— Essa... é a melhor coisa que você poderia ter dito agora... — falei, mordendo o lábio superior assim que Jimin sorriu. Que garoto lindo. — Eu também amo você. — Então, ele se inclinou e me calou com mais um beijo.
Me senti calmo. Ele se afastou e parou por um momento, como se apreciasse o momento. Jimin me fitou com um olhar necessitado e repentinamente franziu o cenho, mordiscando os lábios e me analisando.Me olhou, me olhou e me olhou.
Sabe quando lembramos de algo importante de repente e paramos com tudo apenas para refletir? É o que parece que acabou de acontecer com Jimin. Só não sei o que é mais importante do que nos tornarmos um nesse momento.
Permaneci em silêncio até que ele dissesse alguma coisa.
— Não...
Olhei-o com calma, sendo retribuído pelo mesmo tipo de olhar.
— O quê? — perguntei.
Jimin, ainda com os lábios entre os dentes, falou:
— Não, espera... É que Jeongguk, você quer mesmo fazer isso? — indagou e fiquei extremamente confuso.
Pois já havia dito que sim. Eu queria.
Queria muito.
— Sim. Eu acabei de dizer, hyung. — Ri um pouco, esperando por um riso seu também. Mas ele apenas hesitou. Parecia tão à vontade e feliz há um minuto que fiquei duvidoso. — O que foi, Jimin?
Ele pressionou os lábios e fechou os olhos seguidamente. E os abriu novamente.
Certo, há algo importante de verdade passando pela cabeça dele.
— Não, é que... Jeongguk, eu não quero... — Pôs a mão sobre o queixo. — Eu não sei, seria ruim se nossa primeira vez fosse em um carro?
Hã?
— Não, hyung, não seria. — Fui sincero e rápido porque, honestamente, quem se importa com o lugar o qual as coisas acontecem? Eu não. Ainda mais se for com Jimin. Tudo fica bom em qualquer lugar quando é com ele.
— Mas e se seus pais nos pegarem? Viraria uma experiência traumática para você, eu sei que você não quer que eles saibam agora e, por Deus, Jeongguk, eu nunca me perdoaria se te prejudicasse de alguma forma — disse tão rápido e preocupado que eu me assustei.
Senhor Deus, o que foi tudo isso?
— Jimin, eu não sei de onde você está tirando tudo isso, mas você precisa parar.
Ele balançou a cabeça, distraído.
— É que tem que ser especial, não é? — Não faço ideia se ele está perguntando isso para mim ou para ele mesmo. — A gente acorda junto... fica em uma caminha gostosa e faz amor a noite inteira, não... não é melhor? Não dá pra fazer isso no carro, e se ficar desconfortável? O seu pai-
— Hyung, para! — cortei-o imediatamente. Ofeguei, notando sua surpresa diante minha exaltação. — Jimin... Não tem que ser calculado e nem decente o suficiente, poxa. Não é a cama que faz ser especial, é só você. E eu.
Minhas bochechas arderam.
— Estou com medo de não ser bom... — sussurrou baixinho.
— Como poderia não ser bom? — Apertei os olhos.
— Só quero que seja especial...
Depois, Jimin se calou. Fiquei o assistindo observar a cabeceira da cama, recusando-se a me olhar. A feição que faz e a forma como franze as sobrancelhas, o denuncia. É a expressão perfeita e que ele sempre faz quando está preocupado.
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Meu amigo não tão imaginário {jikook} EM REVISÃO
FanfictionClínicas, psicólogos e sessões com os orientadores do colégio resumiam grande parte da infância de Jeon Jeongguk. Um garoto de dez anos com um amigo imaginário e nenhum amigo real era motivo de preocupação para seus pais e fonte de diversão para su...