Capítulo XII

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Acordei na casa de Giselle mas não demorei muito lá, me despedir dela por que tinha combinado com os meninos de ficarmos na casa de Izabel depois da aula conversando sobre a noite anterior.
Quando a aula acabou fomos ao mercado fazer umas comprinhas.

-o que vocês querem comer? -perguntei enquanto dirigia.
-por mim pode ser o mesmo de sempre, batata frita, refrigerante, salgadinhos e chocolates.
-por mim também.
-ok. Vou pegar umas bebidas também.
-vamos lá.

Quando chegamos no mercado Izabel disse que Sam havia mandado uma mensagem para ela, perguntando se poderiam se ver.

-respondo o que?
-chama ele e Cláudio para passar a tarde lá na sua casa -Amanda falou animada.
-por mim tudo bem -eu e Breno falamos.

Fomos comprar as coisas (em uma quantidade maior já que teriam mais pessoas). O mercado estava cheio então decidimos dividir tarefas para ser mais rápido. Breno foi pegar as comidas, eu as bebidas e Amanda e Izabel ficaram guardando o nosso lugar na fila do caixa.
Acabamos as compras e fomos direto para casa de Izabel arrumar tudo, tínhamos marcado com os meninos 16:00h e já eram 15:30, como sempre, estávamos atrasados.
Deu tempo de fazer tudo e as 16:00h já estava tudo arrumado, pensei em mandar uma mensagem para Giselle, saber se ela iria querer passar a tarde com a gente.

-Giselle? -falei pelo whatsapp
-oi.
-vamos passar a tarde aqui na casa de Izabel, quer vir? Eu vou ai te buscar.
-não amor, não estou me sentindo bem, só quero ficar em casa descansando.
-o que você tem?
-estou com fortes dores de cabeça.
-já tomou alguma coisa?
-já sim, fica tranquila, essas dores são recorrentes.
-então você tem que ir ao médico.
-não precisa.
-precisa sim, amanhã eu vou te levar.
-é sério amor, não precisa.
-não adianta reclamar, você vai e acabou. Beijos, a noite eu passo ai.
-ok.

Voltei para meus amigos e ficamos conversando enquanto os garotos não chegavam.

-e os meninos? São legais? -perguntei a Amanda e Izabel
-eu já conhecia Sam, sempre que nos encontrávamos nós ficamos, então não é nem surpresa, e Cláudio Amanda?
-quem diria em? Eu não suportava aquele garoto, mas depois de ontem... Até que ele é bem fofinho.
-fofinho né?
-sim, fofinho.
-vai ficar com ele de novo?
-talvez.
-ai ai, esses dois ainda vão render.
-também acho.
-mudando um pouco de assunto, da pra acreditar que faltam apenas 2 meses para a nossa formatura? 2 MESES E ESTAREMOS NA FACULDADE -falou Izabel.
-sim, meu Deus... Esse ano passou tão rápido, mas aconteceram tantas coisas -respondeu Amanda.
-sim.

Os garotos chegaram logo para cortar nossa conversa. Trouxeram comidas e bebidas que eu pensei até ser para mais pessoas.
Passamos uma tarde legal, Izabel ligou o som de ia de sertanejo a funk em alguns minutos. Eu e Breno ficamos apenas bebendo e dançando, enquanto Izabel e Sam ficavam se beijando em um canto reservado e Amanda e Cláudio no sofá conversando. Dava pra notar a intimidade dos dois por que Amanda estava com as penas em cima das de Cláudio, e ambos estavam de mãos dadas.
As horas passaram sem que eu percebesse e quando me dei conta já passava das 23:00h e eu estava bêbada demais pra dirigir até a casa de Giselle mesmo sendo a 4 quarteirões dali, então decidir dormir na casa de Izabel e mandei uma mensagem para me explicar com Giselle.

-vou ficar por aqui mesmo, esteja pronta amanhã às 07:00h por que eu vou te levar ao médico.
-ainda acho desnecessário.
-porque? Do que você tem medo?
-de muitas coisas.
-tipo?
-tumor.
-como assim tumor?
-minha mãe tinha tumor no cérebro e quando eu era mais nova ela me levou a um médico que disse que era hereditário, se eu não me cuidasse poderia adquirir.
-e você se cuidou?
-sim, mas esses últimos dias estou sentindo muita dor de cabeça.
-agora sim que vou te levar ao médico.
-estou com medo Eduarda.
-estou aqui tá bem?! Vai ficar tudo bem.
-ok.
-te amo.
-eu também te amo.

Fui dormir bem preocupada com Giselle, eu realmente esperava que fossem apenas dores de cabeça, por que eu não estava preparada para ver a mulher que eu amo ser diagnósticada com tumor. Fui dormir logo sem falar nada a ninguém para que chegasse o outro dia e o médico me dizer que não era nada demais, então eu rezei, rezei muito. "Deus, que não seja nada".

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