• 2° - A fantasia de carnaval do Rei Midas

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Notas iniciais do capítulo

Como prometido, cá estamos nós! Postando em pleno domingo a noite! É o último capítulo de ASDA desse ano, gente! Olha que emoção! Nossa meta é escrever cada vez mais e ter muitos capítulos prontinhos para serem postados, por isso já vamos começar a trabalhar no próximo.Sem mais delongas, boa leitura!P.S.: agradecemos enormemente as pessoas que comentaram no capítulo passado. Vocês são muito especiais!

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Apolo

Empurrei os óculos escuros para cima com o dedo e cruzei os braços. Estava cansado. Correção: não ter a posse total dos meus poderes me casava. Eu me sentia como um semideus, um fracote sonolento e com fome. Tudo o que eu queria eram duas fatias de pizza, uma coca e um cochilo. Tudo. Será que é pedir demais?!

Quando eu voltar a ser perfeito, decidi comigo mesmo, vou dar duas fatias de pizza a cada semideus na face da Terra. Será um dia memorável, entrará para o calendário olimpiano como feriado e se chamará Feriado da Pizza do Apolo.

Ah sim. Eu com certeza faria isso.

- Por que está com esse sorriso de babaca, Apolo? – perguntou Ártemis, de cara feia. – Milhares de sátiros e faunos estão enfermos, resultado de uma doença desconhecida e por isso misteriosa que tem como principal característica a disseminação rápida, quase em um piscar de olhos, isso tudo sem sabermos o porquê, e você fica aí rindo com essa cara de paspalho? Por favor, me conte aonde é que está à graça, quero rir também!

Ok. Ártemis estava puta.

- Nada não... – Ajeitei a coluna, ficando com a postura reta na cadeira. – Você sabe, eu amo os sátiros. Realmente amo. E não é só porque matei aquele tal aquela vez... bom, foi uma exceção, porque ele teve a ousadia de me desafiar e você sabe como me sinto sobre isso. Mas fora a ele, eu adoro sátiros! Quer dizer, pergunte ao Oliver, meu sátiro mordomo, ele vai totalmente confirmar isso! Eu sou um amante dessas criat...

- Esse é um assunto sério, Apolo – Atena interrompeu, as sobrancelhas arqueadas de modo apreensivo. – Não é momento para outra de suas diversas brincadeirinhas. E isso vale pra você também, Hermes! – lançou um olhar de ódio na direção do meu irmão, que parou de brincar com o seu caduceu no mesmo instante. – Precisamos descobrir o que está acontecendo. – e com seu ar de sabe tudo acrescentou. – Caso não tenham percebido, a nossa sobrevivência necessita deles!

- Eu sei que é sério – me irritei. – Por que vocês acham que eu não levo nada a sério?

Do outro lado da mesa, Ares soltou uma risada. Sem pensar, peguei um naco de ambrósia e joguei nele. Ele se esquivou, fazendo com que o naco acertasse em Hades. Este respirou fundo.

- Ás vezes acho que teria sido melhor continuar não sendo tão importante a ponto de ter que assistir a essas reuniões.

Mordi os lábios para prender o riso. Sabia que, se risse, ele levantaria da mesa, e meu pai nem ninguém tentaria me proteger de sua fúria. Hades, por sua vez, continuou:

- Quer dizer, é por isso que a minha filha está concorrendo?

Estava pronto pra soltar um grito de protesto (como assim, isso? Eu sou perfeito!) quando Hera berrou.

- Tire esses óculos, moleque! Estou sem paciência hoje.

A vontade de rir passou, e de repente eu só queria revirar os olhos como aqueles semideuses fracos e preguiçosos fazem o tempo todo. Mas obedeci minha madrasta. De repente, todos na mesa me olhavam com certo cansaço, como se estivessem impacientes e eu os fizesse perder a paciência. Todos, exceto por Ares que morria de rir ao lado do tio Poseidon, este sério como os outros. Por que, em nome do raio, ninguém brigava com ele?!

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