estava.

- Diga que já vou.

Flora fez uma reverência e foi pra porta. Revirei os olhos. O que tínhamos discutido sobre referências? E sobre o termo senhorita? Parecia que ela ficou tão assustada com o meu comportamento que esqueceu que temos intimidade.

Suspirando, levantei da cama e fui pro banheiro. É bom que Hefesto tenha vindo com o microfone e o cameraman mesmo. É hora de dizer umas verdades sobre Apolo e sobre todo esse circo. E se quiserem me matar por isso, que matem! Eu literalmente caguei pros olimpianos, especialmente minha mãe e aquele cabeça de bagre loiro.

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