Capítulo VII

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Dinah Pov

Após sair do banho, me direcionei até um dos espelho do banheiro e coloquei minha nécessaire em cima da prateleira do mesmo. Retirei o creme e fui passando um pouco no meu cabelo, uma música ecoava pelo o local e eu me remexia conforme a música.

– Ei! – Falei para o meu eu no espelho. – Você tá bonitona! – Fiz uma cara sexy.

Continue dançando toda desengonçada, de uma forma super engraçada na frente do espelho. Continuei passando o creme no meu cabelo e penteando o mesmo.

– Valeu! – Agradeci para o meu eu do espelho. – Eu tento me cuidar, né? – Fiz um olhar 43 para o espelho.

– Gosta da música? – Perguntei.

Comecei fazendo uma dancinha com as mãos enquanto eu remexi o meu corpo de uma forma sensual.

– Oh! – Fiz um resmungue nasal. – É mesmo. – Afirmei – Acha isso? – Comecei a dançar num ritmo mais rápido.

– Se chama química, e é o que temos. – Gesticulei com meus dedos apontando para o espelho e para mim.

Enquanto permaneci dançando sem parar, fingi cair e me agachei e me levantei rapidamente num movimento sexy.

– A Dinah não vai te deixar. – Soltei uma risadinha.

Permaneci dançando, a música estava com uma batida gostosa e me fazendo mexer sem parar, engraçada e desengonçada literalmente. Ouvi a porta abrir e parei na mesma hora fingindo estar colocando pasta de dente na escova.

– E aí, irmã. Viu minha mochila por aí? – Vero pergunta com uma cara de desconfiada para mim ao entrar no banheiro.

– Não vi não. – Respondi com desdém enquanto ficava olhando para escova de dente na minha mão.

– É, acho que está no meu armário. – Respondeu indo na direção do chuveiro com sua toalha no ombro.

Ao percebi que ela entrou no local para tomar sua ducha, respirei aliviada e voltei para frente do espelho para continuar fazendo o que parei.

– Onde estávamos? – Perguntei dando uma piscadinha sexy.

Comei a soltar meu corpo conforme a música, num movimento sexy sem ser vulgar, desengonçado e engraçado, porém muito sensual. Mexi a cabeça para o lado e para o outro, fazia o mesmo com os ombros.

Logo comecei a escutar a risada da Verônica preencher por todo ambiente e me dando um susto.

– Ah! Qual é, cara?! – Falei num tom de indignação. – Fica na sua! – Esbravejei.

– Uhuuuul. – Vero falou enquanto dançava de uma forma toda engraçada pra poder me irritar.

– Vê se não me amola!– Afirmei num tom raivoso. – Essa é a minha hora. – Vero se escangalhava de rir e estava me irritando. – Verônica! – Bufei irritada.

Lauren Pov

Já era de noite quando eu resolvi conversar com a Normani. Fomos até a cozinha do Corpo de Bombeiro para podermos conversar melhor enquanto tomávamos um café. Tinha alguns livros espalhados pela mesa em que estavam. Me sentei de frente para Tenente Kordei, que estava segurando sua xícara de café. 

– 40 dias? – Normani perguntou num tom calmo. – A Camila sabe? – Coloquei açúcar e comecei a mexer o meu café com uma pequena colher.

– Eu não vou contar, se ela quiser entrar com o processo, ela quem sabe. – Respondi colocando a colher na mesa e bebericando um pouco do líquido.

– Divórcio é uma coisa séria, cara. – Falou enquanto olhava fixamente para mim.

– Bom, se for para viver em paz... – Soltei a xícara sobre a mesa e me calei.

– Mas Lauren, você quer o tipo certo de paz? – Normani perguntou num tom sério.

– O que quer dizer com isso? – Fiz uma pergunta retórica.

– Sabe o que significa essa aliança aí? – Olhei para minha mão e bebi mais um pouco do café.

– Que estou casada. – Falei com desdém.

– É, mas também que você fez um pacto para vida toda. – Continuava bebendo o meu café enquanto olhava para ela. – Até colocou essa aliança enquanto fazia o juramento. – Permaneci olhando fixamente para ela. – O triste é que quando a maioria das pessoas prometem, na alegria e na tristeza, na verdade é só na alegria.

– Na verdade, nós estávamos apaixonadas, mas hoje, somos duas pessoas diferentes, tá legal? – Falei num tom grosseiro. – Não está mais dando certo.

Abaixei o meu olhar para os livros, enquanto um silêncio reinava entre mim e Normani.

– Lauren, sal e pimenta, são completamente diferente. – Falou enquanto pegava o saleiro e o pimenteiro. – A composição é diferente, o sabor e a cor também. – Respirou fundo – Mas você sempre os vê juntos. – Encostei meu queixo na mão e fiquei prestando atenção. – Espera um pouquinho.

Vi Normani se afastar junto com a cadeira e indo até o armário próximo para poder pegar a cola super bonder. Fiquei olhando sem entender o que ela queria fazer.

– O que está fazendo? – Perguntei enquanto olhava a tenente passar a cola super bonder no pimenteiro. – Normani! – Chamei atenção dela mas continuou fazendo. – Ei! – Falei indignada pelo o fato. – Por que fez isso?

Fiquei a olhando com uma expressão confusa enquanto a vi juntar o saleiro com o pimenteiro, forçando um pouco com força para ambos ficarem juntos e bem colados.

Narrador Pov

– Lauren, quando duas pessoas se casam é, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença... – A capitã respirou fundo.

– Eu sei disso. – Falou tentando controlar sua irritação. – Mas os casamentos não são à prova de fogo, as vezes se queima. – Respondeu e pegou sua xícara para tomar um gole do seu café.

– Isso não quer dizer que o fogo nunca vai ser aproximar. – Normani respondeu e direcionou o olhar para Lauren. – Mas se acontecer, você pode resistir.  – Concluiu olhando fixamente para amiga.

– Mas não precisava colar os dois. – A capitã pegou os dois frascos do saleiro e do pimenteiro para poder tentar desgruda-los.

– Não faça isso, Lauren. – A tenente Kornei pediu. – Se o separar, pode quebrar algum ou até os dois.

Lauren logo colocou os objetos bruscamente em cima da mesa novamente, olhou para a amiga e respirou fundo.

– Eu não sou perfeita, mas sou melhor que a maioria. – Soltou uma respiração pesada. – E se o meu casamento está assim a culpa não é só minha! – Afirmou numa forma raivosa.

– Mas Lauren. – Fez sinal de negativo com a cabeça. – Cara, eu vi você entrar num prédio em chamas para salvar gente que nem conhecia. – Respirou. – E vai deixar o seu casamento queimar até virar cinza? – Perguntou frustrada.

Encarou a mulata com uma expressão séria e irritada. Ficou quieta até que resolveu falar alguma coisa.

– Normani, você é minha amiga. – Pensou antes de continuar. – E eu permiti que você falasse comigo de igual para igual. – Fixou o seu olhar nos olhos da amiga. – Mas não abuse! – Afirmou concluindo.

Se levantou e foi saindo do local, deixando a tenente Kordei sentada e com uma expressão tristonha enquanto via sua amiga saindo pela porta, sem saber o que fazer para poder ajuda-la com seu casamento.

Desafio do Amor. (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora