11 - Hipócrita

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Jumpsuit - Twenty One Pilots

Não consigo acreditar no quanto odeio
As pressões de um novo lugar vêm na minha direção
Macacão, macacão me dê cobertura
...

Espíritos no meu quarto, amigo ou inimigo?
Senti isso na minha juventude, e sinto quando estou velho
Macacão, macacão me dê cobertura

"Evelyn"

Estou sentada no meu quarto, já são quase três horas da tarde... Terei de voltar para a casa da minha mãe às seis da tarde. Nessas horas a tristeza toma conta de mim, pois eu amo ficar com meu pai! (Isso já está mais que claro).

De repente eu começo a chorar. Para minha surpresa, meu pai entra logo que as lágrimas derramam sobre meu rosto. Ele se aproxima com o semblante preocupado, até entendo, porque eu não sou de chorar na frente dele. Ele se sentou ao meu lado, então eu o abracei, coloquei toda a minha emoção naquele momento, fico feliz em ter ele ao meu lado.

Carlos - Por que está chorando?

Eu - É ruim saber que hoje é Domingo... Não quero voltar para a casa da minha mãe, pai.

Carlos - Mas, você não vai voltar. - Logo me soltei do abraço e olhei para ele assustada.

Eu - Como não?!

Carlos - Sua mãe me ligou. Ela me disse que você vai ficar aqui por tempo indeterminado.

Eu - Não acha suspeito? - Olhei para ele com um ar de curiosidade.

Carlos - Evelyn, com todo respeito... Eu não espero mais nada da sua mãe. - Percebi que ele ficou um pouco sem jeito. - Ela tem os motivos dela e eu não quero me meter nisso.

Eu - Só quis comentar... - Abaixei a cabeça, envergonhada.

Carlos - Desculpa, filha. - Ele levantou minha cabeça. - Não sabia que iria te deixar assim.

Eu - É que eu odeio o fato de ter que conviver em um lugar onde eu tenho que ir para a casa de cada um de meus progenitores, é estranho.

Carlos - Infelizmente o mundo é assim, Evelyn. Pessoas traem, casais se separam...

Eu - Mas acho que deveríamos mudar de assunto. - Quando me calei um flash e um estrondo surgiram. O barulho era infernal, junto com a luz extremamente forte. Tudo durou mais ou menos dez segundos.

Meu pai foi para a janela do meu quarto para ver o que havia acontecido, ele ficou olhando para fora por um minuto. Depois de um tempo, ele foi para a porta.

Carlos - Vou ver o que aconteceu lá fora.

Eu - Tome cuidado, pai.

Ele saiu e eu fiquei no meu quarto.

"Gabriel"

O Amitiel me levou para um lugar isolado, era um beco sem saída, sujo e escuro.

Amitiel - Eu tenho que admitir que menti sobre o "sair para ver a cidade". - Ele encostou-se na parede.

Eu - Mas, aonde você foi?

Amitiel - Conversar com meu irmão.

Eu - Todos nós somos irmãos. Especifique. - Comecei a ficar assustado, pois não queria saber demais.

Amitiel - Eu fui conversar com o Ezequiel. - Que?! Ele tá maluco?

Eu - Mas você mesmo disse que conversar com ele é um crime!

Ele É Um Anjo 2018 {Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora