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悔い改め

"Se eu te escondo a verdade,
É pra te proteger da solidão."

Parte um
KIM SEOKJIN

Uma vez uma pessoa me perguntou se eu me sentia "menos filho dos meus pais" por ter passado a maior parte da minha vida longe deles. Se eu, de alguma forma, sentia-me excluído quando o assunto era minha família e eu.

A minha resposta sempre foi a mesma. Não.

Por mais que eu não tenha estado sempre presente, Jeongguk me confortava com palavras simples, mas que viviam me pegando de jeito.

"Você sempre esteve perto do seu jeitinho."

Há muitos anos atrás, quando Jeongguk ainda não era nascido e Yein não sabia falar direito, minha família passava por dificuldades. Meus pais saíam ambos para trabalhar e ficavam fora o dia inteiro. Meu pai nem voltava para casa alguns dias. Quem ficava conosco no meio de tudo isso era a irmã mais velha do meu pai. Eu costumava chamar ela de Jiji, embora esse não seja realmente o nome dela.

A mãe de Taehyung ainda morava com os pais nessa época. Yoongi e sua mãe moravam na capital. E somente a família do meu pai vivia em Busan.

Sempre fui muito apegado à minha tia e sua maneira de ser. Quando as coisas melhoraram, eu ainda não conseguia ficar longe dela. Era tão novo e me apegava tão rápido... Estava sempre indo para sua casa, fazendo coisas consigo, até que a notícia de que ela iria para o Japão veio à tona. E de repente, eu fiquei chateado, mas não queria não estar com ela. Jamais.

Ou seja... eu queria que ela me levasse consigo. Imediatamente!

Mas como eu era criança, meu pedido foi negado por meus pais e minha tia. Na época, pensei que ela não gostasse de mim, mas hoje eu entendo. Afinal, eu ainda era novo, não tinha idade para saber o que queria. Honestamente, eu não me lembro se sabia, naquela época, que o Japão não falava a mesma língua que a minha... Mas não é como se eu me importasse com isso, criança não liga pra nada e eu não era nem um pouco diferente.

Alguns anos se passaram e acabei esquecendo essa ideia quando minha mãe ficou grávida de Jeongguk. Yein ficou completamente ciumenta com a ideia de ser outra menina, mas eu me apeguei perdidamente ao meu irmãozinho, mesmo antes de saber que ele seria um menino. Fiquei grudado com minha mãe a gravidez inteira e não queria saber de estudar, só de ficar com ela, e do lado de sua linda barriga de grávida.

Os meses se passaram e minha tia voltou para o nascimento do mais novo Jeon. Naquele mês de setembro, eu fiquei perdido entre me maravilhar com o recém-chegado Gguk, e a magia que o Japão possuía de acordo com os relatos da minha querida tia. Conforme ela contava sobre as escolas, pessoas e vida, mais eu queria ir para lá. Nem que fosse somente para visitar. Fiquei determinado. Assim que ela foi embora, comecei a estudar a língua e a cultura. Mas eu ainda era muito novo, então... novamente: sem chance de acontecer.

Estranhamente, eu não desisti.

Os meses se passaram e Yein acabou se encantando pelo caçulinha também. Yoongi tinha medo por ele ser tão pequeno, achava que se encostasse no Kook ele partiria ao meio como um boneco de porcelana. E Taehyung, bem, Taehyung não achava nada porque também era um bebê. Mas ele gostava de morder a cabeça de Jeongguk quando ninguém estava por perto para repreendê-lo por isso.

Acho que Jeongguk foi o bebê mais calmo que já existiu. Me lembro de ouvir minha mãe choramingando porque, com um aninho, ele já não queria mais mamar no peito dela, assim como não demorou para aprender a dormir sozinho. Diferente de Yein, que com muito custo, foi obrigada a largar o peito da mãe por já ser muito grandinha. E só começou a dormir sozinha com cinco anos! Também fui obrigado a isso, conforme eles disseram-me, há muito tempo atrás. Yein foi a mais difícil, depois eu, e depois Jeongguk.

Meu amigo não tão imaginário {jikook} EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora