Com Amor, Michael.

Capítulo 2: Acusação de 1993.

Os momentos de Michael durante a acusação de pedofilia foram difíceis. Quando Michael convidou-me para ir a Neverland, o principal motivo de eu ter aceitado não foi para passar mais tempo com ele, mas sim ajudá-lo e apoiá-lo naquele momento. Durante nossas brincadeiras, Michael ria e sorria, mas seus olhos carregavam tristeza, mágoa. Se víamos os telejornais falando sobre, Michael corria para fora da mansão ou para seu quarto e pedia para eu não segui-lo; Ele não queria que alguém visse ele chorando.
O quarto o qual me hospedei ficava ao lado do quarto dele, e, por muitas noites, ouvia ele chorando. Nestes momentos de lágrimas, minha mente dizia para deixá-lo sozinho por um tempo, mas meu coração dizia para ficar com ele e abraçá-lo - e é claro que eu seguia o que meu coração mandava.
Lembro-me de quando Michael foi ao meu quarto e contou-me sobre aquele tal acordo que fecharam com a família Chandler. Ele estava extremamente chateado por ter que pagar uma grande quantia de dinheiro para uma família gananciosa e que quis destruir sua vida. Foi descoberto que ele estava sendo vítima de extorsão por parte de Evan Chandler e muitas pessoas ainda acreditam que Michael era o criminoso.
"Eu estou sendo vítima de extorsão, sou vítima de um crime e sou tratado como criminoso. O que eu fiz de errado?", Michael perguntou, indignado. Ele nunca fez nada de errado.
Entristece-me saber que até hoje há pessoas pensando que Michael de fato era um pedófilo, mesmo que Jordan Chandler tenha confessado que mentiu a mandato do próprio pai - que com certeza está pagando pelos seus erros no Inferno. É duro de dizer isso, mas é verdade. Sua consciência pesou tanto que ele não teve coragem de entregar-se e pagar por seu crime na cadeia, apelando então pelo suicídio.